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MENACHEM BEGIN, O TERRORISTA SIONISTA QUE GANHOU O PRÊMIO NOBEL DA PAZ


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Publicado em 08 de maio de 2024
Por Jornal Do Dia Se


* José Eloízio da Costa
 
O holocausto palestino de nossos dias não apenas mostrou expressamente que Israel é um estado colonial e racista, com suas vísceras abertas do que é verdadeiramente um Estado terrorista, mas da hipocrisia moral dos países ocidentais, agora arrastados para a maior desmoralização da História. Desde a revolução francesa, os valores morais e princípios da liberdade e da democracia liberal foram praticamente extirpados. E Israel continua arrastando para o abismo de um ocidente decadente e economicamente fracassado, claro, abrindo o vácuo para a sedução do fascismo que se espalha pelo planeta como um câncer terminal.
Israel tornou-se a referência de um capitalismo que não oferece mais nada a humanidade, além de pobreza, intolerância e destruição do meio ambiente, mais relevante, da necessidade de guerras, em suas novas formas – procuração, infinitas e híbridas – para tentar sobreviver em um mundo em transformação. Nessa quadra, fazer uma leitura de uma das lideranças mais “simpáticas” do sionismo e bem conceituado no ocidente como “pacificista” e “tolerante”, é de fundamental importância para entender como chegamos a isso: um país com práticas terroristas por décadas, matando milhares de civis palestinos, e ainda assim com apoio internacional incondicional, inclusive poresta figura ter ganhado o Prêmio Nobel da Paz. Trata-se do terrorista, incrível, sendo quinto primeiro ministro israelense, Menachem Begin, que ganhou o referido prêmio ao lado do presidente egípcio Anwar Al Sadat, em função do acordo de Camp Davidface a devolução da Península do Sinai ao Egito, ocupada desde a Guerra dos Seis Dias em 1967 e de um plano de paz. O premiado terrorista foi agraciado na edição do Nobel em 1978 e o mundo aplaudiu e ainda a impressa ocidental afirmou, que, com o acordo, o Oriente Médio “nunca mais seria o mesmo”. Hilário, tudo isso sem uma linha sobre a questão palestina.Com essa atitude, Egito seria expulso da Liga Árabe e o Sadat pagaria um alto preço, sendo assassinado em 1981 por um radical islâmico.
Entretanto, não podemos esquecer o passado de Begin, face a uma história formada por uma longa ficha de práticas criminosas, em especial contra os palestinos. Discípulo do extremista fascista, sionista e racista Vladimir Jabotinsky, os dois formaram o grupo terrorista Irgun nos anos 30 do século passado e que operou com uso de métodos nazistas nas diversas matanças, sendo que algumas delas são bem conhecidas, como a explosão do prédio do Hotel King David em 1946 em Jerusalém, sede do Mandato Britânico na Palestina matando mais de 90 pessoas. ou ainda o Massacre de vilarejo palestino próximo a Jerusalém, Der-Yassin, onde foram exterminados mais de 300 pessoas, entre adultos, mulheres e crianças, e sua maior consequência foi o início da Nakba, a catástrofe palestina. Relevante,tal atitude terrorista foi repudiada por judeus ilustres como o físico Albert Einstein e a filosofa Hannah Arendt, que, em carta conjunta, juntamente com outros intelectuais, publicaram carta aberta no jornal New York Times, condenando Begin como ultranacionalista, de prática regular de misticismo religioso e de superioridade racial (Tragtenberg, 2001), além de outros adjetivos condenáveis.
Podemos afirmar que Begin foi o primeiro ministro de extrema direita, isso a partir de 1977, contrapondo a hegemonia dos “sionistas trabalhistas”, representado pelo fundador de Israel, Ben-Gurion, a belicista Golda Meir, a “mãe de Israel”, e de Yitzhak Rabin, além do general vitorioso, o caolho Mosche Dayan. Portanto, Ariel Sharon, Benjamin Netanyahu e Yitzhak Shamir são produtos de Begin, sob o domínio absoluto do partido Likud (e também Kadima), por sinal já governam por décadas o Estado de Israel.
Podemos inferir que Begin inaugurou uma nova fase no processo político israelense, a exceção de pequeno interregno, Israel tem sido dominado por uma direita militarizada e racista, formando no decorrer do tempo em uma sociedade nazifascista sionista, revestida por uma forte propaganda mentirosa de ser a “única democracia do Oriente Médio”, além da ideologia de ser o centro catalizador de três religiões. Com o Holocausto Palestino, o quadro mudou e agora conhecemos os feitos de um Estado autenticamente terrorista. E olha que não levamos a sério os judeus ortodoxos que a décadas negam a existência de Israel, pois o sionismo distorce o verdadeiro sentido do judaísmo em relação à vinda do messias.
Manachen Begin é o símbolo do fascismo sionista, e sempre tratou os palestinos como “animais de duas pernas” (ele afirmava isso). Interessante, se a superioridade racial fosse marcada pela beleza física, os palestinos seriam muito mais bonitos do que essa figura feia, careca e bicuda. E ainda tem literatura que afirma sua “coragem” e “determinação”, liderando o sofrimento de seu povo, sempre escamoteando seu lado terrorista, e quando volta a luta politica, e que a literatura chapa branca afirmou que saiu da “clandestinidade”. Não, ele era terrorista e praticou crimes! Essa figura nasceu no que hoje é a Bielo-Russia em 1913 e anos 30 foi residi na Palestina e formou seu grupo terrorista. Sendo Primeiro-Ministro entre 1977 a 1983, seu maior feito foi construir novos assentamentos em territórios palestinos, particularmente na Cisjordânia. Mas seu serviço mais macabro foi o Massacre de Sabra e Chatila em setembro de 1982, praticado por falangistas cristãos de ultradireita, que, pela cumplicidade do exército de Israel, em Beirut, em que por quarenta horas matou mais de três mil palestinos, com uso de paus, pedras e machados, apenas civis sem defesa, principalmente crianças e mulheres. O que lhe custou sua renuncia como primeiro-ministro em 1983.
Este é o “santo” Begin que sempre evitou falar de suas atrocidades inacreditáveis e passou por “pacifista polêmico”, mas que tem em seu currículo uma longa ficha criminosa.Com sua morte em 1992, o grande líder sionistaseria enterrado no Monte das Oliveiras, onde Jesus chorou por Jerusalém, sendo traído por Judas, onde foi preso, crucificado e morto pelos soldados romanos e com apoio dos judeus da época. E ái que o “mensageiro da paz” no Oriente Médio estar eternizado, esperando a chegada do Messias.
 
* José Eloízio da Costa é professor da UFS
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