Mais um
De pouco adiantam as lágrimas derramadas em memória dos policiais abatidos no cumprimento do dever. A falência das políticas de segurança pública, atestada por todas as estatísticas relacionadas à incidência de crimes violentos cometidos em Sergipe, foi tomada por um fato pronto e acabado e, como tal, já não enseja qualquer reação.
Anteontem, a servidora pública Eliana Costa da Silva, sargento da Polícia Militar, foi morta a poucos metros de casa. As circunstâncias do episódio pouco importam. Certo é que mais um policial foi abatido. A bem da verdade, ninguém está seguro.
Os gargalos da segurança pública são conhecidos de todos, diferente das medidas adotadas para enfrentar o problema. O número de homens encarregados da segurança dos sergipanos, por exemplo, ainda é um dos principais óbices das políticas públicas voltadas para o setor. O desamparo do interior do Estado é a evidência mais eloquente. Mas diversos episódios, a morte de policiais em confronto com a bandidagem, provam que não há privilégio em matéria de insegurança no estado de Sergipe.
Sergipe virou a terra do salve-se quem puder. Se nem mesmo os agentes da Lei estão a salvo da tocaia grande armada pelos criminosos, o grosso da população ergue as mãos para o céu, na esperança de voltar para casa sã e salva. Uma garantia que a polícia militar sergipana, responsável pelo policiamento ostensivo, se mostra incapaz de assegurar aos servidores da própria corporação.
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