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¨ESPIRITEIRA¨ BOTIJÃO E O FONDUE DE TEMER3
Publicado em 11 de dezembro de 2017
Por Jornal Do Dia
Nessa fase de recuperação ¨financeira e ética¨ da PETROBRAS, uma das primeiras medidas para evitar a falência da empresa foi conferir aos dirigentes liberdade para elaborarem a política de preços da devastada petroleira. Essa autonomia para a tomada de decisões numa área fundamental, que mexe forte e diariamente com um portentoso elo do fluxo de caixa, é indispensável para uma empresa do porte da PETROBRAS, com ações em bolsas de várias partes do mundo e uma imensidão de acionistas que colocam os seus dividendos acima de quaisquer outras considerações que não sejam eficiência empresarial e capacidade para gerar lucros.
Então, em decorrência das circunstâncias, os novos dirigentes da PETROBRAS decidiram fazer esses reajustes quase diários nos preços dos combustíveis. Isso de acordo com o dólar e o preço médio do barril de petróleo. Ganharam do governo central carta branca para assim agirem. Os preços sobem ou descem, mas a marcha ascensional tem sido dominante. Basta que se veja quanto custavam antes a gasolina e o óleo diesel e a quanto andam agora depois de iniciada a era dos ¨gedeis¨, denominação assim, genérica, para os novos controladores de poder que aliás antes já desfrutavam, mas sob forma de partilha, incômoda, sem dúvidas, para quem alimenta ambições ilimitadas. Um sentimento muito parecido com aquele que leva ao confronto nas favelas, facções sempre envolvidas nas sangrentas disputas pelo controle das ¨bocas de fumo¨. Cada um tem a ¨boca de fumo¨ que merece. A República tornou-se a conquista mais vistosa.
Asseguram os dirigentes da PETROBRÁS que elevar preços do diesel da gasolina e do gás é indispensável para estancar as perdas sofridas quando a política de preços da empresa escapava dos seus dirigentes, e era atribuição exclusiva da área econômica da Presidência da República. Como se constata isso foi desastroso para a PETROBRAS.
Mas haveria outras formas menos traumáticas para a população do que essa escolha por uma estratégia tão equivocada como perversa de fortalecer o caixa à custa do aumento dos preços do óleo diesel e da gasolina que já estão entre os mais elevados do mundo. E o que é ainda mais cruel: a disparada dos preços do botijão de gás, que termina o ano com uma majoração beirando os 70%. Se o efeito dessa coisa absurda não se faz sentir no descontrole da inflação é tão somente porque a retração nas vendas vai freando os preços de todos os outros produtos, principalmente os agrícolas, nisso também influindo a abundancia das safras favorecidas pelo tempo quase perfeito.
Com o botijão passando dos 80 reais, começaram a surgir acidentes provocados pelo uso do álcool para cozinhar, substituindo o gás de cozinha inacessível.
Muita gente estranhou: Usar álcool para cozinhar? Isso é absurdo, sai mais caro do que o gás. É noticia falsa que inventam querendo botar no governo a culpa pelos acidentes.
O preço do gás de cozinha está levando queimados aos hospitais. São todos pobres, às vezes miseráveis mesmo, gente do mais fundo do poço por onde sempre desce o povo.
Os que duvidam dessas noticias saberiam mesmo quem é essa categoria denominada povo? O povo existe? Trata-se de gente de carne e osso, ou alguma dessas coisas abstratas que intelectuais sem ter o que fazer inventaram?
O diabo é que o povo existe mesmo. Ganha salário mínimo, anda em transporte precário, fedorento, ou vai ao trabalho, quando o tem, suando e pedalando a bicicleta rangedeira, e luta para comprar o botijão de gás.
Houve um educador e sociólogo que muito teorizou sobre o povo desta terra. Chamava-se Darcy Ribeiro, e tinha uma diferença: não só teorizava sobre o povo, também sentia o povo.
E o grande Darcy Ribeiro empenhou-se como educador e homem público numa luta virtuosa: queria espalhar pelo Brasil os CIEPS. Seriam os templos da educação eficaz e renovada que abrigariam estudantes em tempo integral, a eles proporcionando além do ensino, também espaço para o esporte, a arte, a criatividade, as pesquisas, o exercício do pensar e do agir,e sendo bem alimentados.
Dar comida, sobretudo, é o mais importante. A merenda escolar tenta cumprir essa tarefa. Mas para cozinhar precisa-se do gás. Em muitas escolas públicas o gás costuma faltar. Não é fato novo, é antigo. E os professores e pais de alunos que tinham algum recurso ajudavam e o botijão era comprado. Agora com o botijão a 80, fica difícil. O aluno deixa de alimentar-se na escola e em casa tantas vezes não tem comida. Ai entra então o álcool substituindo o gás e de forma muito mais acessível.
É o jeitinho brasileiro que fez surgir a ¨espiriteira¨. Trata-se do seguinte: Numa latinha rasa, coloca-se um pouco de álcool, só o etanol, o outro não serve, não queima. Em torno da latinha se faz uma trempe rústica com pedras e sobre elas uma outra lata na qual se coloca a comida disponível apenas para esquentar ou cozinhar mesmo. Um ovo, um miojo,coisas assim baratas, coisas à altura de quem ganha, salário quando ganha. Um litro de álcool faz dezenas de refeições quebra-galho .
Fizeram do pobre um colaborador forçado na tarefa de recapitalização da PETROBRAS assaltada, aliás, por eles mesmos.
Coisa na qual nem pensaram quando festejaram a entregado pré-sal a preço de banana, e dando dinheiro do BNDES e isenções fiscais às petroleiras estrangeiras para que importem tudo, desde papel higiênico a navios e plataformas, que virão da Coreia, da China, e aqui continuarão fechados estaleiros, industrias de capital-capital, aquelas assim denominadas pelos economistas, que fazem máquinas que fabricam outras máquinas, e são fatores indispensáveis para reverter o processo violento de desindustrialização, que nos fecha as portas para o futuro.
Agora, depois da calamidade já feitac om centenas de pessoas queimadas em decorrência do manejo apressado e perigoso das ¨espiriteiras¨, os donos da República resolvem dar um recado a Parente, o ¨gauleiter¨ da PETROBRAS: ¨segure o preço do gás, antes que a ¨espiriteira ¨do povo acabe por nos incendiar também¨.
Um Sem Gás já sugere: vamos trocar o nome da ¨espiriteira¨ agora, é ¨fondue de Temer ¨.
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A ELEIÇÃO DO ANO QUE VIRÁ
Sobre política especula-se o tempo todo. E muito mais ainda quando aproximam-se as eleições. Para quem tanto se habituou a especular ao longo do tempo, o clima de imprevisibilidade e consequentemente de dúvidas que cerca a próxima eleição, só tem paralelo com a incerteza que havia durante o governo autoritário. Apesar da ¨desobstrução do terreno¨ pelas listas de cassações de reais ou possíveis adversários, apesar das restrições pesadas que tolhiam a liberdade de expressão e de livre organização , apesar do espaço restrito facultado à escolha pelo voto direto, apesar disso tudo, quando se falava em eleições logo surgiam divergência nos quartéis. Eram as vozes dos que tinham ojeriza ao voto livre, que se faziam ouvir em tom de ameaça de prisão dos candidatos ou mesmo a simples supressão do pleito, embora já assinalado no calendário eleitoral.
Ameaças aos eleitores já não existem, é coisa do passado. Mas há outras nuvens no ar representadas pelo questionamento sobre candidatos que estão sendo investigados, ou já respondendo a processos. Rolam processos, aguardam-se decisões sobre inelegibilidades, sobre prisão após decisão em segunda instancia.
Quem poderá mesmo ser candidato a governador, a senador, a deputado federal, a deputado estadual?
As respostas a essas questões somente irão surgir em pílulas homeopáticas, até quase as vésperas das convenções partidárias.
No terreno do governo, persistirá até o carnaval a dúvida sobre a desincompatibilização de Jackson para tornar-se candidato ao Senado Federal. Há dois anos ele negou até de forma veemente essa possibilidade, e fez um convite aos outros políticos com idades aproximadas à sua, e com muito tempo na atividade partidária, para que pensassem numa ¨aposentadoria¨ ou deserção da vida pública. O termo deserção, no caso, nem é apropriado, mas agora para explicar a sua não desistência da vida pública, Jackson diria, simplesmente, que não seria um desertor nesse momento em que o país tanto precisa de políticos que não estejam sob ameaça de sentenças judiciais, cumprindo a exigência da ficha limpa como é o caso dele. Assim, sem receios de contestações da candidatura, JB se apresentaria sem contestações. Ele corre contra o tempo para tomar uma decisão que também definiria a candidatura ao governo do vice Belivaldo Chagas, que iria substituir JB, e já ungido como candidato à reeleição.
Quase todos os analistas da política, não os ¨cientistas políticos¨, que se apegam às subjetividades e se afastam das circunstancias, concentram -se nas avaliações prévias bem antes de quando começam a pipocar os números das pesquisas. Dessa forma, quase sempre embasam melhor as decisões a respeito de candidaturas majoritárias, porque levam em conta os detalhes de um mapa eleitoral bem minucioso, que situa aliados já existentes ou conquistáveis em cada município, em cada povoado, e traça o perfil dos sentimentos pró ou contra, dominantes em cada comunidade, e as possibilidades de refazê-los, desfazê-los ou construí-los, a depender de ações pontuais e especificas, que, antes de tudo o que vem acontecendo a partir da Lava Jato, seria uma avaliação bem precificada de quanto se deveria gastar.
Nesse aspecto, a eleição de 2018, irá diferir muito de todas as anteriores, principalmente as últimas, com candidatos fortemente ¨irrigados¨ por quantias provenientes de todas as partes, inclusive de certos setores que foram causa de um dos maiores casos de corrupção registrados em todo o mundo, e que continua, e se tornará muito mais forte, caso se consume o que resta listado na agenda das apressadas privatizações. Claro, parcelas dessa dinheirama outra vez fácil, irão caber a cada estado, dependendo da sua importância que se mede pelo tamanho do contingente eleitoral, ou do ¨prestígio¨ junto às cúpulas partidárias que tiver cada candidato.
Os analistas da atual conjuntura eleitoral, identificam como mais provável a candidatura ao governo do estado do senador Eduardo Amorim pela oposição. Ele tem afirmado que será ele o candidato a substituir JB ou Belivaldo, e até já anunciou que desta vez seu irmão Edvan Amorim não estará por perto a jogar as cartas do jogo. O senador Valadares, agora licenciado do Senado após 23 anos ininterrupto de mandatos, apresta-se como pronto e apto à disputa de mais uma reeleição. Exibe pesquisas que o favorecem, tanto para o Senado como para o Governo.
O deputado federal André Moura, hoje o sergipano poderoso em Brasília, parece não animar-se muito para uma disputa majoritária. Sabe que está forte para a reeleição, e avalia que onde há prefeitos que o apoiam ou outros líderes, eles lhe garantem votos necessários para uma eleição proporcional. Para a disputa a majoritária teria primeiro de consultar pesquisas e verificar se diminuíram as cifras de rejeição em Aracaju, onde estão quase um terço dos votos.
Mas ele será influente na composição da chapa, por isso o senador Valadares já anda um tanto ressabiado com as manobras, tanto de Amorim como de André para levar o ex-deputado e ex-prefeito de Canindé Heleno Silva a disputar o Senado pela oposição. Heleno parece querer a vaga, independente do grupo. Valadares teme que sendo candidato ao Senado teria contra ele os votos do seu próprio grupo, em parte carreados para Heleno, em parte para Jackson. Daí já estaria, não de agora, mas desde uns três meses, ensaiando uma possível aliança com o PT,, e partidos da oposição. Ele e o ex-deputado Rogério Carvalho estariam conversando muito em Brasilia, e nas conversas surgiria inclusive a possibilidade de o deputado federal Valadares Filho ser candidato ao governo.
Por fora correm sempre candidatos que raramente apontam bem nas pesquisas como é o caso do Dr. Emerson, medico vereador de Aracaju, que enxerga chances de chegar ao governo.
Já o ex-deputado Mendonça Prado, teria chegado um tanto tarde à disputa pelo governo, mas é experiente, tem um discurso afinado quando fala sem emoção. Terá na sua chapa o ex-deputado João Fontes, candidato ao Senado, este, o mais falante dos sergipanos, sejam políticos ou não, e que sempre aparece em pesquisas. O problema é que dado o gênio imprevisível e inquieto de João Fontes não se pode garantir quanto tempo durará a aliança dele com Mendonça.
Há a considerar ainda, e com todo o peso das consequências resultantes, que uma considerável parte dos candidatos a cargos proporcionais, principalmente, há processos rolando na Justiça.
Quando ao senador Eduardo Amorim, sabe-se que ele tem uma investigação que corre em segredo de Justiça no Supremo, mas não se sabe exatamente em que pé está.
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A UNIT DO MORRO DO
BOMFIM ATÉ OS STATES
Primeiro surgiu o Colégio Tiradentes. Era numa casa pequena e um tanto deteriorada na rua de Laranjeiras. Era a sede possível para que se iniciasse o sonho de um cidadão que fora operário de fábrica de tecidos, depois bedel de colégios, e não parava de estudar e trabalhar muito. Uchoa e sua esposa Amélia começavam a trajetória que já chega a um meio século. O Colégio incipiente deixou a sede onde se instalava, transferiu-se para uma casa, junto aos areais do morro do Bomfim, no prolongamento da rua de Lagarto. O morro era local mal afamado, que fora desmontado no governo Leandro Maciel e suas areias brancas ficaram espalhadas ao redor. De modo que, chegar ao Colégio Tiradentes não era um trajeto facilitado ao caminhante. Isso até parece metáfora do que foi a trajetória de Jouberto Uchoa desde aquele ¨colegiozinho ¨ até a Universidade Tiradentes, a UNIT, que chega este mês aos Estados Unidos, instalando-se em Boston, um sofisticado núcleo da cultura e das tradições americanas.
Será uma das poucas universidades brasileiras a instalar núcleos fora do país, e a UNIT é sergipana. É feito que deve sem dúvidas ser comemorado. No ato de instalação em parceria com a Massachusetts University no próximo dia 14 o governador Jackson Barreto e o Secretário da Educação Jorge Carvalho estarão presentes, entre outros sergipanos.
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TEMPOS DE TRUMP E
DE OUTROS DESATINOS
Ouve-se com frequência alguém dizer que vivemos tempos apocalípticos, que está sendo banalizada a violência, e que o mundo tornou-se um enorme Coliseu, onde homens matam-se entre si ou enfrentam outras feras, leões, tigres, lobos. A ferocidade humana surgiu desde as cavernas, ou mesmo antes dela, ainda nas árvores, quando o sapiens apenas se prenunciava e ainda não lhe havia caído o rabo simiesco. A ¨struggle for life¨ foi essencial à evolução das espécies, demonstrou Darwin, mas foi afastada pela civilização. Hitler defendia a guerra, como momento essencial à vida dos povos, que teriam de sobreviver pela força das armas.
Mas, um compatriota dele o filósofo alemão falava antes, e tão sabiamente sobre as melhores caminhos para que se alcançasse a paz. Immanuel Kant escreveu A Paz Perpétua.
Quando terminou a Segunda Guerra, mais ainda depois que desabou o Muro de Berlim, imaginou-se, talvez utopicamente que o sonho do filósofo alemão poderia enfim ser concretizado. Tudo parece agora demonstrar que estamos mais do que nunca envolvidos numa carnificina globalizada. Mas não é bem assim.
A Europa, onde até o começo da Segunda Guerra( 2/9/1939 ) nunca se chegou a viver mais de 30 anos sem o deflagrar de uma guerra, isso desde o século XVI, nela, há 72 anos, não há uma guerra entre países. A Europa forma uma comunidade de nações que é um exemplo de uma evolução permanente em direção à paz universal.
Se contarmos todos os conflitos ocorridos no mundo desde o 1945 até agora, ficaríamos ainda longe de alcançar as cifras letais só da Primeira Guerra Mundial. ( 1914-1918).
Há terrorismo, atentados, conflitos localizados, alto índice de mortes por assassinatos em países como o Brasil, Estados Unidos e outros, mas nada comparável às grandes guerras do século passado. Temos uma paz relativa, e faltam-nos tão somente para preservá-la e ampliá-la, que tenhamos à frente das grandes potências, estadistas, sensatos, equilibrados, cultores do entendimento e da paz. Nos Estados Unidos a maior potencia mundial, os últimos presidentes, mesmo os Bush, que fizeram duas guerras no Iraque, desnecessárias absurdas, todos agiram dentro de uma concepção geopolítica, que evitou conflitos maiores. Seria talvez o imperativo decorrente do medo da catástrofe nuclear.
Ai chega um Donald Trump. Ele para eleger-se mentiu muito, mas não negou os seus propósitos, as suas loucuras, que todavia receberam apoio de um grupo ensandecido de extrema direita, que inclui inclusive algumas confissões religiosas como os evangélicos fundamentalistas, junto à indústria bélica, aos ¨falcões¨ que hoje nem vestem fardas, e dão a base para que o desatinado cometa as suas loucuras. Esse reconhecimento de Jerusalém como capital israelense, feito provocativa e inutilmente por Trump, é um desatino político que desencadeará o ódio e o ferro e fogo da guerra.
Gente como Trump,e um mais troglodita aqui, como Bolsonaro, são os perigosos arautos da violência, dos quais temos de nos livrar. Nós por aqui, os americanos por lá, antes que seja tarde demais.
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A REFORMA ITAU-BRADESCO
A reforma da previdência é necessária, mas não pode ser feita com essa pressa comandada pela ¨Organização Criminosa¨, sob aplausos equivocados ou coniventes dos que se iludem ou têm plena consciência de que toda essa ansiedade, toda essa desbragada maratona de corrupção, compra de votos, aquisição de simpatia e opiniões favoráveis multiplicadas pela mídia, tudo isso, resultado de muita coisa, menos de preocupação legítima com o que revelam os cálculos atuariais sobre a urgência da reforma. Se a reforma for feita com a participação da sociedade, fazendo cair o peso exatamente sobre os que podem suportá-lo, haverá tempo no decorrer de um novo governo legitimamente eleito e merecedor de crédito, para fazê-la, além de outras mais essenciais ainda como a tributária e a política.
A pressa e a desvergonha como se conduz agora a reforma, transformando a República em balcão de negócios é o que se poderia chamar de reforma Itaú-Bradesco, porque interessa e muito ao mercado financeiro, às corporações internacionais e nacionais que anseiam para por em funcionamento seus fundos de previdência privados, e com eles faturar bilhões.
Assinale-se como gesto positivo a resistência de deputados, entre eles, quatro ou cinco sergipanos, que se recusam a entrar na onda Itaú-Bradesco.