Quinta, 26 De Dezembro De 2024
       
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Protesto dos excluídos


Publicado em 09 de setembro de 2012
Por Jornal Do Dia


O governador Marcelo Déda aplaude manifestação dos motoristas do Samu durante o Grito dos Excluídos

A DÉCIMA OITAVA EDIÇÃO DO GRITO DOS EXCLUÍDOS FOI REALIZADA NA SEXTA-FEIRA E FOI MARCADA POR PROSTESTOS DE SERVIDORES PÚBLICOS

 Milton Alves Júnior

Em meio a palavras de ordem e pleitos reivindicados junto aos governos Estadual e Federal, foi realizado na manhã da última sexta-feira, 07, o tradicional ‘Grito dos Excluídos’. O ato foi promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), em parceria com diversos grupos sociais e sindicais, inclusive a igreja católica.

Completando 18 anos de marcha, e com cerca de 700 manifestantes, o movimento tomou conta da Avenida Barão de Maruim após a participação cívica da Escola Estadual Atheneu Sergipense. Este ano, mais uma vez, o ‘Grito dos Excluídos’ foi recepcionado com gestos de aprovação por parte do público que foi assistir ao desfile das escolas.

O que era pra ser apenas um ato pacífico entre governo e manifestantes ficou conturbado quando os ‘excluídos’ se aproximaram do palanque principal e o sistema de sonorização foi elevado, ao ponto de incomodá-los. Apesar deste fato, as categorias, em especial a direção da CUT, aprovaram a atitude do Governo do Estado em permitir mais uma vez o desfile social. "A atual administração tem origens sindicais, militantes que antes de chegar ao poder estavam aqui conosco brigando por melhores condições de trabalho. Felizmente, mais um ano eles entenderam o nosso objetivo e permitiram que pudéssemos adentrar nesse espetáculo patriota que o nosso povo proporciona", disse Rubens Marques, presidente da CUT Sergipe.
No ato, entre os participantes estava o Sindicato dos Condutores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Movimento Organizado dos Trabalhadores Urbanos (MOTU), Movimento dos Sem Terra (MST), membros da Igreja Católica, servidores da Universidade Federal de Sergipe (UFS), estudantes, e o Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Sergipe (SINTESE), que através da presidente Ângela Melo aprovou a atitude do Governo de Sergipe, mas reprovou alguns prefeitos sergipanos. "Ao mesmo tempo em que sabemos criticar, também devemos reconhecer as ações coerentes. Mais um ano, felizmente, o governo nos permite desfilar no 7 de setembro em Aracaju, mas infelizmente em outros locais, como Estância, essa atividade foi barrada pelo prefeito", revelou.

Questionada sobre o que essa atitude significa para os brasileiros, a sindicalista concluiu dizendo: "É como se eles estivessem querendo calar a boca dos brasileiros, mas isso nunca vai acontecer porque nós estamos unidos e isso é o que vale. Apesar de tudo, o brasileiro é sábio e sabe se expressar sem receio da repressão governamental. O Sintese está muito feliz por participar mais uma vez do Grito dos Excluídos", concluiu Ângela. Vale lembrar que os professores, através do sindicato da categoria, participaram de todas as edições dessa manifestação.

Governador – Desde as primeiras horas do dia assistindo atentamente o desfile de estudantes, frota e agentes da segurança pública, o governador Marcelo Déda parabenizou todos que estiveram no evento. "O mais belo do dia é perceber que os jovens ainda fazem questão de vestir o uniforme estudantil para enfrentar esse sol quente e declarar o amor que todos nós sentimos por essa terra gloriosa. O 7 de Setembro marca o momento em que o Brasil se tornou um país livre para optar pelo desejo do seu povo. A participação militar é um brilho à parte. Eles sempre são fantásticos", pontuou.
Sem fugir do tema Grito dos Excluídos, o governador foi questionado quanto a importância desse movimento para que os trabalhadores possam gradativamente alcançar melhores benefícios. "Avalio como de fundamental necessidade a participação deles aqui", afirmou Marcelo Déda.

"Hoje tivemos um pequeno problema técnico com a sonorização e estão certos em nos criticar. Sei muito bem o que passa na mentalidade de cada um, até porque já participei do grito e enquanto estivermos administrando o Governo do Estado não iremos coibir o desejo de ninguém em reivindicar nas ruas por melhorias para o nosso país", concluiu Déda. Iniciado por volta das 8h, o evento cívico foi oficialmente encerrado aproximadamente às 13h20.

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