BANCÁRIOS INICIAM HOJE NOVA GREVE

Milton Alves Júnior

Sem receber nenhuma contraproposta por parte da Federação Brasileira dos Bancos (Fenabran), bancários que atuam em Sergipe aderiram à paralisação nacional, e desde à meia-noite de hoje suspenderam por tempo indeterminado os serviços em todos os estabelecimentos.

Entre as reivindicações, a categoria exige reajuste salarial de 10,25%, com um aumento real relativo a 5%; piso salarial de R$ 2.416,38; além de Plano de Cargos e Salários para todos os bancários.
A greve, decidida na última quarta-feira, 12, foi ratificada durante assembleia extraordinária da categoria que reuniu representantes de diversos municípios sergipanos na noite de ontem.  

Reprovando a proposta de 6% para reajuste salarial, o sindicato sergipano seguiu as orientações do Comando Nacional dos Bancários (CNB), e decidiu não mais esperar por uma negociação com os banqueiros.
De acordo com Adeniton Santana, diretor do Sindicato dos Bancários, havia a expectativa que até a tarde de ontem uma contraproposta fosse apresentada, mas para insatisfação dos trabalhadores, essa esperança foi frustrada.

"Quando eles querem conversar, agendam com antecedência. Já imaginávamos que isso poderia ocorrer, como de fato procedeu. Realizamos mesmo assim uma reunião para oficializarmos a greve no Estado. A partir de hoje, apenas os caixas eletrônicos atuam normalmente", disse.
Além de Sergipe, os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Pernambuco, Ceará, Bahia, Pará, Paraíba, Alagoas, Piauí e Mato Grosso também registram paralisações.

Ainda de acordo com o sindicalista, a mobilização é geral, e atingirá todos os bancos oficiais e privados. "Agora que a greve teve início, vamos aguardar um posicionamento por parte da Fenabran e quem sabe abrir uma mesa de negociações. Estávamos dispostos a conversar e evitar que as portas fossem fechadas, mas os banqueiros, aparentemente, não se mostraram interessados em sentar e debater o pleito", disse.
Os bancários também reivindicam o valor de R$ 622 a título de auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá, além da criação do 13º auxílio-refeição, mais contratações para ampliar e qualificar o serviço, proteção contra demissões imotivadas e fim da rotatividade, combate ao assédio moral, mais segurança para funcionários e cliente, e igualdade de oportunidades.

Até a noite de ontem não havia sido divulgada a série de manifestações. A tendência é que a próxima assembleia só seja promovida assim que uma nova contraproposta for apresentada.