Quinta, 26 De Dezembro De 2024
       
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CARTEIROS DE SERGIPE INICIAM PARALISAÇÃO


Publicado em 20 de setembro de 2012
Por Jornal Do Dia


Carteiros em greve concentrados em frente a central de triagem: só 40% estão trabalhando

OS CARTEIROS DE BRAÇOS CRUZADOS

Milton Alves Júnior

A greve dos Correios em Sergipe chega hoje ao segundo dia de mobilização sem a perspectiva de encerramento. Além de um reajuste salarial de 43%, a categoria pleiteia também a contratação de 30 mil servidores através de concurso público para todo o país, continuidade do plano de saúde, melhores condições de trabalho e diminuição da carga horária. Além do Distrito Federal, 22 Estados aderiram à greve.

A concentração dos grevistas sergipanos é na agência do bairro Siqueira Campos, em Aracaju No local, eles aguardam uma contraproposta para ser debatida em assembleia, e posteriormente decidir se encerram a paralisação ou prosseguem por tempo indeterminado.

Com a paralisação dos bancários e funcionários dos Correios, a população teme o atraso na entrega das contas. Para evitar esse problema, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) exige que ao menos 40% dos servidores dos Correios continuem trabalhando normalmente durante a greve.

"Não queremos em hipótese alguma prejudicar a população, mas também devem entender as nossas reivindicações. Possivelmente o governo irá apresentar uma contraproposta hoje, por isso continuamos no aguardo", disse o presidente do Sindicato dos Servidores dos Correios (Sintect), Orlando Sérgio.

"Desde que a greve foi decretada, a cada dia novos estados estão aderindo à mobilização nacional, e a tendência é que até amanhã possamos contabilizar todos os 26 estados engajados nas negociações com a presidente Dilma Rousseff. O quanto mais rápido eles atenderem os nossos pedidos, melhor para a sociedade", concluiu Orlando.

Conforme combinado antecipadamente, todos os dias a categoria promove mobilizações na capital e no interior sergipano. Hoje, com o objetivo de estudar o primeiro dia de greve, uma nova assembleia será realizada na sede da rua Acre.

Em Sergipe, a expectativa é que aproximadamente 500 servidores possam parar integralmente as atividades. Conforme informações apresentadas pela Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a empresa estatal, em sua primeira contraproposta, ofereceu apenas um reajuste de 5%.

A última greve dos Correios ocorreu no ano passado e durou aproximadamente 23 dias em quase todos os estados.

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