Quinta, 26 De Dezembro De 2024
       
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Previsão de compras no varejo é de queda


Publicado em 04 de outubro de 2012
Por Jornal Do Dia


A intenção de consumo das famílias para o último trimestre deste ano, período tradicional de vendas por conta do Dia das Crianças e do Natal, registrou queda recorde de 22 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado, ficando em 56%. De cada 100 pessoas, apenas 56 desejam comprar bens duráveis até o fim do ano.

Em agosto de 2011, 78% dos consumidores entrevistados tinham essa intenção de compras, segundo Pesquisa de Intenção de Compra do Varejo, feita pelo Provar em parceria com a Felisoni Consultores Associados. No trimestre passado, a intenção foi de 53,8%, representando uma singela alta de 2,2% para este último trimestre do ano.

Embora as intenções de compras tenham caído, as vendas no varejo devem crescer entre 7% e 8,4% no acumulado do ano, segundo a pesquisa. Em 2011 o crescimento do consumo foi de 6,8% em relação a 2010 e para este ano deverá ficar entre 7% e 8,4%. "O resultado deste ano deverá ser alcançado devido aos incentivos do governo para aumentar o consumo, além da tendência de crescimento da renda do brasileiro" diz Cláudio Felisoni, presidente do conselho do Provar.

A inadimplência continua a prejudicar o comércio. Em agosto de 2012, 7,9% dos entrevistados estavam com atrasos em pagamentos superiores a 90 dias, ante 7% em 2011. Os prazos de pagamentos de dívidas foram para 614 dias em agosto. No mesmo mês do ano passado esse prazo era de 584 dias. "Geralmente o período do Natal registra o dobro do crescimento de um trimestre normal", conta Felisoni, entretanto afirma que as pessoas compram menos se o endividamento aumenta.

"É um cenário pessimista pois se a inadimplência aumentar até o final do ano, teremos um crescimento menor do consumo", avalia o professor Felisoni, que explica que os estímulos do governo, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), fez com que muita gente efetuasse compras nos meses anteriores, ou seja, não vão mais comprar bens duráveis no final do mês, e sendo assim os estoques das lojas estão a aumentar.

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