Quinta, 26 De Dezembro De 2024
       
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PF cumpre mandados de busca em seis municípios


Publicado em 05 de outubro de 2012
Por Jornal Do Dia


Gabriel Damásio
gabrieldamasio@jornaldodiase.com.br

As denúncias de crimes eleitorais praticados por candidatos e grupos políticos no interior já começaram a resultar em ações policiais mais incisivas. Ontem, a Polícia Federal confirmou que já cumpriu mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Eleitoral em seis cidades sergipanas: Capela, Lagarto, Brejo Grande, Itaporanga D’Ajuda, Canindé do São Francisco e Nossa Senhora do Socorro. Ninguém foi preso, mas diversos documentos e computadores foram recolhidos para apuração em todas as cidades.

Em Canindé, a Justiça também ordenou a apreensão de armas que poderiam estar em posse de cabos eleitorais, mas nenhuma foi encontrada. O delegado Carlos César Pereira de Melo, coordenador do esquema especial de eleições da PF em Sergipe, não deu detalhes sobre os mandados, dizendo apenas que todos são relativos a investigações do Ministério Público Federal (MPF/SE). "As investigações não são nossas, são do Ministério Público. Inclusive, foi ele que requisitou esses mandados", disse Carlos César.

As ações nas seis cidades citadas se desenrolaram nos últimos seis dias, mas serviram de início para o esquema especial da PF, que será efetivamente implantado hoje, com o envio de equipes fixas para Lagarto, Itabaiana e Capela. Uma quarta equipe ficará responsável pelas ocorrências de Aracaju e da Barra dos Coqueiros e outra poderá ser deslocada para qualquer cidade do estado. "Em razão de o nosso efetivo ser pequeno, só conseguimos colocar equipes em três cidades e na capital, que engloba a Barra dos Coqueiros. Capela foi escolhida porque o acirramento político está intenso, inclusive crimes aconteceram recentemente. Já Lagarto eu considero o acirramento político mais forte e Itabaiana, pela importância da cidade e também há acirramento", diz o delegado.

Ao todo, serão cerca de 100 policiais federais, incluindo 64 agentes, 13 escrivães, 13 peritos e 13 delegados. Carlos César esclarece que os federais também serão apoiados pela Polícia Civil, que vai trabalhar com mais de 500 policiais e abrir todas as delegacias do interior no dia da votação.  Apesar do aumento do número de inquéritos para apurar crimes eleitorais no último dia da campanha, a PF continua considerando tranquila a movimentação eleitoral deste ano, com base nas ocorrências registradas em anos anteriores.

O delegado Carlos César também fez recomendações a candidatos e eleitores. "Aos candidatos nós só queremos que eles cumpram a lei. Simplesmente isso. E ao eleitor, pedimos que eles não votem em candidatos corruptos e nem vendam o seu voto, porque vender o voto significa implicitamente a venda do cargo público. O camarada compra o voto e se julga ‘dono’ do cargo, achando que poderá fazer tudo, e aí o eleitor não tem como cobrar", alerta o representante da PF. A compra e a venda dos votos configura crime eleitoral, com pena prevista de quatro anos de prisão e perda dos direitos políticos. 

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