Apesar das ações dos agentes de endemias, os casos de dengue aumentam no Estado
AGENTE DE ENDEMIAS VISITA RESIDÊNCIA
Publicado em 12 de outubro de 2012
Por Jornal Do Dia
Apesar das ações dos agentes de endemias, os casos de dengue aumentam no Estado
AGENTE DE ENDEMIAS VISITA RESIDÊNCIA
Monique Oliveira
moniqueoliveira@jornaldodiase.com.br
Aracaju registrou aumento no número de casos de dengue, mas sem se apresentar em forma de epidemia. Segundo dados do Programa Municipal de Controle da Dengue, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), este ano foram notificados 4.508 casos de dengue com 1.994 confirmados. Dos casos confirmados, 99,4% foram da forma clássica e 0,6% da dengue com complicação e hemorrágica, o que representa em números absolutos 1.981 casos de dengue clássica e 13 de dengue grave.
A coordenadora do programa, Taíse Cavalcante, relatou que no final de 2011 foi confirmada, pela primeira vez, a circulação do vírus tipo 4, o que por si só determinaria um período epidêmico no início do ano. "Tivemos aumento do número de casos, porém sem apresentar em forma de epidemia. As pessoas não possuem proteção a este vírus por nunca ter circulado no Estado. Este ano, todos os resultados de virologia foram do tipo 4", destacou.
A especialista acrescentou que as condições climáticas inerentes a transmissão mais rápida da doença acontece entre os meses de janeiro a maio, ou seja, período mais critico. "A dengue é endêmica no município, o que favorece a transmissão o ano todo. O cuidado de cada morador deve acontecer semanalmente para que não tenhamos um reflexo na próxima semana", lembrou a coordenadora sobre a responsabilidade de cada cidadão no combate a doença.
O Programa Municipal de Controle da Dengue, segundo a coordenadora, vem intensificando as ações desde julho para ter reflexo no verão de 2013 e não permitir a transmissão da doença em forma de epidemia.
Com isso, realiza ações diariamente seguindo padronização do Programa Nacional com agentes de endemias em todos os bairros realizando as visitas domiciliares, bloqueio de foco e casos, com a aplicação de fumacê costal em uma distância de até 300 metros do caso suspeito. Realiza também, a cada 15 dias, o tratamento em pontos estratégicos, como nos locais de maior probabilidade de desenvolvimento do mosquito: borracharias, transportadoras, cemitérios, rodoviária, clubes e outros.
Fumacê – O Programa Nacional autoriza a aplicação do fumacê para a eliminação do aedes, transmissor da dengue que pode levar à morte, e não faz parte da rotina do trabalho de controle do vetor. O uso do fumacê está vinculado ao índice de infestação predial e ao número de casos notificados no momento.
Desta forma, não existe controle de inseticida padronizado pelo Governo Federal para a eliminação de muriçocas e, sim, o controle mecânico com a limpeza de terrenos baldios, recolhimento de lixos e eliminação de fatores que estejam favorecendo o desenvolvimento destes insetos.