Dezoito prefeitos estão na mira por erros na utilização de recursos

O Ministério Público Federal em Sergipe contabilizou 183 ações de improbidade administrativa nos últimos três anos, um número muito maior que nos anteriores – Destas, 50 ações envolvem 18 prefeitos, que mesmo após o término do mandato devem ser penalizados pela má utilização do dinheiro público.

"A maior parte dos processos de improbidade movidos pelo MPF em Sergipe é referente a irregularidades na aplicação de verbas da Saúde e da Educação", afirma a procuradora Eunice Dantas Carvalho, que indignada com a situação, ressalta que "há em Sergipe três procuradores da República e seis servidores que trabalham com o foco específico de buscar as condenações por desvio de verbas que deveriam beneficiar a população".

De acordo com a procuradora, entre os prefeitos processados, está o de Indiaroba, João Eduardo Viegas, que tem até o momento 15 processos contra si movidos pelo MPF. "Em oito deles, ele foi condenado na primeira instância, mas ainda cabe recurso", disse ela. Há ainda ações do MPE contra outros 41 ex-prefeitos, também por improbidade administrativa.

 "Embora já haja um considerável número de condenações, a maior parte dos processos contra prefeitos vai ser julgado agora depois das eleições, com exceção de João Eduardo Viegas, que já foi condenado em oito processos na primeira instância", comentou a procuradora.