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Aracaju tem a cesta mais barata
Publicado em 06 de novembro de 2012
Por Jornal Do Dia
Aracaju teve em outubro último a cesta básica mais barata do país: R$ 206,03. A mais cara foi a de São Paulo: R$ 311,55. De acordo com levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o preço dos gêneros alimentícios essenciais aumentou no mês passado em nove das 17 capitais pesquisadas.
Em outubro, a alta no preço de itens essenciais atingiu – de forma generalizada – boa
parte dos produtos que integram a cesta básica acompanhada pelo Dieese. O arroz foi o único item a ter aumento em todas as 17 regiões pesquisadas. As altas mais significativas foram apuradas em Aracaju (19,77%), Vitória (16,93%) e Recife
(13,88%). O preço da farinha de mandioca também ficou mais elevado, tendo sofrido um aumento de 24,24% na capital sergipana.
A combinação de aumentos de preços mais moderados em algumas capitais e recuos mais expressivos em outras, determinou no mês passado uma relativa estabilidade no tempo de trabalho necessário para a compra da cesta básica. Para adquirir o conjunto de produtos alimentícios essenciais, o trabalhador que recebe salário mínimo precisou trabalhar, em média, 95 horas e 1 minuto, bastante semelhante à jornada média necessária em setembro, 95 horas e 12 minutos.
No mesmo período do ano passado, a jornada média de trabalho exigida para a compra da cesta somava 94 horas e 4 minutos. Quando a relação é feita com o salário mínimo líquido, ou seja, após desconto da parcela correspondente à Previdência, verifica-se que o trabalhador comprometeu, em outubro deste ano, 46,95% dos vencimentos com a compra da cesta básica. Este percentual é ligeiramente inferior ao exigido em setembro (47,04%), mas mais elevado que o requerido em outubro de 2011, quando percentual necessário correspondia a 46,48% do salário mínimo líquido vigente.
Em outubro, o menor valor pago a um trabalhador deveria ser de R$ 2.617,33, ou seja, 4,21 vezes o piso vigente de R$ 622,00. Em setembro, o salário mínimo necessário era bastante semelhante ao atual, equivalendo a R$ 2.616,41 (4,21 vezes o salário base). Em outubro de 2011, o salário mínimo necessário era de R$ 2.329,94, ou 4,28 vezes o valor mínimo em vigor na época, R$ 545,00.
Para chegar ao salário mínimo ideal o Dieese levou em conta o custo apurado na cesta básica em São Paulo e o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para a manutenção de um trabalhador e a família dele, suprindo gastos com alimentação, moradia, educação, vestuário, saúde, transportes, higiene, lazer e previdência social, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.