Quinta, 26 De Dezembro De 2024
       
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Secretário nega que governo vá desativar prédio da Ceasa


Publicado em 14 de setembro de 2013
Por Jornal Do Dia


O Ceasa deve continuar funcionando normalmente

Milton Alves Júnior
miltonalvesjunior@jornaldodiase.com.br

Após a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos (Cohidro) noticiar que a Central de Abastecimento de Aracaju teria as portas fechadas e posteriormente o espaço seria vendido pelo Estado de Sergipe, o secretário de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, José Macêdo Sobral, garantiu que a notícia não possui nenhum fundamento. Satisfeitos com o pronunciamento do secretário que há poucos dias assumiu a pasta, comerciantes e consumidores da Ceasa agora dizem aguardar melhorias na estrutura física. Construído há 39 anos pelo Governo Federal, atualmente o espaço público é administrado pela Associação de Usuários da Ceasa, possui 128 associados e aproximadamente 400 feirantes.

Segundo o secretário, apesar da promessa da não interdição da central, o Governo do Estado, através da Vigilância Sanitária Estadual, vai intensificar os trabalhos de fiscalização com o objetivo de oferecer aos consumidores total garantia de alimentos ricos em nutrição. Com a garantia de José Sobral, os comerciantes podem continuar trabalhando normalmente e sem o receio de serem despejados conforme anunciado pela Cohidro. "Não queremos em hipótese alguma prejudicar o trabalho de ninguém, de nenhum sergipano. Estamos evoluindo gradativamente em todos os aspectos econômicos e interditar aquele setor comercial é promover prejuízos para os vendedores que todas as semanas se deslocam de diversos municípios sergipanos", disse.

Satisfeitos – O vendedor de frutas Jaime Gomes dos Santos disse que muitos comerciantes estavam preocupados e perdendo noites. Questionado sobre a perspectiva para o futuro do comércio na Ceasa, o vendedor que está prestes a completar 22 anos de trabalho em Aracaju, ressaltou a importância de uma reunião geral a fim de promover melhorias.
"Realmente essa notícia de fechamento pegou todos de surpresa e ainda hoje, após o secretário e deputado terem se mostrado a favor da nossa permanência, muitas pessoas ainda temem perder o espaço de venda e que sustenta várias famílias", declarou o comerciante que concluiu dizendo: "Essa situação chata que passamos foi essencial para que os dirigentes se sintam pressionados para realizar uma reunião em conjunto", pontuou. Diante da polêmica, José Sobral reconheceu a precariedade do atual prédio e ressaltou a necessidade de se construir uma nova Ceasa, mais moderna e baseada nas regras que regulamentam todas as centrais de abastecimento. Até o momento dois novos locais foram citados. A primeira, nas proximidades da Polícia Rodoviária Federal, e a segunda, nas proximidades do trevo de Itabaiana.

O casal de vendedores itabaianenses Ruth e Adailton dos Santos também está preocupado com a situação. Eles alegaram que taxas altas são cobradas pela atual administração do local, mas que poucas providências são adotadas. Entre esses problemas está o recolhimento não constante do lixo que no último mês de junho e julho foi alvo de denúncias junto ao Ministério Público Estadual (MPE). Para ele, os comerciantes dependem do apoio do Governo do Estado e da união dos próprios comerciantes para que medidas progressistas sejam adotadas.
"Não dá mais pra continuar assim. Não existem dúvidas que precisamos desse espaço tão tradicional para vender nossos produtos, mas também está mais que na cara que é preciso mudança. Os atuais administradores da associação deixam muito a desejar e devemos nos unir para que futuramente o Ministério Público realmente não decida fechar de vez a Ceasa", afirmou. Sem alterar no horário de funcionamento, o comércio neste sábado permanece das 5h30 às 16h.

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