Cândida Oliveira
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As centrais sindicais promoveram ontem ato público em frente ao Centro Administrativo José Aloísio de Campos, sede da Prefeitura de Aracaju, contra a licitação da folha de pagamento que pode retirar contas do Banco do Estado de Sergipe (Banese).
Os representantes da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) de Sergipe, da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), da Força Sindical, da Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), da União Geral dos Trabalhadores (UGT/SE), do Sindicato dos Bancários de Sergipe, Força Sindical, entre outras instituições levaram faixas e um mini-trio, a fim de chamar a atenção da sociedade para a situação. Os manifestantes foram ‘recepcionados’ por guardas municipais, que ficaram de prontidão na porta do Centro Administrativo.
"Estamos comprometidos com o povo sergipano", garantiu o coordenador do Conlutas, Djenal Prado. Ele acrescentou que a mobilização é uma luta que tenta fazer com que o prefeito de Aracaju, João Alves Filho, volte atrás na decisão de realizar a licitação que pode retirar a conta da Prefeitura e a folha de pagamento dos servidores municipais do Banese. "O banco ficará enfraquecido com essa medida do prefeito, então, nos mobilizamos para tentar reverter a decisão que prejudicará a população sergipana. Vamos também convidar a população para entrar nessa luta, pois queremos também o fortalecimento nas ruas", destacou Prado.
Ele colocou ainda que entende que o Banese investe em outras áreas como a cultural e é o único banco que possui agências em todos os municípios sergipanos, inclusive com Ponto Banese em dezenas de povoados. "A Prefeitura de Aracaju é o segundo maior cliente do Banese e a medida do prefeito deixa-o vulnerável. Esse é um golpe para qualquer banco", observou Djenal. Inclusive no Brasil existem atualmente apenas cinco bancos estaduais.
O presidente do CTB, Edival Góes, ressaltou que o banco corre o risco de ser privatizado, com a saída da conta municipal e de perder mais clientes. "Que a sociedade entenda a seriedade dessa postura do prefeito João Alves. Isso não é uma bobagem como os administradores colocam para a população. A luta precisa acontecer agora, pois se o fato se concretizar será difícil resolver depois".
Segundo Edival, o prefeito tem uma predileção pelas privatizações. "O dinheiro não irá resolver o problema do município. Essas questões se resolvem com parcerias com os Governos Federal e Estadual, aumento da arrecadação, bons gestores e não com ampliação dos cargos de comissão".
No próximo dia 4 de outubro as centrais realizam nova manifestação. Local e horário ainda será definido. Outro ponto relevante que já foi pactuado pelas centrais é com a entrada de ação judicial contra a Prefeitura de Aracaju. "Temos que tentar de todas as formas barrar esse leilão que deve acontecer no dia 7 de outubro", disse Djenal Prado, do Conlutas.