Quinta, 26 De Dezembro De 2024
       
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PM-taxista atira em dois assaltantes: um morto


Publicado em 27 de setembro de 2013
Por Jornal Do Dia


Gabriel Damásio
gabrieldamasio@jornaldodiase.com.br

Um bandido morreu e outro ficou ferido após a tentativa de assalto a um táxi na Rua Pastor Martin Luther King, bairro Atalaia (zona sul de Aracaju), por volta das 23h de anteontem. Eles foram baleados por um soldado da Polícia Militar que estava de folga e trabalhava como taxista. Segundo a PM, ele reagiu ao anúncio do assalto e atirou contra a dupla, que estava chegou a usar drogas dentro do carro. Um dos acusados, Diego Armando Santana Santos, foi baleado na perna e levado para um pronto-socorro sem gravidade. O outro, Marcelo Alves dos Santos Filho, 20 anos, estava com uma pistola de brinquedo e foi morto com dois tiros no peito.
A PM não divulgou a identidade do militar, alegando questões de segurança. Segundo o relato, ele fazia ponto com o táxi na Avenida Maranhão, 18 do Forte (zona norte), em frente ao Pronto-Socorro Nestor Piva. Ao terminar seu serviço, ele voltava para casa e foi parado por Diego, o qual perguntou quanto custaria uma corrida até a Orla de Atalaia. Após ouvir que o preço ficaria em R$ 40, o suspeito entrou e foi logo acompanhado por Maurício. Este, por sua vez, estava com a pistola de brinquedo e ambos, muito nervosos, faziam gestos com a mão na cintura a todo o tempo, para demostrarem que estavam armados.
O PM-taxista não reagiu, mas percebeu a situação. "Ele já estava com uma pistola engatilhada no banco e se manteve calmo, mas ficou de sobreaviso e já começou a pensar como iria reagir, como iria sacar a arma… Os indivíduos subestimaram a hipótese do taxista ter alguma reação e abriram mão do fator surpresa usado nos assaltos, o que favoreceu o policial", avaliou o porta-voz da PM, tenente-coronel Paulo César Paiva. Este comportamento dos suspeitos, que estavam sentados no banco traseiro, se prolongou por todo o trajeto até a Atalaia, a ponto de eles cheirarem uma pequena quantidade de cocaína.  
Ao chegar na Avenida Mário Jorge, já próximo à Orla, os suspeitos mandaram o PM-taxista entrar na rua Luther King, que estava deserta. Ali, conforme a polícia, Marcelo sacou a arma de brinquedo e Diego exigiu dinheiro. A vítima entregou uma pequena quantia, o que fez o primeiro suspeito a ameaçá-lo. "Porra, isso é pouco dinheiro! Tá de brincadeira, é? Vou lhe matar", teria dito Marcelo, apontando a pistola. Foi este o exato momento em que o policial reagiu: assim que os assaltantes ensaiaram sair do carro, ele sacou a pistola e abriu fogo contra o suspeito armado. Diego ainda tentou escapar, mas também foi atingido.
Imediatamente, o PM-taxista ligou para o Ciosp (Centro Integrado de Operações em Segurança Pública) e o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) pedindo o socorro médico. Marcelo morreu antes de ser atendido e, como não portava documentos, só foi identificado no início da tarde pelo Instituto Médico-Legal (IML). A ambulância atendeu Diego e levou-o ao Pronto-Socorro Fernando Franco, no Augusto Franco (zona sul). Depois de ser medicado, ele foi levado à Delegacia Plantonista (Centro), onde foi autuado em flagrante por roubo majorado. Além da pistola de brinquedo, ampolas de cocaína também foram apreendidas.

Fazia bico? – O Comando da Polícia Militar informou que o policial se apresentou à delegacia e foi liberado, pois ficou caracterizado que ele agiu em legítima defesa e, mesmo de folga, "no estrito cumprimento do dever". No entanto, a corporação vai abrir uma sindicância para apurar se houve "transgressão disciplinar". Isso porque a atividade profissional paralela, conhecida como "bico", não é permitida pela Lei Orgânica da PM. O tenente-coronel Paiva esclareceu que o objetivo é apurar se o PM-taxista fez ou não o "bico".
"Nós vamos apurar se o ponto ou a licença pertence a ele ou se ele estava como defensor ou trabalhando para alguém. Se ficar configurado que o ponto era do policial, fica caracterizado o bico e ele receberá uma punição administrativa", disse o porta-voz. Ele confirmou que o táxi usado pelo militar é legalizado e tem sua licença autorizada pela SMTT de Aracaju.

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