Marcel Resende, superintendente de Estudos e Pesquisas da Seplag
Trabalhador sergipano tem aumento real de 9,4%
Publicado em 16 de outubro de 2013
Por Jornal Do Dia
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2012, divulgada na última sexta-feira pelo IBGE, traçou uma radiografia dos estados brasileiros. Com base nos primeiros dados divulgados, o Observatório de Sergipe passa a relatar a seguir os principais resultados de Sergipe na pesquisa.
Segundo explica Marcel Resende, superintendente de Estudos e Pesquisas da Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag), para Sergipe a pesquisa apontou que já somos 2.151.820 de habitantes. A maior parte da população, ou seja, 514 mil, está na faixa de 25 a 39 anos. A maioria ainda é de mulheres, que responderam por 52,16% da população estadual. Em relação à situação dos domicílios onde essa população reside, 73,4% estavam localizados em áreas urbanas. Já em relação ao percentual de residentes por cor ou raça, 67,7% se autodeclararam da cor parda, 23,2% branca, 8,8% preta, 0,1% indígena e 0,1% amarela.
O aumento da esperança de vida do sergipano pode ser comprovado pelo aumento do número de idosos em Sergipe. O percentual da população acima de 60 anos passou de 10,2% em 2011 para 10,4%, em 2012. O percentual de crianças com idade entre 0 a 4 anos manteve-se estável em 7,7%, enquanto o de jovens entre 15 e 19 anos, saltou de 8,6% para 10,1%.
Renda – A Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar (PNAD) 2012, divulgada pelo IBGE, mostra também um ganho real de 9,4% no rendimento médio mensal real de todos os trabalhos das pessoas de 15 anos ou mais de idade em Sergipe, na comparação entre 2011 (R$ 1.063,00) e 2012 (1.163,00). O rendimento médio dos trabalhadores sergipanos é superior ao verificado em todas as unidades da federação do Nordeste.
Aumentou também a desigualdade entre homens e mulheres neste período. Em 2012, as trabalhadoras sergipanas recebiam o equivalente a 71% (R$ 939,00) dos rendimentos dos homens (R$ 1.308,00); em 2011 esta proporção era de 82,76%.
Desemprego – A taxa de desocupação das pessoas de 15 ou mais anos de idade foi de 7,7% em 2012, abaixo do índice de 8,4% verificado na PNAD 2011. A desocupação entre as mulheres ainda é mais alta do que entre os homens, sendo de 11,1% a desocupação entre as mulheres contra 5,1% entre os homens. A faixa etária que apresentou a maior taxa de desocupação foi a das pessoas de 18 a 24 anos, com 14,95%.
O nível de ocupação da população do estado também cresceu em 2012, o índice geral foi de 59,8% ante 59,4% em 2011. A discrepância no nível de ocupação entre os sexos vem se reduzindo nos últimos anos, o das mulheres saiu de 44,4% (2011) para 47,2% (2012), ao passo que entre os homens a taxa caiu de 76,4% (2011) para 74,1% (2012). Apesar dessa diminuição, o nível de ocupação dos homens ainda é superior ao das mulheres, enquanto estas apresentaram nível de ocupação, em 2012, de 47,2%, entre aqueles a taxa é de 74,1%.
Concentração de renda – A concentração de renda também diminui no estado. O Índice de Gini da distribuição do rendimento mensal das pessoas de 10 anos ou mais de idade, que mede o grau de concentração de renda, cujo valor varia de zero (perfeita igualdade) a um (desigualdade máxima), manteve a tendência de queda verificada nos anos anteriores, passando de 0,544 para 0,533, redução de 2% em 2012 comparado a 2011.