Quinta, 26 De Dezembro De 2024
       
**PUBLICIDADE
Publicidade

SEM RECEITA, APAE E APADA CONTINUAM AMEAÇADAS


Publicado em 17 de outubro de 2013
Por Jornal Do Dia


FUNCIONÁRIOS DA APAE PROTESTAM

Na Apae os funcionários estão em greve por atraso nos salários

Milton Alves Júnior
 
Depois de 22 anos de ação filantrópica, a direção da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos (Apada) informou na manhã de ontem que pode cessar as matrículas por falta de condições financeiras. Sem boas perspectivas para o próximo ano, é real a possibilidade de a associação ter as portas temporariamente fechadas já no próximo mês de novembro, período em que se conclui a metodologia administrativa de 2013. Segundo declarações da presidente e idealizadora da Apada, Lígia Maynard, a situação de calamidade financeira vem sendo registrada após o corte de verbas de subvenção de deputados estaduais que foi suspensa pelo Tribunal de Justiça, através da juíza Simone Oliveira Fraga.
Conforme anunciado oficialmente no início do mês de agosto pela magistrada, a atitude foi adotada devido a uma possível existência de irregularidades por parte dos parlamentares sergipanos que até então eram responsáveis por esse repasse. Por ano, os deputados repassavam, ou deveriam repassar, pouco mais de 24 milhões de reais a grupos de organizações não governamentais. "Nosso trabalho é sério e de ampla responsabilidade trabalhista desde a sua fundação no ano de 1991. Até dezembro nós temos condições de honrar com os nossos compromissos, já a partir de janeiro não. Por isso que estamos anunciando uma possível desativação da Apada", declarou a presidente.
Ainda informado pela direção da associação, o último levantamento mostra que a Apada atende mais de 80 pessoas de diversos municípios da Grande Aracaju e até de outros municípios. Apesar do anúncio ter alertado para a possibilidade de fechamento temporário, Lígia Maynard não descartou a eventualidade para interdição em definitivo. "É mais que necessário deixar claro que as parcerias firmadas com a Prefeitura de Aracaju, Governo do Estado e Banese estão sendo cumpridas sem nenhum problema, mas sem esse dinheiro da Assembleia Legislativa não tem como começar os trabalhos de 2014", disse. O TJ decidiu suspender o repasse de verbas por falta de comprovação da aplicação dos recursos. Ao todo, 50 ONGs eram beneficiadas.
 
APAE – Com uma realidade semelhante a da Apada, a direção da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), também afirma estar passando por dificuldades financeiras. Por mês, a ONG que atende a quase 200 portadores de deficiência, disse gastar em média 45 mil reais. Segundo o presidente Max Santos, as doações não passam de 33 mil reais e esse seria o principal motivo para o atraso no pagamento dos funcionários. "Reconhecemos que temos esse problemão para resolver, mas já iniciamos uns debates com o Conselho Estadual da Pessoa Deficiente, a Secretaria Municipal de Assistência e o Ministério Público Estadual. Nossa meta é quitar as dívidas", garantiu.
A fim de evitar que a ONG tenha as portas fechadas também por tempo indeterminado, até o final desse mês a Apae vai promover uma nova campanha de doação no Estado de Sergipe. O objetivo é conquistar o maior número de novos doadores com qualquer quantia financeira.

**PUBLICIDADE



Capa do dia
Capa do dia



**PUBLICIDADE


**PUBLICIDADE
Publicidade