Manifestação dos petroleiros em frente à sede da Petrobras
Petroleiros fazem greve de 24 horas contra cortes
Publicado em 25 de julho de 2015
Por Jornal Do Dia
Atendendo a uma convocação feita oficialmente pela direção da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), petroleiros que atuam em Sergipe cruzaram os braços por 24h. A mobilização nacional que teve início às 0h de ontem foi promovida como forma de questionar o modelo de política de desinvestimento adotada pela direção da estatal, e contra o plano de venda de ativos da Petrobras anunciado essa semana pelo Governo Federal. Conforme crítica feita pelo Sindicato dos Petroleiros de Sergipe (Sindipetro), devido à instabilidade e falta de qualificação administrativa promovida por gestores da Petrobras, só em Sergipe mais de sete mil profissionais foram demitidos desde janeiro de 2014.
Em termos de Brasil, essas dispensas funcionais já passam da casa dos 80 mil e por isso o Sindipetro avalia a paralisação de ontem como prévia do calendário de luta. A categoria não descarta a possibilidade de uma greve nacional por tempo indeterminado. "Para a nossa insatisfação e tristeza, infelizmente poucos brasileiros têm conhecimento que este plano prevê a venda de R$ 180 bilhões em ativo, tudo isso para fazer caixa e pagar o endividamento da empresa. Precisamos do apoio dos brasileiros para defender os ativos da Petrobras, uma empresa que é nossa, mas percebemos que ao longo dos últimos anos está se semitonando", declarou o diretor do Sindipetro, Bruno Dantas.
Por meio de nota a Assessoria de Comunicação da Petrobras informou que: "Em função da greve de 24 horas anunciada para começar à zero hora desta sexta-feira (24/07), a Petrobras informa que, em algumas unidades, houve registro de bloqueios na entrada dos empregados, gerando atrasos, assim como corte de rendição de turno. As atividades da empresa estão dentro da normalidade, sem prejuízo à produção, estando preservada a segurança das instalações da companhia e de seus trabalhadores. A Petrobras tomou todas as medidas para garantir a manutenção da produção de petróleo e gás, bem como o abastecimento do mercado". O sindicato comunicou que outros atos públicos devem ser promovidos em Sergipe ainda este ano, mas preferiu não divulgar o cronograma de manifestações.