Servidores do Cirurgia ameaçam nova paralisação
Publicado em 17 de janeiro de 2018
Por Jornal Do Dia
Durante assembleia extraordinária realizada na manhã de ontem, funcionários ligados à Fundação Beneficente Hospital de Cirurgia decretaram estado de greve geral. A medida oficializada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa), serve como forma de pressionar a administração filantrópica a quitar o décimo terceiro salário da classe trabalhadora. Em atraso desde o dia 20 de dezembro, somando hoje 28 dias, ficou deliberado que, caso o benefício não seja depositado até logo mais as 10h, os profissionais devem cruzar os braços e suspender os atendimentos destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS) por tempo indeterminado.
. Se confirmado, ainda na manhã de hoje o atendimento apresentará redução de até 70%, conforme prevê a Constituição Federal no que se refere ao direito de greve realizado por profissionais que atuam em serviços considerados essenciais. Paralelo à direção do HC, os funcionários já comunicaram o Estado de greve ao Ministério Público Estadual, do Trabalho e ao Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe. Para Cícero de Souza, representante da Associação dos Funcionários, a paciência chegou ao limite.
Isso ocorre em virtude de essa paralisação ter sido deflagrada para iniciar ontem, mas foi adiada em 24h em virtude de um pedido partido da direção da unidade hospitalar em conjunto com a Secretaria de Estado da Saúde, em reunião com o secretário Almeida Lima. Ele ressaltou a presença, de surpresa, por parte do secretário. "A reunião ocorria no pátio do hospital quando Almeida desceu e pediu mais um prazo. Como o diálogo foi amistoso, os colegas optaram por segurar o movimento e, caso o nosso pleito não seja atendido, a greve começa sem nem mesmo ter uma nova assembleia. Atendemos aos pedidos e aguardamos agora o repasse desse direito para todos os profissionais", declarou.
A direção do HC não se manifestou oficialmente sobre o diálogo que teve junto à cúpula da SES, nem com os responsáveis por intermediar as negociações junto aos servidores. A promessa que ficou apresentada é que Almeida Lima tentaria resolver a demanda financeira que atinge cerca de 1.200 funcionários, mesmo a demanda não sendo de responsabilidade direta do órgão estadual. Essa postura, inclusive, foi essencial para que os próprio trabalhadores optassem por suspender em curto prazo o início da greve. Ainda de acordo com Cícero, é preciso que a confiança atribuída não seja quebrada e os funcionários possam constar nas respectivas contas bancárias o depósito da gratificação natalina. (Milton Alves Júnior)