Fila no Posto Sinhazinha, ontem de manhã: todo mundo quer tomar vacina contra febre amarela. Foto: F5news
Fila no Posto Sinhazinha, ontem de manhã: todo mundo quer tomar vacina contra febre amarela. Foto: F5news
Publicado em 20 de janeiro de 2018
Por Jornal Do Dia
Fila no Posto Sinhazinha, ontem de manhã: todo mundo quer tomar vacina contra febre amarela. Foto: F5news
Fila no Posto Sinhazinha, ontem de manhã: todo mundo quer tomar vacina contra febre amarela. Foto: F5news
Milton Alves Júnior
Tem crescido em Aracaju e região metropolitana a procura pela vacina contra a Febre Amarela. Desde o inicio deste ano, quando casos da doença foram registrados em maior escala na região Sudeste do Brasil, centenas de sergipanos, muitos com viagem marcada para os estados com registro, têm buscado pela imunização. Diante da amplitude na procura o Governo do Estado, por meio do Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES), tem disponibilizado o medicamento; já a Prefeitura de Aracaju, oferta as vacinas em nove Unidades de Atendimento da Família administradas pela Secretaria Municipal de Saúde. Até a tarde de ontem, mais de 1.200 pessoas já haviam sido medicadas somente este ano.
Apesar do aumento na demanda, a administração municipal garante que não é necessário gerar nenhum tipo de aglomeração nos postos de saúde, já que atualmente existe doses suficientes para atender ao fluxo diário. A preocupação atual fica por conta apenas da operacionalidade do serviço. No posto Sinhazinha, bairro Grageru, por exemplo, uma sala foi disponibilizada especialmente para o atendimento dos pacientes e aplicação das vacinas. Por dia são disponibilizadas 300 unidades do medicamento, sendo 150 senhas para o turno matutino, e mais 150 para o turno vespertino. A unidade abre as portas por volta das 7h, mas às 6h já é possível se deparar com pessoas aguardando pelo inicio dos atendimentos.
“Entendemos que existe certa preocupação por parte dos aracajuanos, mas deixamos claro que diariamente vamos atender as 300 pessoas como forma até de não sobrecarregar a atividade dos profissionais. Essas senhas estão sendo distribuídas no início de cada turno. Tem vacina suficiente para a atual demanda”, declarou a coordenadora do posto, Maiara Melo Pereira. Sobre a demora no atendimento, criticado por alguns usuários do sistema, a gestora enalteceu que todos os esforços estão sendo adotados a fim de gerar conforto a todos. A perspectiva é que a situação continue até a primeira semana de fevereiro, quando começa o carnaval no Brasil.
“Infelizmente não temos mais como evitar as filas e a espera pelo atendimento já que a procura tem sido grande. Destinamos uma sala só para essa demanda, reservamos 150 senhas por turno justamente para tentar diminuir essa espera, e mesmo assim fica difícil atender a todos em curto prazo. Garantimos assistência a todos, mas não de forma instantânea”, explicou. Na manhã e início da tarde de ontem o acúmulo de pacientes aglomerados na entrada principal do Sinhazinha chamava a atenção de quem transitava pela Avenida Hermes Fontes. Diante da problemática, a Prefeitura de Aracaju começou a compartilhar ações de marketing em que destaca o grupo de pessoas aptas a receber o medicamento.
Além de ressaltar que atualmente a capital sergipana não apresenta risco da doença, a Secretaria Municipal de Saúde esclarece que apenas as pessoas com viagem marcada para as áreas de risco devem se vacinar. Nesse caso, a orientação é buscar pelo serviço faltando, no máximo, dez dias para a viagem. Pessoas com mais de 60 anos, gestantes, portadores do vírus HIV positivo e com doenças autoimunes devem buscar o auxílio médico antes de se vacinar; pessoas com alergia a ovo não devem tomar a vacina. Apesar da superlotação operacional, em nova junção de esforços, a SMS informou que ontem o número de senhas no Sinhazinha saltou para 400 atendimentos.
Além do IPES, no bairro São José, em Aracaju, e o próprio Sinhazinha, as vacinas estão sendo aplicadas nas unidades básicas de saúde: Edézio Vieira (Siqueira Campos) – segundas e quintas-feiras; Joaldo Barbosa (Bairro América) – terças e quartas-feiras; Augusto César Leite (Santa Tereza) – segundas e quartas-feiras; Maria do Céu (Centro) – terças e sextas-feiras; José Machado se Souza (Santos Dumont) – segundas e terças; Lauro Dantas (Bugio) – quartas e sextas-feiras; e UBS Celso Daniel (Santa Maria) – segundas e quintas-feiras. A Secretaria de Estado da Saúde, responsável por encaminhar o medicamento para o interior, informou que não há risco de desabastecimento em virtude de o Estado ter solicitado o envio de mais 20 mil doses da vacina para reforçar o estoque.
Unidades particulares de saúde também estão ofertando a vacina com preços que variam de acordo com a respectiva política econômica.