Segunda, 13 De Janeiro De 2025
       
**PUBLICIDADE
Publicidade

Operação apura desvio de R$ 3 milhões em contrato da limpeza em Aquidabã


Publicado em 20 de janeiro de 2018
Por Jornal Do Dia


Gabriel Damásio

 

O Ministério Público do Estado (MPSE) deflagrou ontem a ‘Operação Hygia’, um dos desdobramentos da ‘Operação Antidesmonte’. Ela investiga suspeitas de fraudes em licitações de limpeza urbana na Prefeitura de Aquidabã (Baixo São Francisco), durante a gestão encerrada em 2016. Promotores do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), cumpriram três mandados de busca e apreensão em uma casa na cidade de Aquidabã e em dois apartamentos da zona sul de Aracaju. O cumprimento dos mandados teve a participação de soldados do Comando de Operações Especiais (COE), da Polícia Militar.

Segundo o promotor Jarbas Adelino Santos Júnior, do Gaeco, o alvo principal é um empresário ligado à construtora Construnews, sediada em Nossa Senhora de Lourdes e contratada para executar os serviços de limpeza e coleta de lixo na cidade. Segundo as investigações, a prefeitura pagou cerca de R$ 3 milhões à empresa, mas os serviços contratados também eram executados por servidores do quadro de pessoal do Município e com uso de veículos da própria prefeitura. Há também a suspeita de que teria havido fraudes no processo de escolha da firma.

Uma das buscas aconteceu em um condomínio de alto padrão na Aruana (zona de expansão), onde mora o dono da construtora. Ali, além de celulares, documentos e computadores, os policiais e promotores recolheram uma quantia em dinheiro. Segundo fontes ligadas à investigação, o valor estava disposto em notas de R$ 100 recém-fabricadas, indicando que o dinheiro teria sido sacado recentemente. Outros computadores, documentos e celulares foram apreendidos nas casas de dois ex-secretários municipais de Aquidabã, sendo um na própria cidade e outro em um condomínio no Ponto Novo. Todo o material passará por análise pericial.

Na mesma decisão judicial que autorizou os mandados de busca, a Justiça decretou o bloqueio dos bens e das contas bancárias que estejam nos nomes outras seis pessoas investigadas, incluindo um ex-prefeito, um ex-procurador do municípioe pelo menos três ex-secretários municipais, igualmente suspeitos de participação no esquema. Outras medidas podem ser adotadas a partir do resultado das análises dos documentos e mídias eletrônicas que foram apreendidas.

A investigação da ‘Operação Hygia’, conduzida pelo Gaeco e pela promotoria da Comarca de Aquidabã, está ligada a um processo criminal derivado da ‘Antidesmonte’, deflagrada no final de 2016. De acordo com o MPSE, as investigações revelaram manobras de alguns dos investigados para burlar a ordem de pagamento dos credores do município e dificultar a fiscalização do período de transição de governo, após as eleições de 2016. Os acusados já foram arrolados como réus no processo criminal, que já foi ajuizado na Comarca de Aquidabã.O nome da operação é uma referência a Hygia, uma figura da mitologia grega considerada como deusa da saúde, da limpeza e da sanidade. 

**PUBLICIDADE



Capa do dia
Capa do dia



**PUBLICIDADE


**PUBLICIDADE
Publicidade