Equipamentos precários no consultório irregular em Nossa Senhora Aparecida. Foto: Divulgação
Conselho de Odontologia recebe denúncia e flagra consultório irregular em Nossa Senhora Aparecida
Publicado em 01 de fevereiro de 2018
Por Jornal Do Dia
Mais um flagrante de exercício ilegal da Odontologia aconteceu na manhã desta quarta-feira (31). Ao averiguar uma denúncia recebida, o Conselho Regional de Odontologia de Sergipe (CRO-SE) surpreendeu um consultório irregular no município em Nossa Senhora Aparecida, onde prestavam atendimento duas pessoas sem habilitação.
Identificado como José Valdo Gomes, o falso dentista atuava como protético sem registro. O seu filho também atendia irregularmente no local e fugiu, assim como os pretensos pacientes, antes que a polícia pudesse chegar. De acordo com o conselheiro Erickson Palma Silva, membro da Comissão de Fiscalização do CRO-SE, além de mantido por um falso profissional, o consultório não possui a mínima condição sanitária. "É o tipo de flagrante que representa riscos enormes à sociedade. Encaminharemos o caso à Polícia Civil para investigação. É por situações assim que nós enfatizamos a importância da denúncia", pontua.
De acordo com a Lei 5.081/66, a Odontologia somente pode ser praticada por cirurgião-dentista habilitado, que possua diploma de graduação e registro no órgão de fiscalização (CRO). E segundo o artigo 282 do Código Penal, a punição prevista para o exercício ilegal da Odontologia é de detenção de seis meses a dois anos, podendo ser cumulada à penalidade de multa.
De acordo com o presidente do Conselho Regional de Odontologia de Sergipe, Anderson Lessa Siqueira, essa é uma determinação que não pode jamais ser violada. “É importante que as pessoas saibam que prestar assistência direta ou indireta ao paciente sem a supervisão do cirurgião-dentista caracteriza exercício ilegal da profissão, ferindo, além do nosso código de ética, também o código penal”, explica.
Denúncias sobre suspeita de exercício ilegal das profissões de Cirurgião-Dentista, Técnico em Prótese Dentária, Técnico em Saúde Bucal ou Auxiliar em Saúde Bucal, conduta praticada por profissional inscrito ou por leigos, podem ser feitas à Comissão de Fiscalização do CRO-SE através dos telefones (79) 98122-9988, 3214-3404 ou da aba “denúncia” do site www.crose.org.br.