Quinta, 16 De Janeiro De 2025
       
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Terceirizada não paga empregados e prejudica funcionamento do Huse


Publicado em 23 de fevereiro de 2018
Por Jornal Do Dia


Manifestação dos terceirizados do Huse que não receberam os salários da Multiserv

Milton Alves Júnior

Com os salários atrasa-dos desde o mês de dezembro do ano passado, trabalhadores terceirizados da Empresa Multiserv, lotados Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), cruzaram os braços durante todo o dia de ontem como forma de pressionar as esferas pública e particular a reparar o déficit dos vencimentos trabalhistas. Apresentada como responsável direta pela promoção do ato, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) confirmou os atrasos alcança a casa dos 60 dias perante o repasse de verbas, mas destacou que o setor patronal está descumprindo com a Lei de número 8.666, de 21 de junho de 1993, popular Lei das Licitações.

Em seu texto, a legislação destacada pelo órgão estabelece que a empresa contratada poderá suspender o serviço, ou até reincidir o contrato quando a falta de pagamento pela contratante for superior a 90 dias; antes disso, deve manter o funcionamento integral das ações declaradas no contrato firmado entre as partes. Sendo assim, por enquanto essa queixa ainda deve ser redirecionada para a administração empresarial. Apesar das alegações apresentadas pela SES, a Multiserv informou que permanece na dependência de repasse pelo menos parcial para priorizar o pagamento dos salários. Os direitos somente serão quitados quando a Secretaria de Estado da Fazenda liberar as verbas. A classe trabalhadora não descarta a possiblidade de greve.

De acordo com o diretor do Sindicato dos Empregados de Condomínios, de Asseio e Conversação do Estado de Sergipe, Diego Santos, por decisão da categoria, 60% dos funcionários optaram por aderir à paralisação. Caso as reivindicações não sejam atendidas até a próxima segunda-feira, 26, a proposta é manter por tempo indeterminado somente 30% do efetivo em atuação. Paralelo aos pelos apresentados ao Governo do Estado, a direção sindical informou já ter reivindicado o apoio ao Ministério Público do Estado (MPE), Ministério Público do Trabalho (MPT), e ao Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe (TJ/SE). Deputados estaduais também já foram provocados.

"Sofrem os trabalhadores que estão sem seus salários e demais direitos, sofre os demais profissionais que atuam no Huse, sofrem os pacientes do Sistema Único de Saúde e sofrem as famílias de cada um que continua sem os benefícios trabalhistas. Independentemente de quem seja a culpa, é preciso resolver logo caso desejem que as atividades sejam restabelecidas no Huse", avaliou. Ciente do apelo, bem com das ameaças de greve, a Secretaria de Estado da Saúde e a Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), prometeram repassar os valores cobrados de imediato assim que a quantia estiver devidamente disponível no sistema. Uma data prevista não foi apresentada.

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