Governo alerta para prevenção à caxumba
Publicado em 20 de março de 2018
Por Jornal Do Dia
Nesta segunda-feira, o Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Saúde (SES), lançou uma nota informativa com recomendações sobre parotidite infecciosa, mais conhecida como caxumba. A nota deve ser usada por todos os profissionais da área da saúde, e se dá em virtude da identificação, por parte da sua Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS), do aumento de casos notificados e a ocorrência de surtos institucionais.
De acordo com a coordenadora do Núcleo das Doenças Transmissíveis, da SES, Mércia Feitosa, o objetivo é prevenir a ocorrência de novos casos. "Em situação de evolução com gravidade foram definidas recomendações e orientações para os profissionais de saúde sobre a identificação e notificação precoce das ocorrências suspeitas. Trata-se, portanto, de uma doença viral aguda de evolução benigna, caracterizada por febre e aumento de volume de uma ou mais glândulas salivares, geralmente, a parótida e, às vezes, glândulas sublinguais ou submandibulares", explicou.
A nota informativa ainda ressalta que cerca de 1/3 das infecções podem não apresentar aumento, clinicamente aparente, dessas glândulas. Estima-se que, na ausência de imunização, 85% dos adultos poderão ter a doença, sendo a mesma mais severa nessa fase. Nos casos graves, a caxumba pode causar surdez, meningite e, raramente, levar à morte.
"Em Sergipe, não há registro de epidemia. Já o surto é localizado, implicando no aumento do número de casos num espaço concentrado. Tivemos surtos nas escolas e, no ano passado, em presídio. A SES, por sua vez, recebe notificação individualizada da doença através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Sistema Único de Saúde (SUS), e quando começamos a monitorar as notificações percebemos que algumas delas se referem a pessoas que têm algum tipo de vínculo, seja de trabalho, ou mesmo alguma proximidade", ressaltou Mércia.
Transmissão – A transmissão da caxumba ocorre por via aérea, disseminação de gotículas ou por contato direto com saliva de pessoas infectadas. O período de maior transmissibilidade é de dois dias antes até cinco dias após o início do edema da parótida, embora o vírus possa ser isolado na saliva sete dias antes até nove dias após o acometimento glandular.