Moradores da Barra querem vagas no canteiro de obras

Dezenas de trabalhadores desempregados, integrantes do Movimento SOS Emprego, se reuniram na manhã de ontem na entrada principal da usina termelétrica Centrais Elétricas de Sergipe (CELSE), município da Barra dos Coqueiros, com o intuito de chamar a atenção dos gestores públicos para a necessidade de valorizar a mão de obra local. Conforme lamentação apresentada pelos operários, no ato da implantação da pedra fundamental, o Governo do Estado de Sergipe promoveu um acordo junto à direção da usina, a fim de contratar e qualificar a mão de obra barracoqueirense, mas até o momento não foi cumprido. Os manifestantes reivindicam a contratação imediata dos trabalhadores.
No decorrer do ato público, o deputado estadual George Passos (Rede) surgiu acompanhado de assessores diante da promessa de provocar a Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese) a discutir o pleito dos manifestantes, bem como convocar gestores da administração direta Estadual para apresentar os possíveis contrapontos. Segundo o parlamentar, é preciso que uma fiscalização tipo pente fino seja realizada a fim de defender os direitos trabalhistas do cidadão sergipano. Sem confirmar a veracidade das denúncias recebidas, ele informou que, indícios mostram que profissionais de outros estados estão ocupando o espaço que deveriam ser preenchidos por trabalhadores locais.
A convite da própria empresa, no dia 13 de março deste ano o Jornal do Dia esteve na usina e entrevistou Pedro Litsek, presidente da CELSE. Durante o diálogo ele destacou a importância na geração de empregos desde o primeiro dia de obras. Conforme estatísticas apresentadas pelo grupo, somente na primeira fase da construção foram gerados cerca de 70 empregos; a estimativa é que, até a fase final – prevista para o início do próximo ano, sejam gerados cerca de 2.600 empregos diretos. Dentro deste contexto funcional, pouco mais de 80% dos profissionais nasceram, ou residem na Barra dos Coqueiros. Estes dados também são compartilhamos com a administração municipal da Barra.
"Fica difícil acreditar nesses números quando diariamente percebemos que pessoas cadastraras seguem desempregadas, enquanto recebemos informações precisas, vindas de colegas atuantes lá dentro (na empresa), que pessoas de outros estados estão vindo trabalhar aqui.