Sem salários, terceirizados do Huse voltam a parar
Publicado em 17 de maio de 2018
Por Jornal Do Dia
Novamente por falta de repasse salarial, profissionais da limpeza, contratados pelas empresas Multiserv e Embratis, voltaram durante todo o dia de ontem a cruzar os braços como forma de pressionar os gestores públicos e particulares a regularizar os respectivos direitos trabalhistas. Diante do cenário de dificuldades encrencadas, a direção do Sindicato dos Empregados e Empresas de Asseio e Conservação (Sindecese), garantiu ao Jornal do Dia na tarde de ontem que as mobilizações serão intensificadas já a partir desta semana caso a situação não seja definitivamente regularizado pelos setores responsáveis.
Os empregados ligados à Multiserv estão sem receber o salário referente ao mês passado, atingindo hoje, nove dias de atraso após o limite máximo permitido por lei (quinto dia útil); já os profissionais da Embratis, muitos amargam três meses de atraso salarial e de demais direitos como: vale alimentação e transporte. Para que o sistema operacional do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) não sofresse maiores prejuízos, a categoria optou por manter 30% do efetivo. O serviço ficou restrito aos locais considerados de urgência e emergência. Ambientes administrativos, por exemplo, seguem sem higienização.
De acordo com o diretor sindical Helder Santos, é inadmissível que os servidores do maior hospital público do estado voltem a se deparar com problemas recentes. No início do ano, durante uma crise administrativa financeira enfrentada pelo setor empresarial, houve a promessa de regularização da situação e trabalho intensificado para não mais haver a pendência. "Infelizmente estamos novamente tendo que lutar pelo repasse salarial destes profissionais. Promessas apresentadas no início do ano não se concretizaram e voltamos a sofrer com o atraso de um direito de ampla importância para as dezenas de famílias destes trabalhadores", lamentou.
Sobre a suspensão no repasse dos salários, a Multiserv informou que se deparou com a necessidade de adotar esta medida em virtude de contabilizar três meses sem receber o repasse de verbas contratuais por parte da Secretaria de Estado da Saúde. Um montante orçado na casa dos cinco milhões de reais, o qual segue sem data prevista para ser quitada. Quanto ao pagamento dos servidores, a empresa informou que segue buscando alternativas a fim de quitar a pendência e minimizar os conflitos pessoais e trabalhistas.