Quinta, 23 De Janeiro De 2025
       
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Portas e coração abertos para o Forró


Publicado em 30 de maio de 2018
Por Jornal Do Dia


Um trio afoito para celebrar as próprias raízes

Quando junho che gar, vai encontrar o  coração do trio Crav&Roza de portas abertas, doido para bater no compasso arrastado de um xote. Animados com a proximidade dos festejos juninos, Bárbara Sandes, Henrique Teles e Lucas Campelo estão ansiosos para acender logo a fogueira da festa, afoitos para celebrar as próprias raízes.

"Quando nos encontramos com o desejo de, simplesmente, cantar o forró, descobrimos que há uma parte de nós enraizada nesse mundo, dessa música nascida e espalhada a partir do Nordeste brasileiro, mas capaz de tocar a alma de qualquer pessoa do planeta. Depois da estreia e de várias apresentações cheias de encantamento e alegria, o repertório cresceu, novos momentos dentro show foram criados e a nossa essência sergipana, nordestina, brasileira está cada vez mais evidente".
Forró em estado de graça – A serenata brejeira do trio Crav&Roza devolve uma espécie de pureza fundamental ao cancioneiro nordestino. Se na forma o forró é evocado o tempo inteiro, é na feição, contudo, que o projeto investe com mais felicidade. Leituras íntimas, ancoradas no arfar delicado do acordeon, privilegiam sutilezas melódicas e acentuam a natureza agreste do repertório. As reações variam: Há quem cante junto, quem balance o corpo, mais animado, e há também quem desfrute tudo de olhos fechados.
A fina flor da tradição regional. De Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Flávio José, Elba Ramalho e Trio Nordestino, a João Silva, Pinto do Acordeon, Acioly Neto e Petrúcio Amorim. Mais do que a reverência pura e simples, entretanto, importa ao projeto reanimar a beleza latente em alguns dos versos mais inspirados que pontuam a música brasileira. Nem que seja por força da heresia.
Segundo Henrique Teles, as aproximações realizadas entre o nordeste brasileiro e o resto do mundo se dão de maneira muito natural no repertório da Crav&Roza, a partir de nossa própria herança musical. Assim é que uma típica chanson francesa, por exemplo, pode suceder um xote. Do mesmo modo, os arranjos podem revelar acentos musicais essencialmente estranhos a esta seara. Basta que a pesquisa colabore com a sensibilidade evocada pelo projeto. A emoção é a única norma. 
Nenhum artifício, nenhuma firula, nenhum excesso. Voz e sanfona, simplesmente. Sempre a serviço da melodia.
‘Abrindo as portas’, no Café da Gente (Museu da Gente Sergipana):01 de junho, sexta-feira, 20 horas.

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