Quinta, 09 De Janeiro De 2025
       
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A devoção ao Coração de Jesus


Publicado em 17 de junho de 2020
Por Jornal Do Dia


 

* Raymundo Mello
(publicação de Raymundinho Mello, seu filho)
Amigos leitores: escrevi este artigo para 
a edição n.° 4.465 (12/06/2018) do 
nosso ‘Jornal do Dia’. Como sexta-feira próxima, 19/06, a Igreja Católica celebrará, neste ano, a solenidade do ‘Sagrado Coração de Jesus’, achei por bem trazer-lhes o texto de volta. Como diz o ótimo locutor esportivo ‘Antônio Barbosa’, "quem tem, confere, quem não tem, fica sabendo". Boa leitura pra todos!
Desde 1.º de janeiro de 2017, a convite do reverendíssimo ‘Padre Alfredo Boldori, SDB’ – pároco de então -, escrevo a coluna catequética do semanário dominical litúrgico-catequético da ‘Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora'(Salesianos), em Aracaju, utilizado em todas as Missas celebradas no sábado à noite e no domingo.
Pois bem! Nestetempo de ‘apostolado’ (assim considero), alguns leitores me perguntam por que não publico os textos também aqui no ‘Jornal do Dia’ e eu sempre lhes respondo que cada publicação tem as suas características próprias – lá, um texto de natureza catequética, direcionado a um público específico, os cristãos-católicos que participam das celebrações litúrgicas naquela comunidade; aqui, textos de natureza cultural, buscando dar continuidade ao trabalho de meu pai, que tanto gostava de escrever suas memórias e, a partir delas, fazer pequenas análises comparativas com o contexto social contemporâneo.
Mas, certo dia, um leitor que raramente, segundo suas próprias palavras, comparece à Igreja – "creio em Deus, mas não sou uma pessoa religiosa", falou-me ele – convenceu-me a, vez por outra, trazer alguns desses humildes textos para compartilhar aqui com o público leitor deste artigo semanal das terças-feiras,bem diversificado em relação a questões de fé.
Disse-me ele: "Raymundinho, fui a uma Missa de 7.º dia no Salesiano e ao ler o seu texto muito me emocionei. Lembrei-me de minha avó, minha mãe e minhas tias, que praticavam a devoção à qual você se referiu. Aprendi muito com suas palavras e compreendi muita coisa que antes não entendia na devoção delas. Sugiro-lhe que publique este texto daqui da Igreja no jornal, para que outras pessoas possam ler também".
Agradeci as palavras e fiquei refletindo sobre o assunto. E resolvi atender o que me têm pedido. Não, óbvio, com frequência semanal, pois não quero que este artigo daqui perca suas características primeiras. Mas, de vez em quando, trarei alguns desses textos e vou observando a reação do nosso fiel público leitor.
Assim, a pedido do amigo de longas datas, transcrevo esta semana o texto que publiquei no folheto paroquial no domingo10/06/2018,intitulado "Dom Bosco e a devoção ao Sagrado Coração de Jesus".Que os caros leitores possam apreciar o tema, para conhecimento ou aprimoramento espiritual, conforme melhor lhes aprouver.
Segue o artigo, com algumas raras adaptações:
A festa litúrgica do ‘Sagrado Coração de Jesus’ é uma festa móvel, celebrada todos os anos na segunda sexta-feira após a solenidade de Corpus Christi. Também estamos acostumados a celebrar, na primeira sexta-feira de cada mês, a Missa Votiva do Sagrado Coração de Jesus, em praticamente todas as paróquias. Neste dia, mais especificamente, é comum vermos alguns fiéis vestirem branco e usarem uma fita vermelha sobre os ombros – são os membros do ‘Apostolado da Oração’, um movimento eclesial centenário, cujo principal carisma é vivenciar e promover a devoção ao Sagrado Coração de Jesus. É um movimento sempre muito presente na Igreja e seus integrantes desenvolvem um belo trabalho devocional ao Coração do Filho de Deus.
Não raro, encontramos senhoras, senhores, jovens portando a fita que representa o movimento. Mas, bem mais importante é o amor ao Santíssimo Sacramento que essas pessoas vivenciam, manifestado, principalmente, nas horas de adoração a Jesus Eucarístico e na frequência aos Sacramentos da Confissão e da Comunhão.
‘Dom Bosco’ – o Santo fundador dos Salesianos – tinha uma grande devoção ao Sagrado Coração de Jesus e a transmitiu aos membros de sua congregação, aos meninos que com tanto zelo cuidava no Oratório, aos seus admiradores e, hoje, devotos, e à Família Salesiana como um todo.
Assim se expressava Dom Bosco sobre sua devoção ao Sagrado Coração de Jesus: "Aqui adquire-se o verdadeiro calor, quero dizer, o amor de Deus, não só para si, mas para difundi-lo, compartilhando-o com as almas". Tal devoção se manifestava de forma mais contundente na sua insistência sobre a importância de confessar-se e comungar regularmente e sobre a participação na Missa cotidiana.
O Padre Barberis, Salesiano, escreveu: "Era admirável a devoção de Dom Bosco ao Sagrado Coração de Jesus e ele a recomendava muito aos seus jovens". Domingos Sávio, o exemplar aluno de Dom Bosco, bem soube assimilar essa devoção. Sobre ele, o próprio Dom Bosco disse: "Sua oração predileta era a coroa ao Sagrado Coração de Jesus para reparar as injúrias que recebe dos hereges, infiéis e maus cristãos".
Num de seus escritos, em 1875, assim se expressou Dom Bosco: "Amanhã, meus caros filhos, a Igreja celebra a festa do Sagrado Coração de Jesus. Esta festa não é outra coisa que honrar com especial recordação o amor que Jesus dedicou aos homens. Oh! O amor grandioso, infinito, que Jesus dedicou a nós com a sua encarnação e nascimento, na sua vida e pregação, e, particularmente, na sua paixão e morte. Tenhamos coragem! Que cada um faça o melhor que puder para corresponder ao enorme amor de Jesus dedicado a nós".
Dom Bosco tanto amou o Sagrado Coração de Jesus que quis que os Noviciados (as comunidades onde começa a formação para a vida religiosa salesiana) fossem a Ele consagrados. Sempre seriam Noviciados do Sagrado Coração de Jesus, comunidades onde se aprenderia a amar com o ardor e o amor do Coração de Jesus.
Mas é imprescindível registrar que a devoção de Dom Bosco o levou a aceitar o desafio de construir uma igreja dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Conta-nos a história que, um dia, o Papa Leão XIII, em conversa com os cardeais expressou seu desejo de construir o templo, porém, observava as dificuldades financeiras para isso, no que o Cardeal Alimonda, de Turim, disse: "Santo Padre, confie essa obra a Dom Bosco e eu asseguro que ele levará avante esse projeto". O Papa fez o pedido a Dom Bosco que, em meio a grandes dificuldades e já com a saúde abalada, assumiu o desafio e conseguiu que a igreja fosse consagrada no dia 14 de junho de 1887, meses antes de sua morte (31/01/1988).
O 1.º Sucessor de Dom Bosco, o Bem-aventurado Padre Miguel Rua, consagrou a Congregação Salesiana ao Sagrado Coração de Jesus em 31 de dezembro de 1899 e, nessa ocasião, fez chegar a todas as casas salesianas uma "instrução" sobre essa devoção.
Aprendamos com Dom Bosco: "Que cada um faça o melhor que puder para corresponder ao enorme amor de Jesus dedicado a nós".
* Raymundo Mello é Memorialista
raymundopmello@yahoo.com.br

* Raymundo Mello

(publicação de Raymundinho Mello, seu filho)

Amigos leitores: escrevi este artigo para  a edição n.° 4.465 (12/06/2018) do  nosso ‘Jornal do Dia’. Como sexta-feira próxima, 19/06, a Igreja Católica celebrará, neste ano, a solenidade do ‘Sagrado Coração de Jesus’, achei por bem trazer-lhes o texto de volta. Como diz o ótimo locutor esportivo ‘Antônio Barbosa’, "quem tem, confere, quem não tem, fica sabendo". Boa leitura pra todos!
Desde 1.º de janeiro de 2017, a convite do reverendíssimo ‘Padre Alfredo Boldori, SDB’ – pároco de então -, escrevo a coluna catequética do semanário dominical litúrgico-catequético da ‘Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora'(Salesianos), em Aracaju, utilizado em todas as Missas celebradas no sábado à noite e no domingo.
Pois bem! Nestetempo de ‘apostolado’ (assim considero), alguns leitores me perguntam por que não publico os textos também aqui no ‘Jornal do Dia’ e eu sempre lhes respondo que cada publicação tem as suas características próprias – lá, um texto de natureza catequética, direcionado a um público específico, os cristãos-católicos que participam das celebrações litúrgicas naquela comunidade; aqui, textos de natureza cultural, buscando dar continuidade ao trabalho de meu pai, que tanto gostava de escrever suas memórias e, a partir delas, fazer pequenas análises comparativas com o contexto social contemporâneo.
Mas, certo dia, um leitor que raramente, segundo suas próprias palavras, comparece à Igreja – "creio em Deus, mas não sou uma pessoa religiosa", falou-me ele – convenceu-me a, vez por outra, trazer alguns desses humildes textos para compartilhar aqui com o público leitor deste artigo semanal das terças-feiras,bem diversificado em relação a questões de fé.
Disse-me ele: "Raymundinho, fui a uma Missa de 7.º dia no Salesiano e ao ler o seu texto muito me emocionei. Lembrei-me de minha avó, minha mãe e minhas tias, que praticavam a devoção à qual você se referiu. Aprendi muito com suas palavras e compreendi muita coisa que antes não entendia na devoção delas. Sugiro-lhe que publique este texto daqui da Igreja no jornal, para que outras pessoas possam ler também".
Agradeci as palavras e fiquei refletindo sobre o assunto. E resolvi atender o que me têm pedido. Não, óbvio, com frequência semanal, pois não quero que este artigo daqui perca suas características primeiras. Mas, de vez em quando, trarei alguns desses textos e vou observando a reação do nosso fiel público leitor.
Assim, a pedido do amigo de longas datas, transcrevo esta semana o texto que publiquei no folheto paroquial no domingo10/06/2018,intitulado "Dom Bosco e a devoção ao Sagrado Coração de Jesus".Que os caros leitores possam apreciar o tema, para conhecimento ou aprimoramento espiritual, conforme melhor lhes aprouver.
Segue o artigo, com algumas raras adaptações:
A festa litúrgica do ‘Sagrado Coração de Jesus’ é uma festa móvel, celebrada todos os anos na segunda sexta-feira após a solenidade de Corpus Christi. Também estamos acostumados a celebrar, na primeira sexta-feira de cada mês, a Missa Votiva do Sagrado Coração de Jesus, em praticamente todas as paróquias. Neste dia, mais especificamente, é comum vermos alguns fiéis vestirem branco e usarem uma fita vermelha sobre os ombros – são os membros do ‘Apostolado da Oração’, um movimento eclesial centenário, cujo principal carisma é vivenciar e promover a devoção ao Sagrado Coração de Jesus. É um movimento sempre muito presente na Igreja e seus integrantes desenvolvem um belo trabalho devocional ao Coração do Filho de Deus.
Não raro, encontramos senhoras, senhores, jovens portando a fita que representa o movimento. Mas, bem mais importante é o amor ao Santíssimo Sacramento que essas pessoas vivenciam, manifestado, principalmente, nas horas de adoração a Jesus Eucarístico e na frequência aos Sacramentos da Confissão e da Comunhão.
‘Dom Bosco’ – o Santo fundador dos Salesianos – tinha uma grande devoção ao Sagrado Coração de Jesus e a transmitiu aos membros de sua congregação, aos meninos que com tanto zelo cuidava no Oratório, aos seus admiradores e, hoje, devotos, e à Família Salesiana como um todo.
Assim se expressava Dom Bosco sobre sua devoção ao Sagrado Coração de Jesus: "Aqui adquire-se o verdadeiro calor, quero dizer, o amor de Deus, não só para si, mas para difundi-lo, compartilhando-o com as almas". Tal devoção se manifestava de forma mais contundente na sua insistência sobre a importância de confessar-se e comungar regularmente e sobre a participação na Missa cotidiana.
O Padre Barberis, Salesiano, escreveu: "Era admirável a devoção de Dom Bosco ao Sagrado Coração de Jesus e ele a recomendava muito aos seus jovens". Domingos Sávio, o exemplar aluno de Dom Bosco, bem soube assimilar essa devoção. Sobre ele, o próprio Dom Bosco disse: "Sua oração predileta era a coroa ao Sagrado Coração de Jesus para reparar as injúrias que recebe dos hereges, infiéis e maus cristãos".
Num de seus escritos, em 1875, assim se expressou Dom Bosco: "Amanhã, meus caros filhos, a Igreja celebra a festa do Sagrado Coração de Jesus. Esta festa não é outra coisa que honrar com especial recordação o amor que Jesus dedicou aos homens. Oh! O amor grandioso, infinito, que Jesus dedicou a nós com a sua encarnação e nascimento, na sua vida e pregação, e, particularmente, na sua paixão e morte. Tenhamos coragem! Que cada um faça o melhor que puder para corresponder ao enorme amor de Jesus dedicado a nós".
Dom Bosco tanto amou o Sagrado Coração de Jesus que quis que os Noviciados (as comunidades onde começa a formação para a vida religiosa salesiana) fossem a Ele consagrados. Sempre seriam Noviciados do Sagrado Coração de Jesus, comunidades onde se aprenderia a amar com o ardor e o amor do Coração de Jesus.
Mas é imprescindível registrar que a devoção de Dom Bosco o levou a aceitar o desafio de construir uma igreja dedicada ao Sagrado Coração de Jesus. Conta-nos a história que, um dia, o Papa Leão XIII, em conversa com os cardeais expressou seu desejo de construir o templo, porém, observava as dificuldades financeiras para isso, no que o Cardeal Alimonda, de Turim, disse: "Santo Padre, confie essa obra a Dom Bosco e eu asseguro que ele levará avante esse projeto". O Papa fez o pedido a Dom Bosco que, em meio a grandes dificuldades e já com a saúde abalada, assumiu o desafio e conseguiu que a igreja fosse consagrada no dia 14 de junho de 1887, meses antes de sua morte (31/01/1988).
O 1.º Sucessor de Dom Bosco, o Bem-aventurado Padre Miguel Rua, consagrou a Congregação Salesiana ao Sagrado Coração de Jesus em 31 de dezembro de 1899 e, nessa ocasião, fez chegar a todas as casas salesianas uma "instrução" sobre essa devoção.
Aprendamos com Dom Bosco: "Que cada um faça o melhor que puder para corresponder ao enorme amor de Jesus dedicado a nós".

* Raymundo Mello é Memorialistaraymundopmello@yahoo.com.br

 

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