O secretário João Eloy durante reunião no Hospital de Propriá
Paciente é assassinado no hospital de Propriá
Publicado em 15 de junho de 2018
Por Jornal Do Dia
Menos de 24 horas de pois de ter escapado de uma tentativa de assassinato na praça da igreja matriz de Neópolis (Baixo São Francisco), o paciente Tayson Soares de Souza, 21 anos, foi morto a tiros ao final da noite desta quinta-feira, dentro de uma das enfermarias do Hospital Regional de Propriá. O ataque aconteceu por volta das 22h50 e foi praticado por dois homens armados que se fizeram passar por visitantes e pediram para visitar o rapaz, que se recuperava de uma cirurgia para retirar uma bala da perna.
Após entrar pelo portão principal, a dupla seguiu para uma das enfermarias e, ao encontrar o local onde Tayson estava internado, sacaram as armas, pediram para que os acompanhantes se afastassem e atiraram várias vezes contra o paciente, matando-o na hora. Os criminosos fugiram em seguida, de armas em punho e ameaçando quem tentasse impedir a fuga. A polícia foi chamada imediatamente ao local e começou a levantar as primeiras pistas. De acordo com o delegado regional João Eduardo Dantas, os atiradores usavam pistolas calibre 380.
Tayson estava internado desde a madrugada de quarta, quando foi baleado por outros dois homens armados que o seguiram na saída de uma festa junina em Neópolis. Na ocasião, a vítima foi até a moto que estava estacionada ao lado da igreja, quando foi atingido por tiros na perna, disparados por dois indivíduos que estavam, ele conseguiu correr e pedir ajuda a uma equipe da Polícia Militar que fazia rondas na região. Os militares perseguiram a dupla de atiradores até uma estrada na saída da cidade, onde aconteceu um tiroteio que deixou os dois suspeitos mortos. Ambos estavam armados com uma pistola e um revólver, em uma moto Honda CG vermelha.
A jornalistas, João Eduardo disse acreditar que a morte de Tayson no hospital e a tentativa de homicídio estejam relacionadas, mas a motivação ainda não está clara, principalmente pelo fato de os três envolvidos na tentativa não serem moradores de Neópolis. "Acreditamos que tenham relação estes fatos. Solicitaremos todas as provas levantadas e que tenham relação com esse fato em Neópolis para que possamos tentar esclarecer isso melhor. Embora sabemos que o Tayson residia em Aracaju. Precisamos saber a motivação, o porque ele estava lá em Neópolis", disse Eduardo, ao confirmar que o paciente morto já havia sido preso em 2016, na 9ª Delegacia Metropolitana (9ª DM), pelos crimes de receptação e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito.
Segurança – O secretário da Segurança Pública, João Eloy de Menezes, esteve reunido ontem com representantes do Hospital Regional de Propriá. O encontro, determinado pelo governador Belivaldo Chagas, teve o objetivo de definir ações e normas para evitar episódios como o assassinato de Tayson. João Eloy adiantou que haverá uma reunião na próxima semana com diretores de Hospitais Regionais e da Secretaria de Estado da Saúde a fim de discutir e definir um protocolo de ações de segurança nas unidades hospitalares do estado.
Segundo o secretário João Eloy, é preciso que haja um esforço administrativo para prover os hospitais e os usuários de mais segurança. "Isso passa por pequenos ajustes de protocolos simples de segurança, por um esforço de direcionar vigilantes armados para unidades mais necessitadas e por um suporte e atendimento mais estruturado da Polícia Civil e Polícia Militar, explicou. Também participarão do encontro o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marcony Cabral, a delegada-geral da Polícia Civil, Katarina Feitoza; e coordenadores das polícias responsáveis pelo trabalho no interior do estado.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde lamentou o crime e informou que nenhum funcionário ou outro paciente saiu ferido. " Ressaltamos a importância do Hospital e a missão humanitária dos profissionais que lá trabalham, para salvar vidas e trazer ao mundo bebês que lá nascem todos os dias. A Superintendente do Hospital informou que a polícia foi imediatamente acionada e permaneceu no hospital até o recolhimento do corpo. A SES se solidariza com os colaboradores, pacientes e acompanhantes, ao mesmo tempo que buscará junto à Secretaria da Segurança Pública (SSP) medidas para conter situações adversas como esta", afirma o órgão.