Emendas de Iran ampliam a abrangência da reserva de cotas em concursos de Aracaju
Publicado em 17 de junho de 2018
Por Jornal Do Dia
Duas emendas do vereador Iran Barbosa (PT) ao Projeto de Lei Nº 135/2018, de autoria do Poder Executivo, que dispõe sobre a reserva de cotas para afrodescendentes em concursos foram aprovadas na Câmara de Vereadores, na votação do Projeto, em segunda discussão. O projeto passará, ainda, por mais duas votações e, sendo aprovado, seguirá para sanção do prefeito Edvaldo Nogueira.
O parlamentar apresentou três emendas ao Projeto, sendo que uma foi rejeitada. As emendas propostas por Iran e aprovadas no dia de hoje garantem que a reserva estabelecida no Projeto de Lei seja aplicada, também, nas contratações feitas por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, mediante processo seletivo simplificado.
"Com a aprovação dessas emendas, a reserva de vagas para candidatos afrodescendentes, além de valer para concursos publicos, como propõe o Poder Executivo, passa a valer, também, para as seleções simplificadas para preenchimento de cargos temporários na Administração Pública Municipal de Aracaju. Como estava, não alcançaria este tipo de seleção", detalhou o petista.
O vereador Iran Barbosa apresentou outra emenda ao Projeto de Lei Nº 135/2018, a Emenda Modificativa Nº 3/2018, que alterava o projeto, ampliando de 10% para 20% a reserva de vagas oferecidas para candidatos afrodescendentes nos concursos públicos no âmbito da Administração Pública Municipal Direta, das Autarquias, das Fundações Públicas e das Empresas Públicas controladas pelo Município de Aracaju.
"A proposta do Executivo é muito boa, atende a uma luta histórica dos movimento negro e de muitos parlamentares desta Casa, na atual legislatura e outros que por aqui passaram e até tentaram aprovar projeto de igual natureza, mas não lograram êxito. Entretanto, no meu entendimento, garantir apenas dez por cento das vagas para afrodescendentes não reflete o tamanho da dívida histórica que a sociedade brasileira tem com essa população, que durante muito tempo foi explorada, excluída e marginalizada. Ampliar para vinte por cento já seria um avanço, mas, ainda assim, um modesto avanço diante de tamanha dívida que ainda temos com o povo negro. Infelizmente, não foi esse o entendimento dos meus pares aqui na Casa", externou Iran Barbosa.