Domingo, 19 De Janeiro De 2025
       
**PUBLICIDADE
Publicidade

Pra onde o Brasil teria ido?


Publicado em 28 de agosto de 2018
Por Jornal Do Dia


 

* Raymundo Mello
(publicação de Raymundinho Mello, seu filho)
 
Dia desses fui comprar um ‘pãozinho-
da-hora’ pra tomar meu café e en-
contrei ‘José Joliel de Aragão’, um dos ‘muitos amigos’ que herdei do meu pai. Bem poderia chamá-lo "Jovial" – o conheço desde criança e ele mantém a mesma feição, disposição e boa conversa da época.
Colegas no antigo ‘Banco Prado Vasconcelos’, nos anos 60, tem sempre uma boa história pra contar, lembrando os bons colegas de trabalho, os clientes mais assíduos e o ótimo ambiente no banco. Refere-se a meu pai como ‘Mello’ e emociona-se ao falar do amigo que ‘se foi’.
Marcamos um bate-papo – irá contar-me algumas lembranças sobre meu pai no seu tempo de bancário. Eu era criança ainda, lembro-me de poucas coisas do período, mas desejo inclui-las no seu livro de memórias, já "no prelo".
A cada história, novos testemunhos da dignidade, competência profissional e fantástica capacidade de fazer amigos, características de meu pai.
Hoje, trago para os caros leitores uma das memórias do seu ‘tempo de banco’, publicada aqui no ‘Jornal do Dia’, edição de 19/05/2015, sob o título "Até que Jânio assumiu", dedicando-a ao amigo Joliel.
Fala, Raymundo Mello:
"À época em que as repartições públicas federais tinham expediente único (12 às 18 horas – 2.ª a 6.ª feira e 8 às 12 horas, aos sábados), o tempo livre matinal (2.ª a 6.ª), aqueles funcionários que queriam, prestavam serviços a empresas particulares – bancos, inclusive. Era bom para as empresas que contratavam pessoas com experiência, a menor custo, e, por outro lado, entrava um dinheirinho a mais no bolso dos contratados.
Eu mesmo, a convite de Ewerton Monteiro Dórea, prestei serviços ao ‘Banco Prado Vasconcelos Junior’ (rua São Cristóvão n.º 70) e, após sua incorporação pelo então poderoso ‘Banco da Província do Rio Grande do Sul’, ainda trabalhei por cerca de dois anos. O ambiente era bom, um grupo de colegas da melhor qualidade. Lembro-me de Ewerton, Demósthenes, Gama, Paulo, Geraldo, Joliel, Charuto (famoso goleador do ‘Cotinguiba Esporte Clube’, homenageado com estátua na sede do clube), duas jovens – Mary Garcez e a outra não lembro o nome no momento -, e, à frente dessa equipe e outros colegas, o contador, senhor Odilon, sempre trajando branco, gravata sóbria e sapatos pretos bem lustrosos, fisionomia sempre séria (para dar o exemplo aos demais), mas com um coração de ouro; com muito jeito, quebrava o galho de clientes e dos funcionários junto à direção do banco – enquanto ‘Banco Prado Vasconcelos’, os diretores, Ayrton Vasconcelos e Gileno Lima, e, já ‘Banco da Província’, o gerente, Jarbas Machado.
Com esses trabalhei e vou citar algumas lembranças das muitas que guardo na mente, inclusive de um comerciante muito conhecido, que, quando precisava de dinheiro emprestado, recorria ao banco, sempre de carro novo, ‘zero km’, das mais famosas marcas. Certa vez, o nosso colega Demósthenes, amigo do comerciante, perguntou-lhe: "Fulano, você vem tomar dinheiro emprestado sem precisar? Quem precisa de empréstimo, tem um carrão novo, de alto luxo, como esse que você acabou de estacionar bem aqui na porta do banco?". E o cliente, sorrindo, lhe respondeu: "Dema, se eu chegar aqui caminhando, de bicicleta ou carro velho ‘batendo biela’, você acha que vou impressionar o gerente? O carrão novo é minha técnica. O gerente vê o carrão, acredita que eu estou endinheirado e aceita até eu mesmo como avalista; e libera minha solicitação". Continuamos rindo; ele entrou na gerência e saiu de lá com a ‘promissória’ na mão, no valor que desejava.
Um adendo para o que vou relatar a seguir, de memória. O doutor Gileno Lima, em determinada época, foi nomeado Prefeito de Aracaju. Aceitou e assumiu o cargo. Pouco tempo depois, viu que não se adaptava à maneira vigente para administrar setor tão importante, e, de consciência tranquila, renunciou à tão importante missão.
Ora, à época, a televisão exibia uma novela chamada ‘Redenção’ e, por motivos do enredo da novela, o prefeito da cidade de Redenção renunciou ao cargo. O enredo, como sempre, foi-lá-veio-cá, e o prefeito resolveu reassumir as suas funções. Dito e feito. Foi programado o retorno do prefeito à direção do município de Redenção. Na manhã seguinte, no expediente interno, comentávamos o assunto quando o doutor Gileno entrava no banco para desenvolver suas atividades. Naquele momento, Demósthenes, sempre Demósthenes, com sua voz firme, disse: "Vocês vão ver, o prefeito vai reassumir a prefeitura". Aí, doutor Gileno, bem sério, parou na sala e disse: "De maneira nenhuma, quem estiver divulgando isso, está mentindo. Não vou reassumir de jeito nenhum". Então, Demósthenes, com seu jeitão, lhe explicou: "Não é o senhor, não, doutor Gileno; é o prefeito de Redenção". E doutor Gileno, mais tranquilo: "Ah!, pensei que era comigo que estavam espalhando esse boato. Reassumir? Nem que fosse eleito pelo povo eu aceitaria, imaginem por nomeação, como tive que enfrentar, enquanto aguentei".
No mesmo prédio, já sob a égide do ‘Banco da Província’, gerente jovem, mineiro de Jacutinga, nova dinâmica bancária – era fazer negócio, levantar o nível dos depósitos e ativar a carteira de empréstimos. E isso foi feito. Jarbas, com sua ‘mineirice’, passou a liberar empréstimos. E logo nos primeiros dias de sua gestão, a notícia do ‘empréstimo fácil’ se espalhou, e, especialmente pecuaristas, caminharam pro banco, cada um com sua proposta, analisada e acatada pelo gerente. Abriam a conta, alguns com depósito até elevado, e davam entrada nos pedidos de empréstimos, de pronto liberados pelo gerente. Final de expediente, ele conversa com a equipe de trabalho e faz um desabafo: "Estou preocupado, pois todos esses ditos ‘pecuaristas’ só têm um nome para apresentar como avalista, um senhor Oviedo Teixeira, que tenho acatado sem saber quem é, mas já me preocupa". No dia seguinte, promovemos um encontro entre Jarbas e seu Oviedo. Meia hora depois, às gargalhadas, já pareciam velhos amigos. E foram, enquanto Jarbas esteve por aqui.
Eu, pessoalmente, tive meu dia de preocupação. Jarbas conversou rapidamente com o senhor Gentil Barbosa, comerciante que se entrosava no ramo de supermercados, e, na manhã seguinte, me diz: "Mello, por favor, vá ali na sede da firma ‘GBarbosa’, leve formulários para cadastro, da empresa e do senhor Gentil pessoalmente; deixe lá pra ele pedir a seu contador que os preencha. Leve também cartões de autógrafos (para a firma e para ele pessoalmente) e umas seis ou mais promissórias e ‘feche negócio’ com ele, que quero liberar hoje". Fui, cumpri o que ele me havia determinado, e passei as promissórias para serem assinadas e os valores pretendidos, à disposição da empresa. E o senhor Gentil me devolveu duas promissórias assinadas, com carimbo da empresa e sua assinatura pessoal como avalista. E perguntou-me: "Libera quando?". Eu, como representante do gerente, respondi-lhe: "Ainda hoje". Quando olhei as promissórias, tremi. Cada uma delas no valor de 25 mil cruzeiros, uma para 90 e outra para 120 dias. Voltei pro banco com as mãos trêmulas. Eu havia me comprometido a liberar, no mesmo dia, 50.000 cruzeiros para a empresa. Muito dinheiro! Passei tudo para o gerente, de mãos frias. O que é que ele iria dizer, com empréstimo tão elevado para a época? – pensava comigo. E Jarbas, com seu sorriso de ‘mineiro que tem banco como devoção’, me disse: "Ô, Mello, ele só quis isso? Eu esperava pelo menos o dobro. Vai pra conta daqui a pouco". Só então eu entendi que estava trabalhando para uma grande organização, um grande banco!
Fiquei entusiasmado! Mas, aí, ponto final na história. Jânio Quadros assumiu o governo, e, simplesmente, por um dos seus famosos ‘bilhetinhos’, mandou que repartição pública, em todas as áreas, tinha que funcionar em dois expedientes. Liberação imediata da demissão de todos os servidores que não aceitassem o novo regime de trabalho.
Não pensei duas vezes. Optei, graças a Deus, por permanecer no serviço público, que o famoso ‘homem da vassoura’ só suportou por apenas sete meses. Mas guardo boas lembranças de meus tempos de banco, principalmente dos colegas de trabalho. Naquela época, éramos bancários, podíamos dialogar com os clientes, ouvi-los, cooperar para resolver suas pretensões. Hoje, nos bancos, nós, clientes, somos apenas ‘números’ e ‘senhas’. Os bancários de agora, para nos atender, dependem do "sistema"; é a máquina que fala com os clientes e decide o que é ou não possível".
* * *
E.T. – Jânio Quadros foi o 22.º Presidente do Brasil, de 31/01/1961 a 25/08 do mesmo ano. Renunciou dias antes de completar 7 meses na função. Pouco se falou sobre o assunto no sábado passado, ’57 anos depois’. Sobre o seu mandato, mais marcado por polêmicas do que por realizações, meu pai escreveu, noutro texto: "Felizmente o ‘homem da vassoura’ (Jânio) só aguentou 7 meses na Presidência. Se fica mais tempo, sabe Deus para onde o Brasil teria ido".
* Raymundo Mello é Memorialista
raymundopmello@yahoo.com.br

* Raymundo Mello

(publicação de Raymundinho Mello, seu filho)

Dia desses fui comprar um ‘pãozinho- da-hora’ pra tomar meu café e en- contrei ‘José Joliel de Aragão’, um dos ‘muitos amigos’ que herdei do meu pai. Bem poderia chamá-lo "Jovial" – o conheço desde criança e ele mantém a mesma feição, disposição e boa conversa da época.Colegas no antigo ‘Banco Prado Vasconcelos’, nos anos 60, tem sempre uma boa história pra contar, lembrando os bons colegas de trabalho, os clientes mais assíduos e o ótimo ambiente no banco. Refere-se a meu pai como ‘Mello’ e emociona-se ao falar do amigo que ‘se foi’.
Marcamos um bate-papo – irá contar-me algumas lembranças sobre meu pai no seu tempo de bancário. Eu era criança ainda, lembro-me de poucas coisas do período, mas desejo inclui-las no seu livro de memórias, já "no prelo".
A cada história, novos testemunhos da dignidade, competência profissional e fantástica capacidade de fazer amigos, características de meu pai.
Hoje, trago para os caros leitores uma das memórias do seu ‘tempo de banco’, publicada aqui no ‘Jornal do Dia’, edição de 19/05/2015, sob o título "Até que Jânio assumiu", dedicando-a ao amigo Joliel.
Fala, Raymundo Mello:
"À época em que as repartições públicas federais tinham expediente único (12 às 18 horas – 2.ª a 6.ª feira e 8 às 12 horas, aos sábados), o tempo livre matinal (2.ª a 6.ª), aqueles funcionários que queriam, prestavam serviços a empresas particulares – bancos, inclusive. Era bom para as empresas que contratavam pessoas com experiência, a menor custo, e, por outro lado, entrava um dinheirinho a mais no bolso dos contratados.
Eu mesmo, a convite de Ewerton Monteiro Dórea, prestei serviços ao ‘Banco Prado Vasconcelos Junior’ (rua São Cristóvão n.º 70) e, após sua incorporação pelo então poderoso ‘Banco da Província do Rio Grande do Sul’, ainda trabalhei por cerca de dois anos. O ambiente era bom, um grupo de colegas da melhor qualidade. Lembro-me de Ewerton, Demósthenes, Gama, Paulo, Geraldo, Joliel, Charuto (famoso goleador do ‘Cotinguiba Esporte Clube’, homenageado com estátua na sede do clube), duas jovens – Mary Garcez e a outra não lembro o nome no momento -, e, à frente dessa equipe e outros colegas, o contador, senhor Odilon, sempre trajando branco, gravata sóbria e sapatos pretos bem lustrosos, fisionomia sempre séria (para dar o exemplo aos demais), mas com um coração de ouro; com muito jeito, quebrava o galho de clientes e dos funcionários junto à direção do banco – enquanto ‘Banco Prado Vasconcelos’, os diretores, Ayrton Vasconcelos e Gileno Lima, e, já ‘Banco da Província’, o gerente, Jarbas Machado.
Com esses trabalhei e vou citar algumas lembranças das muitas que guardo na mente, inclusive de um comerciante muito conhecido, que, quando precisava de dinheiro emprestado, recorria ao banco, sempre de carro novo, ‘zero km’, das mais famosas marcas. Certa vez, o nosso colega Demósthenes, amigo do comerciante, perguntou-lhe: "Fulano, você vem tomar dinheiro emprestado sem precisar? Quem precisa de empréstimo, tem um carrão novo, de alto luxo, como esse que você acabou de estacionar bem aqui na porta do banco?". E o cliente, sorrindo, lhe respondeu: "Dema, se eu chegar aqui caminhando, de bicicleta ou carro velho ‘batendo biela’, você acha que vou impressionar o gerente? O carrão novo é minha técnica. O gerente vê o carrão, acredita que eu estou endinheirado e aceita até eu mesmo como avalista; e libera minha solicitação". Continuamos rindo; ele entrou na gerência e saiu de lá com a ‘promissória’ na mão, no valor que desejava.
Um adendo para o que vou relatar a seguir, de memória. O doutor Gileno Lima, em determinada época, foi nomeado Prefeito de Aracaju. Aceitou e assumiu o cargo. Pouco tempo depois, viu que não se adaptava à maneira vigente para administrar setor tão importante, e, de consciência tranquila, renunciou à tão importante missão.
Ora, à época, a televisão exibia uma novela chamada ‘Redenção’ e, por motivos do enredo da novela, o prefeito da cidade de Redenção renunciou ao cargo. O enredo, como sempre, foi-lá-veio-cá, e o prefeito resolveu reassumir as suas funções. Dito e feito. Foi programado o retorno do prefeito à direção do município de Redenção. Na manhã seguinte, no expediente interno, comentávamos o assunto quando o doutor Gileno entrava no banco para desenvolver suas atividades. Naquele momento, Demósthenes, sempre Demósthenes, com sua voz firme, disse: "Vocês vão ver, o prefeito vai reassumir a prefeitura". Aí, doutor Gileno, bem sério, parou na sala e disse: "De maneira nenhuma, quem estiver divulgando isso, está mentindo. Não vou reassumir de jeito nenhum". Então, Demósthenes, com seu jeitão, lhe explicou: "Não é o senhor, não, doutor Gileno; é o prefeito de Redenção". E doutor Gileno, mais tranquilo: "Ah!, pensei que era comigo que estavam espalhando esse boato. Reassumir? Nem que fosse eleito pelo povo eu aceitaria, imaginem por nomeação, como tive que enfrentar, enquanto aguentei".
No mesmo prédio, já sob a égide do ‘Banco da Província’, gerente jovem, mineiro de Jacutinga, nova dinâmica bancária – era fazer negócio, levantar o nível dos depósitos e ativar a carteira de empréstimos. E isso foi feito. Jarbas, com sua ‘mineirice’, passou a liberar empréstimos. E logo nos primeiros dias de sua gestão, a notícia do ‘empréstimo fácil’ se espalhou, e, especialmente pecuaristas, caminharam pro banco, cada um com sua proposta, analisada e acatada pelo gerente. Abriam a conta, alguns com depósito até elevado, e davam entrada nos pedidos de empréstimos, de pronto liberados pelo gerente. Final de expediente, ele conversa com a equipe de trabalho e faz um desabafo: "Estou preocupado, pois todos esses ditos ‘pecuaristas’ só têm um nome para apresentar como avalista, um senhor Oviedo Teixeira, que tenho acatado sem saber quem é, mas já me preocupa". No dia seguinte, promovemos um encontro entre Jarbas e seu Oviedo. Meia hora depois, às gargalhadas, já pareciam velhos amigos. E foram, enquanto Jarbas esteve por aqui.
Eu, pessoalmente, tive meu dia de preocupação. Jarbas conversou rapidamente com o senhor Gentil Barbosa, comerciante que se entrosava no ramo de supermercados, e, na manhã seguinte, me diz: "Mello, por favor, vá ali na sede da firma ‘GBarbosa’, leve formulários para cadastro, da empresa e do senhor Gentil pessoalmente; deixe lá pra ele pedir a seu contador que os preencha. Leve também cartões de autógrafos (para a firma e para ele pessoalmente) e umas seis ou mais promissórias e ‘feche negócio’ com ele, que quero liberar hoje". Fui, cumpri o que ele me havia determinado, e passei as promissórias para serem assinadas e os valores pretendidos, à disposição da empresa. E o senhor Gentil me devolveu duas promissórias assinadas, com carimbo da empresa e sua assinatura pessoal como avalista. E perguntou-me: "Libera quando?". Eu, como representante do gerente, respondi-lhe: "Ainda hoje". Quando olhei as promissórias, tremi. Cada uma delas no valor de 25 mil cruzeiros, uma para 90 e outra para 120 dias. Voltei pro banco com as mãos trêmulas. Eu havia me comprometido a liberar, no mesmo dia, 50.000 cruzeiros para a empresa. Muito dinheiro! Passei tudo para o gerente, de mãos frias. O que é que ele iria dizer, com empréstimo tão elevado para a época? – pensava comigo. E Jarbas, com seu sorriso de ‘mineiro que tem banco como devoção’, me disse: "Ô, Mello, ele só quis isso? Eu esperava pelo menos o dobro. Vai pra conta daqui a pouco". Só então eu entendi que estava trabalhando para uma grande organização, um grande banco!
Fiquei entusiasmado! Mas, aí, ponto final na história. Jânio Quadros assumiu o governo, e, simplesmente, por um dos seus famosos ‘bilhetinhos’, mandou que repartição pública, em todas as áreas, tinha que funcionar em dois expedientes. Liberação imediata da demissão de todos os servidores que não aceitassem o novo regime de trabalho.
Não pensei duas vezes. Optei, graças a Deus, por permanecer no serviço público, que o famoso ‘homem da vassoura’ só suportou por apenas sete meses. Mas guardo boas lembranças de meus tempos de banco, principalmente dos colegas de trabalho. Naquela época, éramos bancários, podíamos dialogar com os clientes, ouvi-los, cooperar para resolver suas pretensões. Hoje, nos bancos, nós, clientes, somos apenas ‘números’ e ‘senhas’. Os bancários de agora, para nos atender, dependem do "sistema"; é a máquina que fala com os clientes e decide o que é ou não possível".
* * *
E.T. – Jânio Quadros foi o 22.º Presidente do Brasil, de 31/01/1961 a 25/08 do mesmo ano. Renunciou dias antes de completar 7 meses na função. Pouco se falou sobre o assunto no sábado passado, ’57 anos depois’. Sobre o seu mandato, mais marcado por polêmicas do que por realizações, meu pai escreveu, noutro texto: "Felizmente o ‘homem da vassoura’ (Jânio) só aguentou 7 meses na Presidência. Se fica mais tempo, sabe Deus para onde o Brasil teria ido".

* Raymundo Mello é Memorialistaraymundopmello@yahoo.com.br

 

**PUBLICIDADE



Capa do dia
Capa do dia



**PUBLICIDADE


**PUBLICIDADE
Publicidade