Quarta, 22 De Janeiro De 2025
       
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Navalha cega


Publicado em 28 de novembro de 2018
Por Jornal Do Dia


 

Depois de enfrentar toda sorte de 
chicanas e artifícios, a Operação 
Navalha, da Polícia Federal, teve desfecho melancólico. Ontem, o Tribunal Regional Federal da 5ª região, em Recife, absolveu todos os acusados no ‘Evento Sergipe’.
O périplo da Operação Navalha é exemplar de como o poder se converte, por vezes, em obstáculo ao funcionamento regular da Justiça. Lá se vão dez anos desde a primeira acusação formal. No vai e vem protelando o encaminhamento dos processos, no freio de mão acionado por tantos recursos, a acusação muitas vezes perde força. E acaba dando com os burros n’água.
A absolvição no TRF contrasta com o curso dos acontecimentos no primeiro escalão da República. Excessos à parte, a verdade é que a operação Lava Jato, também da Polícia Federal, feriu de morte a cultura da impunidade que resguardava políticos e poderosos de bolsos cheios eventualmente surpreendidos em malfeito.
Jamais se viu tamanha disposição dos agentes públicos encarregados de zelar pela Lei e a Ordem, a ponto de adquirirem um indesejável ar heróico, extrapolando muitas vezes as suas funções. Agora, o desfecho da Navalha joga um balde de água fria sobre o entusiasmo dos sergipanos. Aparentemente, a lâmina da Polícia Federal perdeu o fio nas capitanias daqui.
Sobre a decisão de ontem, ainda cabe recurso às instâncias superiores. De todo modo, por hora e para todos os efeitos práticos, a turma de João Alves Filho e Flávio Conceição, acredite quem puder, não deve mais nada a seu ninguém.

Depois de enfrentar toda sorte de  chicanas e artifícios, a Operação  Navalha, da Polícia Federal, teve desfecho melancólico. Ontem, o Tribunal Regional Federal da 5ª região, em Recife, absolveu todos os acusados no ‘Evento Sergipe’.
O périplo da Operação Navalha é exemplar de como o poder se converte, por vezes, em obstáculo ao funcionamento regular da Justiça. Lá se vão dez anos desde a primeira acusação formal. No vai e vem protelando o encaminhamento dos processos, no freio de mão acionado por tantos recursos, a acusação muitas vezes perde força. E acaba dando com os burros n’água.
A absolvição no TRF contrasta com o curso dos acontecimentos no primeiro escalão da República. Excessos à parte, a verdade é que a operação Lava Jato, também da Polícia Federal, feriu de morte a cultura da impunidade que resguardava políticos e poderosos de bolsos cheios eventualmente surpreendidos em malfeito.
Jamais se viu tamanha disposição dos agentes públicos encarregados de zelar pela Lei e a Ordem, a ponto de adquirirem um indesejável ar heróico, extrapolando muitas vezes as suas funções. Agora, o desfecho da Navalha joga um balde de água fria sobre o entusiasmo dos sergipanos. Aparentemente, a lâmina da Polícia Federal perdeu o fio nas capitanias daqui.
Sobre a decisão de ontem, ainda cabe recurso às instâncias superiores. De todo modo, por hora e para todos os efeitos práticos, a turma de João Alves Filho e Flávio Conceição, acredite quem puder, não deve mais nada a seu ninguém.

 

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