Segunda, 20 De Janeiro De 2025
       
**PUBLICIDADE


A doença de João Alves


Publicado em 09 de março de 2019
Por Jornal Do Dia


Luciano Correia e Carlos Cauê durante reunião com o prefeito Edvaldo Nogueira

 

Em uma longa – e rara – entrevista conce
dida ontem a Narcizo Machado, no jor-
nal da Fan, a senadora Maria do Carmo Alves (DEM) confirmou o que os advogados já estão apresentando nas inúmeras ações judiciais no âmbito da Operação Caça Fantasma, que apura a contratação de servidores fantasmas na Prefeitura de Aracaju: o seu marido, o ex-prefeito e ex-governador João Alves Filho "se encontra em um estágio muito avançado do Alzheimer". Mesmo assim, segundo ela, João já recebeu mais de 20 notificações da Justiça para comparecer a audiências judiciais. As notificações chegam ao apartamento da senadora em Brasília, onde os dois moram.
Apesar das convocações, o ex-prefeito João Alves foi retirado dos processos e aguarda o julgamento de um auto de incidente de insanidade mental, pedido pela defesa e que tramita em sigilo na 2ª Vara criminal. João, que também é ex-governador e ex-ministro do Interior, tem 77 anos, sofre do Mal de Alzheimer e pode ser declarado inimputável, isto é, sem condições de responder ao processo.
A senadora Maria do Carmo garante que o então prefeito João Alves assinava os papeis sem saber o que estava assinando, e que ela mesmo teria presenciado o prefeito fazer algumas coisas erradas por não saber o que estava assinando. "Vi ele fazer muita coisa errada, mas ele já não estava bem. A própria irmã dele e que era secretária de Governo, Marlene Calumby, levava documentos que ele assinava sem nem saber o que estava assinado", disse.
A senadora lamenta que a vida pública de João Alves "tenha terminado assim, de forma melancólica, sem o pagamento dos servidores e tantos processos". Ela insinua que a sua candidatura a prefeito em 2012 foi provocada por amigos, como José Carlos Machado, que se transformou em vice-prefeito, e principalmente por sua irmã, a então secretária, Marlene Calumby.  Maria reconhece que quando João assumiu a prefeitura já estava doente, "mas infelizmente só percebemos muito depois. Hoje o quadro da doença nele é extremamente avançado". 
A ‘Operação Caça Fantasma’ foi deflagrada pelo Ministério Público Estadual para investigar a nomeação de servidores fantasmas para cargos na Prefeitura de Aracaju, entre 2013 e 2016, durante o mandato de João Alves Filho. O processo está relacionado à nomeação de cinco servidores para o gabinete do então vice-prefeito José Carlos Machado. Um deles já faleceu, deixando o processo com seis réus, entre os quais estão o próprio Machado e Marlene Alves Calumby, ex-secretária de governo da PMA na gestão. Todos são acusados pelo crime de peculato.
A juíza Márcia Maria Luviseti, substituta da 2ª Vara Criminal, já ouviu o depoimento de testemunhas arroladas pela acusação, incluindo uma auditora do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que produziu um relatório de inspeção no Gabinete do Vice-Prefeito, durante os trabalhos da ‘Operação Antidesmonte’. Ela confirmou em depoimento que, ao comparecer na repartição, encontrou apenas sete servidores trabalhando no local, o que divergia da lista de 81 servidores comissionados ali lotados. A lista tem alguns detalhes que chamaram mais atenção dos promotores da ‘Caça-Fantasma’, a exemplo da nomeação de um senhor de 92 anos com mal de Alzheimer para trabalhar no gabinete.
O relatório é uma das provas conseguidas pelo MP para atestar as nomeações irregulares e o fato de que dos muitos servidores nomeados sequer compareciam ao serviço. "Nós temos provas nos autos de que, efetivamente, alguns dos servidores lá lotados não exerciam qualquer atividade e nem trabalhavam, porque sequer sabiam onde estavam lotados. Quando eram perguntados sobre qual era o seu trabalho, teve funcionário-fantasma que sequer sabia onde ficava a Prefeitura de Aracaju. É um conjunto probatório que, até o momento, a gente entende como válido e mantém nosso posicionamento", disse o promotor Jarbas Adelino Júnior, citando ainda outros documentos oficiais e depoimentos como provas das irregularidades. 
Os advogados de defesa contestam as acusações, mas o promotor Jarbas Adelino considerou natural a estratégia da defesa dos réus em desqualificar o relatório do TCE em todos os processos, mas disse que essas nulidades já foram alegadas e negadas em julgamentos na primeira e na segunda instância, cujos magistrados consideraram as provas como válidas. Ao todo, são 13 ações penais derivadas da ‘Caça-Fantasma’, com um total de 59 réus pelo crime de peculato. 

Em uma longa – e rara – entrevista conce dida ontem a Narcizo Machado, no jor- nal da Fan, a senadora Maria do Carmo Alves (DEM) confirmou o que os advogados já estão apresentando nas inúmeras ações judiciais no âmbito da Operação Caça Fantasma, que apura a contratação de servidores fantasmas na Prefeitura de Aracaju: o seu marido, o ex-prefeito e ex-governador João Alves Filho "se encontra em um estágio muito avançado do Alzheimer". Mesmo assim, segundo ela, João já recebeu mais de 20 notificações da Justiça para comparecer a audiências judiciais. As notificações chegam ao apartamento da senadora em Brasília, onde os dois moram.
Apesar das convocações, o ex-prefeito João Alves foi retirado dos processos e aguarda o julgamento de um auto de incidente de insanidade mental, pedido pela defesa e que tramita em sigilo na 2ª Vara criminal. João, que também é ex-governador e ex-ministro do Interior, tem 77 anos, sofre do Mal de Alzheimer e pode ser declarado inimputável, isto é, sem condições de responder ao processo.
A senadora Maria do Carmo garante que o então prefeito João Alves assinava os papeis sem saber o que estava assinando, e que ela mesmo teria presenciado o prefeito fazer algumas coisas erradas por não saber o que estava assinando. "Vi ele fazer muita coisa errada, mas ele já não estava bem. A própria irmã dele e que era secretária de Governo, Marlene Calumby, levava documentos que ele assinava sem nem saber o que estava assinado", disse.
A senadora lamenta que a vida pública de João Alves "tenha terminado assim, de forma melancólica, sem o pagamento dos servidores e tantos processos". Ela insinua que a sua candidatura a prefeito em 2012 foi provocada por amigos, como José Carlos Machado, que se transformou em vice-prefeito, e principalmente por sua irmã, a então secretária, Marlene Calumby.  Maria reconhece que quando João assumiu a prefeitura já estava doente, "mas infelizmente só percebemos muito depois. Hoje o quadro da doença nele é extremamente avançado". 
A ‘Operação Caça Fantasma’ foi deflagrada pelo Ministério Público Estadual para investigar a nomeação de servidores fantasmas para cargos na Prefeitura de Aracaju, entre 2013 e 2016, durante o mandato de João Alves Filho. O processo está relacionado à nomeação de cinco servidores para o gabinete do então vice-prefeito José Carlos Machado. Um deles já faleceu, deixando o processo com seis réus, entre os quais estão o próprio Machado e Marlene Alves Calumby, ex-secretária de governo da PMA na gestão. Todos são acusados pelo crime de peculato.
A juíza Márcia Maria Luviseti, substituta da 2ª Vara Criminal, já ouviu o depoimento de testemunhas arroladas pela acusação, incluindo uma auditora do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que produziu um relatório de inspeção no Gabinete do Vice-Prefeito, durante os trabalhos da ‘Operação Antidesmonte’. Ela confirmou em depoimento que, ao comparecer na repartição, encontrou apenas sete servidores trabalhando no local, o que divergia da lista de 81 servidores comissionados ali lotados. A lista tem alguns detalhes que chamaram mais atenção dos promotores da ‘Caça-Fantasma’, a exemplo da nomeação de um senhor de 92 anos com mal de Alzheimer para trabalhar no gabinete.
O relatório é uma das provas conseguidas pelo MP para atestar as nomeações irregulares e o fato de que dos muitos servidores nomeados sequer compareciam ao serviço. "Nós temos provas nos autos de que, efetivamente, alguns dos servidores lá lotados não exerciam qualquer atividade e nem trabalhavam, porque sequer sabiam onde estavam lotados. Quando eram perguntados sobre qual era o seu trabalho, teve funcionário-fantasma que sequer sabia onde ficava a Prefeitura de Aracaju. É um conjunto probatório que, até o momento, a gente entende como válido e mantém nosso posicionamento", disse o promotor Jarbas Adelino Júnior, citando ainda outros documentos oficiais e depoimentos como provas das irregularidades. 
Os advogados de defesa contestam as acusações, mas o promotor Jarbas Adelino considerou natural a estratégia da defesa dos réus em desqualificar o relatório do TCE em todos os processos, mas disse que essas nulidades já foram alegadas e negadas em julgamentos na primeira e na segunda instância, cujos magistrados consideraram as provas como válidas. Ao todo, são 13 ações penais derivadas da ‘Caça-Fantasma’, com um total de 59 réus pelo crime de peculato. 

Aposentadoria

Na mesma entrevista, a senadora Maria do Carmo, hoje também com 77 anos, anunciou que se aposenta ao final do mandato, mas que, a depender da saúde, pretende continuar na vida pública. Ela informou ainda que o diretório estadual do DEM passará a ser conduzido nos próximos dias pelo ex-prefeito de Frei Paulo, José Erinaldo de Oliveira, que recentemente adquiriu o controle da rádio Jornal, antiga propriedade da família Alves. Nas eleições passadas o ex-deputado federal Mendonça Prado, ex-genro de João  e Maria, disputou a eleição para governador do estado pelo partido e obteve pouco mais de 12 mil votos.

Novo secretário

O prefeito Edvaldo Nogueira anunciou, na manhã desta sexta-feira (8), o jornalista e publicitário Carlos Cauê como novo secretário da Comunicação de Aracaju. Ele substituirá o jornalista Luciano Correia. Cauê foi secretário municipal de Governo no primeiro ano da atual gestão. A mudança é mais uma etapa da reforma administrativa iniciada por Edvaldo em janeiro.

Elogios

"É com muita alegria e satisfação que anuncio Carlos Cauê como novo secretário da Comunicação de Aracaju. Profissional muito competente, respeitado pela imprensa sergipana. Um grande aliado e amigo. Ao mesmo tempo, agradeço o trabalho realizado por Luciano Correia, que esteve conosco no momento mais difícil da gestão. Ele teve uma ação muito efetiva e competente na nossa administração", afirmou o prefeito após reunião em seu gabinete com Cauê e Luciano. Convidado por Cauê e Edvaldo para continuar na PMA agora como secretário adjunto, Luciano agradeceu e disse que pretende retomar sua vida como professor do curso de jornalismo da Universidade Federal de Sergie

Quem é

Carlos Cauê é jornalista e publicitário. É especialista em marketing político; foi presidente da Funcaju; foi secretário da comunicação de Aracaju na gestão anterior de Edvaldo; foi secretário da comunicação do Estado de Sergipe. Foi secretário de Governo de Aracaju em 2017, quando deixou o cargo para coordenar o marketing da vitoriosa campanha do governador Belivaldo Chagas. A entrada de Cauê mostra que o prefeito já decidiu mesmo disputar a reeleição nas eleições de 2020. 

Henrique Prata em Sergipe

O presidente da Fundação Pio XII, responsável pelo Hospital de Amor de Barretos/SP, (Hospital do Câncer), Henrique Prata, estará em Sergipe nas próximas segunda e terça-feira, 11 e 12 de março, para participar de diversos compromissos. Dentre eles, está a assinatura de convênio com o governo do Estado, para que Sergipe receba mais uma carreta de serviços de saúde para a população. O veículo será disponibilizado pelo Hospital de Barretos que, ao lado dos equipamentos oferecidos pelo Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE/SE) e pela licitação estadual em andamento, somarão três carretas de atendimento à prevenção e tratamento de câncer do estado, além dos serviços já oferecidos através de outras instituições de saúde estaduais.

Reação

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), Rubens Marques, o professor Dudu, junto a várias outras centrais sindicais e lideranças do movimento sindical em geral foram dialogar com deputados estaduais que se encontravam na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese). O objetivo foi apresentar um anteprojeto e contar com o apoio dos parlamentares para garantir o direito à livre associação sindical de servidores públicos do Estado de Sergipe, garantido também o desconto em folha da contribuição mensal voluntária dos filiados.

Resposta

A ação dos sindicatos que representam os servidores públicos estaduais é uma resposta a Medida Provisória 873, considerada pelo movimento sindical um atentado contra a autonomia dos sindicatos e contra a liberdade de organização dos trabalhadores e trabalhadoras. A MP 873 impede o desconto em folha da contribuição sindical mensal, mesmo autorizada pelo trabalhador, como já vem acontecendo há décadas. A MP 873 que atinge a organização sindical foi assinada pelo presidente Bolsonaro e pelo ministro da Economia Paulo Guedes na sexta-feira à noite, dia 1º de março, em pleno período carnavalesco.

Aberração

Para o presidente da CUT/SE, a MP 873 é uma aberração. "A medida provisória diz até como o sindicato deve buscar formas de arrecadação. A autonomia sindical está na nossa Constituição. É de uma ingerência absurda propor esta intervenção na organização sindical. Tenho certeza de que essa medida provisória não prosperará no Congresso Nacional. Acredito que Sergipe tem que dar exemplo para o Brasil e sair à frente contra este atentado à autonomia sindical", avaliou.

Nova reunião

Professor Dudu também adiantou que uma nova reunião deve ser agendada ainda manhã ou na segunda-feira para tratar do mesmo tema. O presidente da CUT/SE sinalizou que todos os sindicatos devem se somar a esta luta. "Não estamos tratando do imposto sindical. Muitos ainda não entenderam o que significa esta medida provisória. Ela propõe o fim do desconto mensal feito para o filiado que autorizou a contribuição descontada de seu salário. Nem o presidente do Brasil pode proibir a contribuição sindical que o trabalhador autorizou. Só os trabalhadores podem interferir no funcionamento dos sindicatos brasileiros. Isso é uma afronta à Constituição", reforçou.

Sem financiamento

Para o movimento sindical, o objetivo claro da MP 873 é estrangular a fonte de financiamento dos sindicatos para reduzir o poder de luta e mobilização dos trabalhadores. Em matéria divulgada na mídia de Sergipe, o senador Rogério Carvalho observou que o intuito é atingir os sindicatos para conseguir aprovar a Reforma da Previdência com menos resistência dos trabalhadores.

 

**PUBLICIDADE



Capa do dia
Capa do dia



**PUBLICIDADE


**PUBLICIDADE