Exposição de Hortência Barreto no Café da Gente
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A força de Aracaju
Publicado em 23 de novembro de 2019
Por Jornal Do Dia
Quem nasceu e se criou na periferia de Aracaju entre as décadas de 1960 e 1970 sabe muito bem a importância de obras simples, como pavimentação e drenagem de um pequeno trecho de rua, o asfaltamento de uma avenida, a reforma de um posto de saúde e a construção de uma quadra de esportes. Vivia-se literalmente na lama.
Até a década de 1980, os bairros mais distantes da capital eram o Mosqueiro, área rural da zona sul, Palestina, Cidade Nova, Sanatório, Santos Dumont e o recente conjunto Bugio na zona norte. Soledade, Getimana e Porto Dantas eram considerados áreas rurais. Não havia vias pavimentadas, nem mesmo as estreitas avenidas que serviam de escoamento para o precário transporte coletivo.
Quando João Alves Filho foi indicado prefeito de Aracaju, em 1975, a periferia de Aracaju começou a passar por uma ligeira transformação. As vias expressas da zona norte começaram a receber pavimentação, como o caso da Avenida Visconde de Maracaju, que ligava o Santo Antonio a bairros mais distantes, como Palestina e Santos Dumont. A antiga estrada da Palestina, estreita e cheia de lama, ganhou uma cobertura de asfalto e a ida a escola ou trabalho ficou mais fácil.
A partir da primeira administração de Jackson Barreto como prefeito de Aracaju em 1986 a cidade ganhou perfil. O foco mudou e a periferia passou, de fato, a ser uma prioridade. As ladeiras das apertadas vias receberam obras de drenagem e pavimentação e num pequeno período de mandato de uma gestão popular afetada por uma intervenção decretada pelo então governador Antonio Carlos Valadares, a zona norte ficou com aspecto diferente, também com novas escolas e postos de saúde.
Depois de Jackson a cidade continuou se expandindo, abrindo novos bairros a partir de loteamentos irregulares que passaram a exigir novas intervenções do poder público. Na zona sul surgiu o ‘complexo’ do Santa Maria, envolvendo invasões a partir da Terra Dura, onde Valadares criou um conjunto com o seu nome para despejar e isolar as pessoas mais pobres.
Hoje a região se transformou numa verdadeira cidade, com grandes avenidas, escolas, conjuntos habitacionais, postos de saúde e até um novo bairro, o Inácio Barbosa, criado na gestão anterior de Edvaldo Nogueira. Hoje as últimas vias de terra estão sendo drenadas e recebem rede de esgoto e pavimentação. As primeiras maternidade e escola em tempo integral do município estão em construção.
A expansão da zona norte chegou a fronteira de Nossa Senhora do Socorro, exigindo uma série de intervenções públicas. A obra mais visível é a duplicação da Avenida Euclides Figueiredo, ligando os dois municípios. Edvaldo Nogueira está implantando gigantescas galerias para as águas pluviais, seguida da drenagem e pavimentação de todas as carentes áreas da redondeza para evitar qualquer tipo de inundação mais a frente.
São obras de pavimentação, drenagem e rede de esgotos no Loteamento Rosa do Sul, Jardim Bahia, Loteamento Isabel Martins na Soledade e até a abertura de uma nova avenida no Japãozinho, o Centro Integrado de Esportes do Bugio. Da mesma forma que a Avenida Beira Mar, que liga o centro da cidade a orla, todos os corredores de transportes da zona norte também estão sendo recapeados e o trânsito reordenado.
A administração Edvaldo Nogueira tem um conjunto de obras no valor de R$ 810 milhões, volume nunca visto na capital, e é responsável pela recuperação do setor da construção civil, com a geração de centenas de empregos diretos e indiretos. Ao contrário do que ocorre atualmente com prestadores de serviços e fornecedores do governo do estado, quem tem contrato com a Prefeitura de Aracaju recebe em dia, com pequenos atrasos pontuais.
Na Câmara Municipal, é comum ouvir discursos de vereadores de oposição criticando a execução de tantas obras ao mesmo tempo pela Prefeitura de Aracaju. Gostariam que o prefeito ficasse em seu gabinete reclamando da crise, sem buscar parcerias e financiamentos com o governo federal – mesmo com Bolsonaro – para melhorar a vida dos aracajuanos.
A partir de primeiro de janeiro a oposição passará a ter mais um motivo de preocupação: em 30 de dezembro, a Prefeitura de Aracaju recebe R$ 16,5 milhões como bônus da cessão onerosa do pré-sal. Para evitar expectativas duvidosas, Edvaldo não fez ainda uma previsão de investimentos desses recursos, já que o fundo previdenciário municipal não possui grandes déficits, ao contrário do que ocorre com o governo do estado.
São realidades diferentes: enquanto o prefeito Edvaldo Nogueira paga em dia salários dos servidores, prestadores de serviços, fornecedores e executores de obras, o governo do estado segue caminho inverso, tanto em relação a pessoal quanto a fornecedores. A capital voltou a mostrar a sua pujança.
Sem aliança
Um encontro entre os ex-deputados Márcio Macedo (PT) e Valadares Filho (PSB) provocou boatos sobre uma possível aliança entre os dois partidos na disputa da PMA em 2020. Não há a menor chance de acordo: o PT só deixa o palanque do prefeito Edvaldo Nogueira se for para apresentação de candidato próprio e o PSB apresentará mais uma vez o nome do próprio Valadares Filho.
O presidente estadual do PSB admite que está construindo sua pré-candidatura a prefeito de Aracaju em 2020. Disse ontem à coluna que já está dialogando com os vários segmentos do seu partido e com a sociedade.
Segundo Valadares Filho, os 49% dos votos que teve em Aracaju nas duas últimas eleições, que o levaram para o segundo turno, deixa aceso o projeto do PSB de que seja candidato a prefeito no pleito do próximo ano. Revela que já tem pronto programa de governo desde 2016, que está só atualizando. "Estou me preparando para a nova disputa. Já provei que não fujo de desafios. Vou fazer no meu estilo: dialogar com a sociedade, o partido e possíveis aliados", afirma Valadares Filho.
Pesquisas sobre manchas de óleo
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) lançou na sexta-feira um edital que vai destinar R$ 1,36 milhão para seleção de projetos que vão fazer pesquisas sobre o óleo encontrado nas praias brasileiras. O objetivo "é contribuir para a contenção, o processamento do resíduo encontrado e a redução de danos ao meio ambiente".
Por ser uma ação emergencial, as propostas de estudo devem ser encaminhadas do dia 25 de novembro, até as 17h horas (horário de Brasília), até 4 de dezembro pela plataforma online da Capes. O resultado final será divulgado a partir de 18 de dezembro.
Podem apresentar projetos professores vinculados a programas de pós-graduação stricto sensu recomendados pela coordenação. Cada proposta aprovada terá o valor de financiamento de até R$ 100 mil, liberados em uma única parcela, e uma cota de bolsa de mestrado. O projeto deverá ser desenvolvido ao longo de dois anos, podendo ser prorrogado por mais 12 meses.
As áreas de pesquisa prioritária são avaliação dos impactos ambientais e socioeconômicos, bioremediadores, dispersão do óleo, processamento de resíduos e tecnologia aplicada à contenção do óleo.
"O programa Capes-Entre Mares atende demanda apresentada pelo Grupo de Acompanhamento e Avaliação criado no âmbito do Plano Nacional de Contingência para a gestão de ações de resposta após a ocorrência do desastre", disse a Capes.
O grupo é formado pela Marinha do Brasil, Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis (Ibama).
Embargos
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) deve concluir nesta segunda-feira o julgamento dos embargos de declaração apresentados pela defesa do governador Belivaldo Chagas (PSD) com relação à cassação do seu mandato e da vice Eliane Aquino (PT) por abuso de poder político nas eleições 2018. Na sessão de 15 de outubro, o relator, desembargador Diógenes Barreto, votou pela rejeição dos embargos, sendo seguido pelos juízes Áurea Corumba e Leonardo Santana. Um pedido de vista feito pela juíza Sandra Regina, seguido pelos juízes Marcos Antônio Garapa e Joaby Ferreira, provocou o adiamento da decisão.
Offshore
Em breve deve estourar uma bomba em Sergipe. Fontes seguras afirmam que, para fugir da Receita, um parrudo membro de poder criou uma offshore no Panamá e vem recebendo dinheiro da empresa da família. Dizem que ele é bom de contas, mas a Polícia Federal já está com o olho bem aberto.
Julgamento
E por falar em ficar de olho, já está tudo preparado para o julgamento de Flávio Conceição no dia 5 próximo. O ex-conselheiro, que tem nas costas mais de R$ 7 milhões em condenação por improbidade, quer voltar ao TCE. Todos estão estranhando a tranquilidade do Conselheiro Clóvis Barbosa, que sairia para a entrada de Flávio. Alguns dizem que é culpa do novo estilo "paz e amor" que adotou desde a saída da presidência do órgão. Mas amigos lembram que Clóvis nunca foi de fugir de batalha.
Com agências