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Educação Financeira
Publicado em 09 de fevereiro de 2020
Por Jornal Do Dia
O Banco Central do Brasil lançou uma pauta de trabalho na sua Agenda BC# voltada para a educação financeira do brasileiro. Serão desenvolvidas várias iniciativas para conscientização do cidadão para que todos participem do mercado e cultivem o hábito de poupar. Conforme comunicado da instituição, a ideia básica é fazer girar uma roda?virtuosa?composta por conceitos de cidadania financeira, orçamento sob controle, crédito consciente e poupança ativa. O desenvolvimento dessa cidadania tem como objetivo tornar os cidadãos mais cientes dos riscos e oportunidades financeiras.
Para o presidente do BC, Roberto Campos Neto, é preciso gerar uma cultura de poupança e também permitir que os brasileiros tenham o controle das suas finanças. "Com mais educação financeira,?teremos menos inadimplência. Isso?é bom para o?sistema bancário, e será muito bom também?para o cliente, que poderá escolher o melhor destino para o seu dinheiro e priorizar os produtos financeiros de maneira correta, ou seja, aqueles que melhor atendam às suas necessidades", explica.
O Banco Central do Brasil vem desenvolvendo uma série de ações que contribuam para que os brasileiros tomem decisões financeiras conscientes e bem informadas, além de buscar um futuro melhor, realizar sonhos e se?preparar para?emergências.?
Em comunicado da autoridade monetária do nosso país foi exposto que promover a?educação financeira desde cedo é um dos caminhos escolhidos para difundir essa ideia. O?Programa Aprender Valor?levará educação financeira a estudantes das escolas públicas brasileiras, além de formar professores e gestores escolares, preparando-os para esse desafio. A etapa piloto do programa ocorre neste ano no Distrito Federal e em seis estados, representando todas as regiões do país. Destinado a estudantes do 1º ao 9º ano da rede pública de ensino, o programa tem como potencial disponibilizar educação financeira a 22 milhões de estudantes em todo o país a partir de 2021.?
A importância de esforços conjuntos dos setores público e privado em prol da educação financeira poderá transformar o Brasil.
Registre-se que a Estratégia Nacional de Educação Financeira é uma mobilização multissetorial em torno da promoção de ações de educação financeira no Brasil. A estratégia foi instituída como política de Estado de caráter permanente, e suas características principais são a garantia de gratuidade das iniciativas que desenvolve ou apoia e sua imparcialidade comercial.
Os dados do Estado de Sergipe referente ao projeto itinerante nas escolas relativo a educação financeira, mobilizou no ano de 2018, 34 professores em 8 escolas, a saber: Colégio Estadual Atheneu Sergipense, Colégio Estadual Presidente Costa e Silva, Colégio Estadual Secretário de Estado Francisco R. Santos, Colégio Estadual Barão de Mauá, Colégio Estadual Governador João Alves Filho, Colégio Estadual Ministro Marco Maciel, Colégio Estadual Presidente Emilio Garrastazu Médici e Colégio Estadual Vitória de Santa Maria.
As ações realizadas nos referidos colégios sergipanos contribuíram para o fortalecimento da cidadania ao fornecer e apoiar ações que ajudaram a população a tomar decisões financeiras mais autônomas e conscientes.
Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), um número crescente de governos nacionais está engajado em desenvolver estratégias de educação financeira. As implicações sociais e econômicas a longo prazo do baixo índice de educação financeira de grande parte da população mundial têm levado os governos a criar políticas específicas para melhorar a educação financeira de seus países.
A existência de uma estratégia nacional de educação financeira no Brasil favorece a promoção do tema no país e cria diretrizes para balizar iniciativas concretas, sejam do Estado, da iniciativa privada ou sociedade civil. A estratégia torna-se a principal referência para leis, políticas públicas e programas multisetoriais, contribuindo para gerar ampla mobilização.
Vale destacar que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que é um documento que prevê o mínimo que deve ser ensinado nas escolas, desde a educação infantil até o ensino médio, aponta que a educação financeira deve ser abordada de forma transversal pelas escolas, ou seja, nas várias aulas e projetos. Parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE), homologado pelo Ministério da Educação (MEC), prevê que as redes de ensino adequem os currículos da educação infantil e fundamental, incluindo esta e outras competências no ensino, até 2020.
Cabe salientar que a educação financeira nas escolas traz resultados, existe uma pesquisa que teve a participação da Serasa Consumidor e Serasa Experian, que demonstra que um a cada três estudantes afirmou ter aprendido a importância de poupar dinheiro depois de participar de projetos de educação financeira. Outros 24% passaram a conversar com os pais sobre educação financeira e 21% aprenderam mais sobre como usar melhor o dinheiro.
A educação financeira abrange vários temas, e um deles é o consumo. Assim, é importante que as pessoas saibam que a cada ato de consumo de produtos ou de serviços precisamos avaliar a real necessidade daquilo que vamos adquirir, nos seus direitos, na origem, ou seja, é preciso estar consciente. Que a educação financeira chegue a todos e possa melhorar as nossas vidas!