Aracaju: 52% não cumprem o isolamento
Publicado em 08 de abril de 2020
Por Jornal Do Dia
Na capital, onde a Prefeitura já baixou um decreto semelhante de isolamento social, e também se constata um aumento de casos em Aracaju – que já registra 30 infectados e quatro óbitos -, um estudo de movimentação de pessoas, realizado a partir da geolocalização, e apresentado ontem pelo prefeito Edvaldo Nogueira à imprensa, demonstra que parte significativa dos aracajuanos ainda não tem respeitado as medidas de isolamento. Segundo a análise, apenas 52,8% da população aracajuana tem seguido as determinações, enquanto no país 55,1% tem se mantido em casa. Entre as regiões com os piores índices na capital estão os bairros Jabotiana (34,5%), Coroa do Meio (40%), Santa Maria (41%), Industrial (46%) e Mosqueiro (38, 1% a 45,8%).
"Esta é uma informação que nos preocupa bastante porque já foi comprovado que as medidas de isolamento social são fundamentais para conter a propagação do coronavírus. Desde a semana passada estamos fazendo o georreferenciamento das pessoas por bairros, para saber onde havia maior circulação, e constatamos que os moradores de diversas localidades continuam nas ruas, mesmo com todas as determinações já estabelecidas em decreto. Então quero fazer um apelo aos aracajuanos: fiquem em casa. Estamos trabalhando muito para impedir a disseminação do vírus, mas a população precisa colaborar. Entendemos que as pessoas que atuam nos serviços essenciais precisam continuar trabalhando, mas as demais, que já estão autorizadas a trabalhar em home office ou que já receberam férias, podem e devem se manter em casa", destacou o prefeito.
Edvaldo informou também que ações mais incisivas passarão a ser adotadas nas áreas onde há menor índice de isolamento social, com a presença da Defesa Civil, Guarda Municipal, além de carros de som. "Vamos colocar carros de som, os guardas municipais, agentes da SMTT e profissionais da Defesa Civil vão circular, alertando as pessoas, e também vamos solicitar o apoio da própria Polícia Militar para impedir que a população fique circulando. Não é hora de passear. É preciso entender a importância do trabalho que tem sido feito e que quanto antes contermos a doença, melhor", salientou.