Enfermeiros fazemprotesto no dia da categoria
Publicado em 12 de maio de 2020
Por Jornal Do Dia
Em alusão ao Dia Internacional do Enfermeiro e às 90 mortes destes profissionais vítimas do novo coronavírus, um grupo de manifestantes se reuniu no início da noite de ontem na Praça da Bandeira, região central de Aracaju, com a proposta de chamar a atenção popular e governamental para a importância em impulsionar a valorização da classe trabalhadora. Durante a vigília, os participantes acenderam velas em homenagem a cada um dos profissionais mortos no Brasil, bem como carregavam cartazes com o nome de um dos trabalhadores vítimas da Covid-19. Durante o ato os manifestantes lamentaram que, apesar da importância assistencial, a classe não possui piso salarial, jornada de trabalho regulamentada, e aposentadoria especial após 25 anos de trabalho.
Unanimes nas críticas ao Governo Federal, e, em especial, ao presidente Jair Bolsonaro e seus seguidores, a mobilização contou com a participação de profissionais ligados ao Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (Seese), ao Sindicato dos Técnicos e Auxiliares de Enfermagem do Município de Aracaju (Sintama), à Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), ao Conselho Regional de Enfermagem (Coren-SE), ao Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), e à Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn). A luta da categoria envolve desde melhorias nos respectivos direitos trabalhistas, reajustes salariais, melhores condições de trabalho, além de qualificação da assistência administrativa e operacional do Sistema Único de Saúde (SUS). Esse foi o terceiro ato público realizado pelos enfermeiros em menos de cinco dias.
Mais cedo, na manhã de ontem na Avenida Governador Augusto Franco [antiga Avenida Rio de Janeiro], um grupo de enfermeiros se reuniu em frente ao Estádio João Hora, onde a Prefeitura de Aracaju ergue um hospital de campanha com dedicação exclusiva aos aracajuanos infectados com o vírus. Com postura semelhante à manifestação realizada na última sexta-feira, 08, os profissionais da saúde voltaram a protestar contra uma suposta falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs); utilizando máscaras, jalecos e em posse de cartazes, os trabalhadores intensificaram ainda a luta por reajuste salarial e melhores condições de trabalho em todas as unidades básicas de saúde, e nos hospitais regionais administrados pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS).