A ativista Candelária
A forrozeira Marluce
Publicado em 31 de maio de 2020
Por Jornal Do Dia
A ativista Candelária
A forrozeira Marluce
A cantora e compositora Marluce Bezerra da Silva, 73 anos, morreu ao início da noite de anteontem, em Areia Branca (Agreste). Ela era conhecida como ‘A Rainha do Forro?’ e fazia dupla com seu esposo, o tambe?m forrozeiro Ze? Rozendo. Segundo informações, ela já enfrentava problemas de saúde há pelo menos três anos e estava perdendo gradualmente os movimentos do corpo. Ela faleceu enquanto dormia. O corpo foi velado na própria residência da família e sepultado no Cemite?rio Sa?o Joa?o Batista, em Areia Branca.
O prefeito da cidade, Alan de Agripino, decretou luto oficial de três dias na cidade. Em nota, ele destacou que "Marluce deixa um legado importante para a mu?sica nordestina" e que ela, ao lado de Zé Rozendo, levaram por muitos anos o nome do forro? e de Areia Branca para todo o país. Uma das músicas de maior sucesso da carreira da dupla, que teve mais de 20 discos gravados, foi ‘Quero ver meu bem’. A cantora nasceu em Monteiro (PB) e veio para Sergipe em 1991, passando a residir em Areia Branca. Aqui, conquistou o título de Cidada? Areiabranquense.
Candelária – Também na manhã neste sábado, foi confirmada a morte da ativista Maria Niziana Castelino, a ‘Candelária’. Ela tinha 70 anos e estava internada há cerca de duas semanas no Hospital de Cirurgia, após sofrer um acidente vascular cerebral que, segundo os médicos, resultou de complicações provocadas pelo coronavirus. ‘Candelária’ chegou a passar por duas cirurgias e estava em coma induzido, mas não resistiu. Por orientação das autoridades sanitárias, não houve velório e o corpo foi cremado.
‘Candelária’ era pernambucana, veio para Sergipe na década de 1960 e se destacou por mais de 40 anos com sua luta pelos direitos dos moradores de rua e profissionais do sexo. Com base em suas experiências pessoais, ela fundou e presidiu a Associação Sergipana das Prostitutas (ASP), com a qual desenvolveu um trabalho de educação e inclusão com mais de 700 prostitutas e transexuais que atuavam no Estado, intermediando também a garantia de direitos sociais e trabalhistas para a categoria. Por esse trabalho, ela chegou a receber um prêmio da Organização das Nações Unidas (ONU). A história dela foi retratada pelo documentário ‘Candelária – Aquela que Conduz à Luz’, de Jade Moraes, lançado em 2005.