Quinta, 09 De Janeiro De 2025
       
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Universidades na mira


Publicado em 11 de junho de 2020
Por Jornal Do Dia


 

O ambiente crítico das universidades federais, propício 
ao debate e à reflexão, nunca foi visto com bons olhos 
pelos governantes de turno em Brasília. Durante a campanha mais recente, por exemplo, a candidaturas simpáticas a Bolsonaro se queixaram das atividades acadêmicas voltadas para o tema das eleições junto aos tribunais eleitorais. E a polícia foi usada indevidamente para enquadrar professores e estudantes. Um prólogo sinistro.
Agora, sob pretexto de natureza logística, relacionado ao contexto da pandemia cujos efeitos o governo federal faz de tudo para minimizar, o presidente Bolsonaro assinou uma esdrúxula Medida Provisória. Na prática, a canetada dá fim à autonomia universitária, autorizando o ministro da educação a nomear reitor quem ele bem entender.
 Os fatos são preocupantes. Primeiro, no episódio já mencionado, várias universidades públicas de todo o País foram alvo de ações policiais. Agora, a estratégia adotada para aparelhar as universidades com os prosélitos da extrema direita atenta contra os valores mais caros à própria democracia.
Convém insistir nesse ponto: A ação dos Tribunais foi, no mínimo, desastrada. Policiais confiscaram faixas que não traziam nomes de candidatos, nem faziam qualquer alusão ao embate eleitoral de então, sob o pretexto de combater propaganda irregular nos campi. Dizeres como ‘Ditadura nunca mais’, ou ainda ‘Marielle Franco presente’, contudo, dificilmente podem ser interpretados como afronta à legislação eleitoral.
Infelizmente, afronta à autonomia universitária faz parte de um contexto mais amplo. A resposta institucional aos diversos crimes de responsabilidade já cometidos pelo presidente Bolsonaro tarda. O Congresso Nacional não pode mais fechar os olhos.

O ambiente crítico das universidades federais, propício  ao debate e à reflexão, nunca foi visto com bons olhos  pelos governantes de turno em Brasília. Durante a campanha mais recente, por exemplo, a candidaturas simpáticas a Bolsonaro se queixaram das atividades acadêmicas voltadas para o tema das eleições junto aos tribunais eleitorais. E a polícia foi usada indevidamente para enquadrar professores e estudantes. Um prólogo sinistro.
Agora, sob pretexto de natureza logística, relacionado ao contexto da pandemia cujos efeitos o governo federal faz de tudo para minimizar, o presidente Bolsonaro assinou uma esdrúxula Medida Provisória. Na prática, a canetada dá fim à autonomia universitária, autorizando o ministro da educação a nomear reitor quem ele bem entender.
 Os fatos são preocupantes. Primeiro, no episódio já mencionado, várias universidades públicas de todo o País foram alvo de ações policiais. Agora, a estratégia adotada para aparelhar as universidades com os prosélitos da extrema direita atenta contra os valores mais caros à própria democracia.
Convém insistir nesse ponto: A ação dos Tribunais foi, no mínimo, desastrada. Policiais confiscaram faixas que não traziam nomes de candidatos, nem faziam qualquer alusão ao embate eleitoral de então, sob o pretexto de combater propaganda irregular nos campi. Dizeres como ‘Ditadura nunca mais’, ou ainda ‘Marielle Franco presente’, contudo, dificilmente podem ser interpretados como afronta à legislação eleitoral.
Infelizmente, afronta à autonomia universitária faz parte de um contexto mais amplo. A resposta institucional aos diversos crimes de responsabilidade já cometidos pelo presidente Bolsonaro tarda. O Congresso Nacional não pode mais fechar os olhos.

 

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