Sexta, 10 De Janeiro De 2025
       
**PUBLICIDADE
Publicidade

Comerciantes de milho reclamam da baixa procura


Publicado em 23 de junho de 2020
Por Jornal Do Dia


A produção de milho em Sergipe foi recorde

A produção de milho em Sergipe foi recorde

 

"Só Jesus sabe como está o nosso São João. Nos outros anos, em uma fase como essa que estamos, era para a gente estar dormindo aqui por causa da procura por milho e amendoim; até umas onze horas da noite parava carro para comprar; esse ano, pouquíssimos são aqueles que compram sequer uma dúzia de milho". Vendedora de alimentos típicos na Central de Abastecimento de Aracaju (CEASA), a sergipana Lúcia Fontes, nascida na cidade de Itabaiana, revelou que a queda no fluxo de consumidores atinge a casa dos 80% se comparado com os últimos cinco anos. Se mostrando consciente que a pandemia causada pelo novo coronavírus contribuiu diretamente para essa queda econômica, ela reconhece ser difícil se deparar com uma mudança de cenário.
O baixo índice de vendas no Ceasa se confunde com a mesma realidade vivenciada por centenas de outros vendedores que atuam em pontos tradicionalmente repletos de consumidores nesta semana do ano, em especial, na região dos mercados municipais de Aracaju – no centro da cidade -, no bairro Siqueira Campos, bairro Coroa do Meio, Orlando Dantas, e no conjunto Augusto Franco. Considerada a data mais festiva do período junino, hoje, véspera do dia de São João, esses polos comerciais permaneciam abertos e atendendo ao público externo até às 19h. Nesta terça-feira, 23 de junho de 2020, os portões devem ser fechados até às 14h. Lúcia enaltece que o movimento ajuda a estender o horário de funcionamento.
"Imaginem vocês, administradores de um centro como o Ceasa, olha para o espaço e vê o local lotado de gente comprando e vendendo, é lógico que os administradores decidem seguir com os portões abertos e deixar o dinheiro entrar. É bom para todo mundo, mas esse ano está diferente; o que temos muito aqui são montanhas de milho que parecem não diminuir nunca", declarou a vendedora que completou chamando a atenção do JORNAL DO DIA: "acho difícil isso aqui mudar nessa terça e quarta-feira, e digo mais, se vocês vierem aqui na véspera de São Pedro é que vão ver um local ainda mais vazio. Mesmo não tendo ficado doente, esse vírus já atingiu minha família ‘em cheio’."
 
Encomendas – Sem festividades públicas, reuniões em escolas e aglomerações em condomínios residenciais por força e determinação de decreto assinado pelo governador Belivaldo Chagas, a produção de comidas típicas realizada por empresas fornecedoras de buffet também reduziram as respectivas atividades, bem como ajudaram a impulsionar para baixo o tradicional movimento de compra e venda nos mercados e feiras livres. Fornecedor de marmitas e serviços de confraternizações, o micro empresário aracajuano, Luciano Alves, informou ao JD que diferentemente do mesmo período de 2019 – quando recebeu 43 encomendas -, esse ano conseguiu firmar apenas oito contratos; todos ligados à famílias que residem em uma mesma casa, ou na mesma rua.
"De longe esse já é o pior ano da história em termos de venda. Posso te garantir isso pelo menos na experiência da minha família que trabalha duro nesse ramo há mais de 20 anos. Esse ano nenhuma empresa nos procurou; alguns até nos encomendaram, mas algo muito menor, mais intimista dedicado à família. Se no ano passado chegamos a produzir para esse mesmo cliente cerca de 200 canjicas, esse no foram 10 potes pequenos. É o tal efeito dominó: sem demanda, não tem o porquê de a gente ir ao Ceasa comprar milho, coco, amendoim e laranja. Esse ano, ao menos nessa questão de encomendas, está perdido, podemos esquecer qualquer chance de milagre", avaliou.

"Só Jesus sabe como está o nosso São João. Nos outros anos, em uma fase como essa que estamos, era para a gente estar dormindo aqui por causa da procura por milho e amendoim; até umas onze horas da noite parava carro para comprar; esse ano, pouquíssimos são aqueles que compram sequer uma dúzia de milho". Vendedora de alimentos típicos na Central de Abastecimento de Aracaju (CEASA), a sergipana Lúcia Fontes, nascida na cidade de Itabaiana, revelou que a queda no fluxo de consumidores atinge a casa dos 80% se comparado com os últimos cinco anos. Se mostrando consciente que a pandemia causada pelo novo coronavírus contribuiu diretamente para essa queda econômica, ela reconhece ser difícil se deparar com uma mudança de cenário.
O baixo índice de vendas no Ceasa se confunde com a mesma realidade vivenciada por centenas de outros vendedores que atuam em pontos tradicionalmente repletos de consumidores nesta semana do ano, em especial, na região dos mercados municipais de Aracaju – no centro da cidade -, no bairro Siqueira Campos, bairro Coroa do Meio, Orlando Dantas, e no conjunto Augusto Franco. Considerada a data mais festiva do período junino, hoje, véspera do dia de São João, esses polos comerciais permaneciam abertos e atendendo ao público externo até às 19h. Nesta terça-feira, 23 de junho de 2020, os portões devem ser fechados até às 14h. Lúcia enaltece que o movimento ajuda a estender o horário de funcionamento.
"Imaginem vocês, administradores de um centro como o Ceasa, olha para o espaço e vê o local lotado de gente comprando e vendendo, é lógico que os administradores decidem seguir com os portões abertos e deixar o dinheiro entrar. É bom para todo mundo, mas esse ano está diferente; o que temos muito aqui são montanhas de milho que parecem não diminuir nunca", declarou a vendedora que completou chamando a atenção do JORNAL DO DIA: "acho difícil isso aqui mudar nessa terça e quarta-feira, e digo mais, se vocês vierem aqui na véspera de São Pedro é que vão ver um local ainda mais vazio. Mesmo não tendo ficado doente, esse vírus já atingiu minha família ‘em cheio’."
 Encomendas – Sem festividades públicas, reuniões em escolas e aglomerações em condomínios residenciais por força e determinação de decreto assinado pelo governador Belivaldo Chagas, a produção de comidas típicas realizada por empresas fornecedoras de buffet também reduziram as respectivas atividades, bem como ajudaram a impulsionar para baixo o tradicional movimento de compra e venda nos mercados e feiras livres. Fornecedor de marmitas e serviços de confraternizações, o micro empresário aracajuano, Luciano Alves, informou ao JD que diferentemente do mesmo período de 2019 – quando recebeu 43 encomendas -, esse ano conseguiu firmar apenas oito contratos; todos ligados à famílias que residem em uma mesma casa, ou na mesma rua.
"De longe esse já é o pior ano da história em termos de venda. Posso te garantir isso pelo menos na experiência da minha família que trabalha duro nesse ramo há mais de 20 anos. Esse ano nenhuma empresa nos procurou; alguns até nos encomendaram, mas algo muito menor, mais intimista dedicado à família. Se no ano passado chegamos a produzir para esse mesmo cliente cerca de 200 canjicas, esse no foram 10 potes pequenos. É o tal efeito dominó: sem demanda, não tem o porquê de a gente ir ao Ceasa comprar milho, coco, amendoim e laranja. Esse ano, ao menos nessa questão de encomendas, está perdido, podemos esquecer qualquer chance de milagre", avaliou.

 

**PUBLICIDADE



Capa do dia
Capa do dia



**PUBLICIDADE


**PUBLICIDADE
Publicidade