Sexta, 10 De Janeiro De 2025
       
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Entregadores de comida protestam contra apps em Aracaju


Publicado em 02 de julho de 2020
Por Jornal Do Dia


A manifestação dos entregados de delevery em Aracaju se concentrou em frente aos arcos, na Atalaia

PARALISAÇÃO DE 24 HORAS ATINGIU TODOS OS ESTADOS; EM ARACAJU, MANIFESTANTES SE CONCENTRARAM EM FRENTE AOS ARCOS DA ATALAIA

 

Entregadores vinculados 
a aplicativos de entre
ga à domicílio [delivery] paralisaram ontem suas atividades na região metropolitana de Aracaju como forma de protesto à favor de melhores condições de trabalho e direitos. Reunidos na região dos arcos da Orla de Atalaia, na zona Sul da capital sergipana, os trabalhadores voltaram a protestar contra o sistema chamado "Bloqueio Branco" – essa intervenção administrativa é ativada caso o passe um dia sem trabalhar. De acordo com os manifestantes, com o bloqueio acionado, as empresas passam a considerar o cidadão como não um motorista ativo, e, com isso, não envia mais corrida. O ato público foi acompanhado por agentes da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT).
A onda de críticas é ampliada pela classe trabalhadora por observar que, apesar deste pleito ter sido apresentado ao longo dos últimos seis meses junto ao setor empresarial no Brasil, até o final da tarde da última terça-feira (30 de junho), nenhuma empresa buscou os representantes dos entregadores para discutir o assunto e encontrar soluções para o impasse.  Nas redes sociais, os trabalhadores utilizaram a hashtag #brequedosapps, e pediram que, em apoio ao movimento nacional, durante todo o dia de ontem buscassem não realizar pedidos. Uma ação que paralelamente atinge os bares, restaurantes e demais estabelecimentos desse setor, mas que contribui para que os próprios empresários passem a pressionar grupos que administram o Uber Eats, Ifood, James e Rappi.
De acordo com a coordenação do movimento, a proposta inicial era seguir em cortejo até o centro da cidade, mas o grupo foi impossibilitado. Segundo agentes da Polícia Militar do estado de Sergipe (PM/SE), a solicitação para o protesto não havia sido deferida pelos órgãos municipais, em especial, pela SMTT. Para o motoboy Derlan Azevedo, um dos coordenadores do ato em Sergipe, as taxas oferecidas atualmente são incompatíveis com as despesas que eles estão tendo durante o deslocamento para a entrega dos pedidos. Em novo diálogo com o JORNAL DO DIA, Derlan intensificou as críticas contra o sistema de bloqueio imposto pelas empresas em todos os 27 estados brasileiros.
 "É uma injustiça que cometem com os entregadores, desde o início dessa pandemia do coronavírus estamos trabalhando muito mais do que nos outros meses e não podemos nem parar um dia por completo para descansar com a família. Pelo menos uma entrega no dia a gente é obrigado a fazer se não quiser ficar bloqueado sem novas entregas nos outros dias", protestou. Questionado sobre a resposta popular obtida nas últimas 48h, Derlan reconheceu que os brasileiros de modo geral estão apoiando o movimento dos entregadores: "são pessoas que reconhecem a nossa luta. Dia e noite estamos nas ruas enfrentando riscos de acidentes e esse vírus. Melhorar nossas condições de trabalho e valorização é o mínimo que pode ser feito [pelas empresas]."
 
Contraponto – Utilizando uma rede social, o Ifood informou que: "está ao lado dos entregadores", que investiu R$ 25 milhões em proteção e segurança. De acordo com a companhia, foram distribuídos 4.500 litros de álcool em gel por dia e 800 mil máscaras reutilizáveis. O Ifood alega ainda que em maio cada trabalhador recebeu R$ 21,80 por hora. Já a direção da Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) emitiu uma nota informando que as empresas associadas mantêm diálogo com a classe e estão: "sempre atentas às reivindicações dos entregadores parceiros". A Amobitec ainda disse que a participação em atos como a manifestação desta quarta-feira não acarretará em punições ou bloqueios dos entregadores.

Entregadores vinculados  a aplicativos de entre ga à domicílio [delivery] paralisaram ontem suas atividades na região metropolitana de Aracaju como forma de protesto à favor de melhores condições de trabalho e direitos. Reunidos na região dos arcos da Orla de Atalaia, na zona Sul da capital sergipana, os trabalhadores voltaram a protestar contra o sistema chamado "Bloqueio Branco" – essa intervenção administrativa é ativada caso o passe um dia sem trabalhar. De acordo com os manifestantes, com o bloqueio acionado, as empresas passam a considerar o cidadão como não um motorista ativo, e, com isso, não envia mais corrida. O ato público foi acompanhado por agentes da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT).
A onda de críticas é ampliada pela classe trabalhadora por observar que, apesar deste pleito ter sido apresentado ao longo dos últimos seis meses junto ao setor empresarial no Brasil, até o final da tarde da última terça-feira (30 de junho), nenhuma empresa buscou os representantes dos entregadores para discutir o assunto e encontrar soluções para o impasse.  Nas redes sociais, os trabalhadores utilizaram a hashtag #brequedosapps, e pediram que, em apoio ao movimento nacional, durante todo o dia de ontem buscassem não realizar pedidos. Uma ação que paralelamente atinge os bares, restaurantes e demais estabelecimentos desse setor, mas que contribui para que os próprios empresários passem a pressionar grupos que administram o Uber Eats, Ifood, James e Rappi.
De acordo com a coordenação do movimento, a proposta inicial era seguir em cortejo até o centro da cidade, mas o grupo foi impossibilitado. Segundo agentes da Polícia Militar do estado de Sergipe (PM/SE), a solicitação para o protesto não havia sido deferida pelos órgãos municipais, em especial, pela SMTT. Para o motoboy Derlan Azevedo, um dos coordenadores do ato em Sergipe, as taxas oferecidas atualmente são incompatíveis com as despesas que eles estão tendo durante o deslocamento para a entrega dos pedidos. Em novo diálogo com o JORNAL DO DIA, Derlan intensificou as críticas contra o sistema de bloqueio imposto pelas empresas em todos os 27 estados brasileiros.
 "É uma injustiça que cometem com os entregadores, desde o início dessa pandemia do coronavírus estamos trabalhando muito mais do que nos outros meses e não podemos nem parar um dia por completo para descansar com a família. Pelo menos uma entrega no dia a gente é obrigado a fazer se não quiser ficar bloqueado sem novas entregas nos outros dias", protestou. Questionado sobre a resposta popular obtida nas últimas 48h, Derlan reconheceu que os brasileiros de modo geral estão apoiando o movimento dos entregadores: "são pessoas que reconhecem a nossa luta. Dia e noite estamos nas ruas enfrentando riscos de acidentes e esse vírus. Melhorar nossas condições de trabalho e valorização é o mínimo que pode ser feito [pelas empresas]."

Contraponto – Utilizando uma rede social, o Ifood informou que: "está ao lado dos entregadores", que investiu R$ 25 milhões em proteção e segurança. De acordo com a companhia, foram distribuídos 4.500 litros de álcool em gel por dia e 800 mil máscaras reutilizáveis. O Ifood alega ainda que em maio cada trabalhador recebeu R$ 21,80 por hora. Já a direção da Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) emitiu uma nota informando que as empresas associadas mantêm diálogo com a classe e estão: "sempre atentas às reivindicações dos entregadores parceiros". A Amobitec ainda disse que a participação em atos como a manifestação desta quarta-feira não acarretará em punições ou bloqueios dos entregadores.

 

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