Prejuízo do comércio
Publicado em 14 de julho de 2020
Por Jornal Do Dia
A incompetência do presidente de turno mais a repercussão sanitária e econômica da pande- mia de coronavírus, ainda firme e forte no Brasil, criaram uma tempestade perfeita. Sem previsão para sair da quarentena imposta pelas circunstâncias, o País contabiliza o prejuízo em número de vidas e empregos perdidos, além de negócios quebrados.
Ontem, parte do empresariado local foi às ruas da capital sergipana para protestar contra decisão da Justiça Federal que suspendeu o plano de retomada econômica do governador Belivaldo Chagas. Há 120 dias com as portas fechadas, os comerciantes temem nunca mais poder abrir as portas de novo.
De fato, a quarentena se estende por um período irrazoável. A razão de pena tão longa para todos, no entanto, é responsabilidade compartilhada por todos os governantes, com destaque para o presidente da República, um negacionista desde a primeira hora.
Tivessem reagido com o rigor e a seriedade imposta pelo momento, o governo federal, governadores e prefeitos teriam reduzido o confinamento ao intervalo de tempo estritamente necessário. Infelizmente, contudo, o vírus foi subestimado.
A situação do empresariado nacional é dramática. Só não pode ser comparada à dos trabalhadores, sempre os primeiros a pagar a conta. Entre estes é que estão as maiores vítimas do Covid-19, a maioria dos mortos. Além do drama pessoal, com dimensão coletiva, há também o contexto econômico excludente. A renda cai, o desemprego cresce. 2020 não vai deixar saudades em ninguém.