Falha no airbag causou morte de empresário em acidente
Publicado em 16 de julho de 2020
Por Jornal Do Dia
Uma falha técnica no airbag de um carro foi a causa da morte do empresário Plínio Lobato, 64 anos, que sofreu um acidente de carro em 20 de janeiro deste ano, na Orla de Atalaia. A conclusão é de um inquérito da Polícia Civil, a partir de perícias feitas pelo Instituto de Criminalística no local do acidente e nos carros envolvidos. A conclusão do inquérito, presidido pela Delegacia Especial de Delitos de Trânsito (DEDT), foi divulgada ontem em uma entrevista coletiva.
Plínio Lobato era o motorista de um Corsa que bateu na traseira de outro carro, em frente a um restaurante na Orla. O veículo teve poucos danos, mas o condutor morreu com um profundo corte no pescoço. A delegada Daniela Lima, responsável pela DEDT, afirma que este detalhe ficou claro a partir de relatos de testemunhas e das primeiras perícias no local, o que levou à conclusão de que a falha na peça provocou a morte do motorista.
O inquérito policial reuniu perícias feitas no local do acidente e no veículo, além da oitiva de pessoas que estavam no local do acidente. "Foram ouvidas as testemunhas presentes no local. Todas relataram que a vítima tinha uma lesão no corpo e que existia uma diferença no funcionamento dos airbags, um havia insuflado e outro não, e havia um cheiro de queimado dentro do veículo. E poucos danos externos, então a princípio, seria um acidente relativamente simples", complementou a delegada.
O documento foi embasado em análises do local e em 163 fotos tiradas do acidente de trânsito. O perito criminal Luciano Homem, diretor do IC, detalhou os procedimentos adotados pela perícia."O que chamou atenção no local foi que era um acidente relativamente simples, mas que acabou envolvendo uma vítima vindo a óbito. O perito Luciano Tadeu, que estava de plantão, se deslocou para a ocorrência e fez o levantamento dos veículos", mencionou.
A vítima foi encontrada já sem vida, ensanguentada e com a lesão visível, no banco do motorista do próprio carro, em posição de condução do veículo. O volante estava sem a peça central, referente ao airbag. "A vítima tinha uma lesão na região do pescoço. Posteriormente, com os exames, o perito verificou que havia o rompimento de uma peça do airbag. Também foi feito um exame complementar na própria delegacia. Na vítima, foi retirada um fragmento metálico, foi feita a sobreposição das peças e foi possível verificar que o fragmento fazia parte do airbag. Durante o acionamento, a peça se rompeu e acabou atingindo a vítima que veio a óbito", evidenciou o perito criminal.