A RETIRADA DOS MORADORES PROSSEGUIU DURANTE TODA A TERÇA-FEIRA
Moradores das Mangabeiras identificados após cadastro recebem auxílio moradia
Publicado em 22 de julho de 2020
Por Jornal Do Dia
As famílias da Ocupação das Mangabeiras começaram a ver sua realidade ser transformada. Na segunda-feira (20), a Prefeitura de Aracaju iniciou o processo de retirada dos moradores da ocupação que surgiu no bairro 17 de Março no ano de 2014. No local, o Município irá construir um novo complexo habitacional.
As famílias que chegaram ao local, mais recentemente, após o cadastro dos moradores no programa Pró-moradia, passo essencial para ter acesso às 1.102 casas que serão construídas pela gestão municipal e razão pela qual as famílias estão sendo realocadas, não ficaram desassistidas e passarão a contar com o auxílio moradia, um esforço da administração para assistir a toda comunidade.
Esse cadastro necessário ocorreu em abril de 2019 e, inicialmente, teve como objetivo obter um panorama detalhado da situação das famílias e, assim, elaborar políticas públicas com base no mapeamento feito, o que desencadeou a conquista, junto à Caixa Econômica Federal, da construção do Residencial que, assim que estiver pronto, abrigará as famílias contempladas pelo programa.
Após o período do cadastro, contudo, outras famílias passaram a morar na ocupação, como explica a diretora de Gestão Social da Habitação da Secretaria Municipal da Assistência Social, Rosária Rabelo.
"Na ocasião do cadastro, identificamos 836 famílias morando nos barracos. Após esse período, continuamos monitorando a área através de drones. Entre o meses de junho e julho deste ano, identificamos que o número de barracos aumentou, quando da notificação para que as famílias pudessem se dirigir ao Cras para fazer os contratos de aluguel. Observamos que havia 214 famílias a mais, sendo que, destas, somente 170 realmente tinham barracos na ocupação e o restante tinha residência fixa. Assim, com as novas 170 famílias, realizamos o cadastro para o auxílio moradia. Agora, além das que irão receber a casa, as demais também sairão da localidade para uma residência mais digna até que possamos incluí-las em projetos futuros de moradia", esclarece Rosária.
Segundo a diretora, o trabalho de realocação tem sido feito com celeridade. "Essa agilidade é no intuito de trazer dignidade para essas pessoas. Elas estão saindo daqui e indo para um aluguel social, um investimento de cerca de R$7 milhões. Assim que as casas forem construídas, elas irão para as suas casas. As demais famílias continuarão no aluguel social, programa que fazemos o monitoramento anual, realizando visitas, vendo se as famílias estão dentro dos critérios e para projetos de moradia", ressalta.
Segunda chance – Poder contar com o auxílio moradia, mesmo ainda não podendo adentrar no programa para garantir a casa própria, não é qualquer coisa para quem vivia em condições insalubres e até desumanas, como era visível na Ocupação das Mangabeiras. A chance de se cadastrar para receber o aluguel social é alento, é a oportunidade de dormir sob um teto de qualidade, realidade que, para muitos deles, parecia estar longe de acontecer.