Sem saída

Os jovens não são imunes ao coronavírus. Em bora não integrem o grupo de risco, formado  por idosos e portadores de comorbidades, com o sistema imunológico comprometido, homens e mulheres de pouca idade podem estar provocando picos recentes de casos em todo o continente. Mais uma vez, fica o alerta para os brasileiros, novos ou velhos: se puder, fique em casa.
Lá se vão seis meses, desde quando a Organização Mundial de Saúde decretou emergência global. Infelizmente, governos do mundo inteiro fizeram ouvidos de mercador, abrindo todas as fronteiras para a maior crise sanitária e econômica da história moderna. 
A esperança da Organização Mundial de Saúde ao decretar a emergência mundial era de que países como o Brasil permanecessem atentos ao fluxo de passageiros e mercadoria em portos e aeroportos, a fim de evitar a proliferação do coronavírus. Não foi o que se viu.
O Brasil, governado por um negacionista contumaz, a ponto de ser acusado de genocídio, já conta 100 mil mortos por Covid-19, além de 2,5 milhões de infectados.  Os números são chocantes, mas o presidente Bolsonaro não se abala. Para ele, é preciso abrir tudo, apesar das aglomerações: comércio, igrejas e escolas.
Apesar dos reiterados alertas da OMS, pouco já foi feito pelos governantes brasileiros, em âmbito federal, estadual e municipal, além de abrir alguns poucos leitos nos hospitais e contar as vítimas. Não há notícia de providências mais consistentes. Não há um plano bem estruturado para lidar com doentes e desempregados. Ninguém aponta uma saída.