Pintura sobre tela do artista Deolando
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Ninguém é dono do voto bolsonarista em Aracaju
Publicado em 16 de agosto de 2020
Por Jornal Do Dia
A delegada Danielle Garcia (Cidadania), o delegado Paulo Márcio (DC), a delegada Georlize Oliveira (DEM), o deputado estadual Rodrigo Valadares (PTB), o empresário João Tarantela (DEM) e o publicitário Lúcio Flávio (Avante) são pré-candidatos de direita a Prefeitura de Aracaju e pretendem conquistar os votos do eleitorado identificado com o presidente Jair Bolsonaro. Alguns travam guerra pública através das redes sociais em busca do reconhecimento de que são ‘bolsominions’ de primeira hora.
Até o ex-deputado Jony Marcos (Republicanos) agora se apresenta como bolsonarista convicto e tenta um encontro com o senador Flávio Bolsonaro, já filiado ao partido da Igreja Universal, em busca de aval para se apresentar em Aracaju como candidato da ‘família do presidente’. Bolsonaro, de olho na reeleição em 2022, já avisou que não pretende se envolver nas eleições municipais para não ser culpado em eventuais derrotas e/ou com administrações fracassadas em eventuais vitórias.
O caso de Danielle Garcia, a candidata com mais visibilidade entre os bolsonaristas, é emblemático. Ligada ao senador delegado Alessandro Vieira, foi levada para a equipe do ministro da Justiça Sérgio Moro desde o início do governo Bolsonaro. Saiu em solidariedade quando o ministro pediu demissão, mas hoje, com base em pesquisas qualitativas, não fala em Moro, só quer saber de Bolsonaro.
Por isso Danielle tenta a todo custo afastar Alessandro da linha de frente de sua campanha, porque o senador, identificado com o ex-ministro da Justiça, se transformou num crítico do governo Bolsonaro e foi autor do projeto de combate as fake news, tão usadas por bolsonaristas – o próprio presidente e seus familiares, inclusive – durante a campanha eleitoral de 2018, alvo de investigações no TSE e no STF.
Na segunda-feira, quando visitará Sergipe pela primeira vez como presidente, Bolsonaro será muito requisitado por seus apoiadores e deverá ser alvo de manifestações e guerra de bastidores. Entre esses pré-candidatos, quem conseguir chegar mais perto de seu palanque tentará usar isso para tentar conquistar apoio de bolsonaristas, principalmente agora que o Datafolha identificou um crescimento na popularidade do presidente, que apresenta os melhores índices desde o início do governo. Bolsonaro beneficiou-se do pagamento do auxílio emergencial na pandemia de Covid-19, uma iniciativa que não partiu do governo. De acordo com a proposta de Bolsonaro, o auxílio emergencial deveria ser de R$ 200. Foi a oposição no Congresso que aumentou para R$ 600.
Nas eleições presidenciais de 2018, Bolsonaro foi o vitorioso em Aracaju no primeiro turno, com 155.892 votos (52,76%) enquanto Fernando Haddad (PT) obteve 85.326 votos (28,42%). O resultado se inverteu no segundo turno, quando Haddad recebeu o apoio de partidários de todos os demais candidatos de centro-esquerda – Haddad 155.892 votos (52,76%) e Bolsonaro 139.603 (47,24%).
A classe política sergipana sempre puxou o saco do presidente de plantão, desde os generais da ditadura, Fernando Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique, Lula, Dilma, Temer e agora Bolsonaro. Senador biônico na época da ditadura, Lourival Baptista costumava levar potes de sorvete da Cinelândia e queijadas de São Cristóvão para ministros e generais.
Hoje pode até não ter queijada e sorvete, mas Bolsonaro é paparicado pela bancada sergipana no Congresso com votos a favor de uma pauta contra o trabalhador, a exceção do senador Rogério Carvalho (PT) e os deputados João Daniel (PT) e Fábio Henrique (PDT). Laércio Oliveira (PP), Valdevan 90 (PSC), Fábio Reis (MDB) e Gustinho Ribeiro disputam para ver quem é o mais ligado ao presidente. Na Assembleia Legislativa ocorre algo semelhante, e hoje, dos 24 deputados apenas os petistas Francisco Gualberto e Iran Barbosa se posicionam contra o presidente e foram os únicos a votar contra a concessão do título de cidadão sergipano.
Se até entre políticos com mandato há disputa para ver quem puxa mais o saco do presidente, não seria diferente com os pré-candidatos a prefeito de Aracaju identificados com sua gestão, principalmente num pleito inusitado em função da covid-19. O voto original que Bolsonaro teve na capital deve ter se desidratado um pouco. O espólio será dividido entre essas matizes neo-direitista, numa guerra encarniçada, cada um querendo ser mais ‘bolsominion’ do que o outro.
Na prática, não há dono do voto de Bolsonaro na capital. Cada um vai ficar com um pequeno naco.
Agenda em Sergipe
A previsão de chegada de Bolsonaro a Sergipe é às 9 horas desta segunda-feira, em avião da Força Aérea Brasileira. Do Aeroporto de Aracaju ele irá de helicóptero da FAB para um sobrevoo na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados de Sergipe (Fafen) e ao Terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL), em Laranjeiras. De lá seguirá para o Complexo Termoelétrico do Porto Sergipe I, na Barra dos Coqueiros, com previsão de chegada às 10h15, para solenidade de inauguração marcada para às 10h30.
Na solenidade será assinada um ata de transmissão de posse da ´Fafen/SE pela Petróleo Brasileiro, em favor da Proquigel Química S/A (Proquigel). Antes será exibido um filmete institucional da Fafen/SE e depois discurso do presidente da Proquigel e do representante da Petrobras.
Em seguida será exibido um filmete institucional do complexo Termoelétrico Porto de Sergipe I. Logo após, ocorrerá um pronunciamento do presidente da Celse, Pedro Litsek; do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque; do governador Belivaldo Chagas e do presidente Bolsonaro. No encerramento da solenidade, o presidente concederá entrevista coletiva à imprensa. Depois retornará ao Aeroporto de Aracaju para deixar Sergipe.
TCE encaminha à Justiça Eleitoral lista dos gestores que tiveram contas rejeitadas
O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE/SE), conselheiro Luiz Augusto Carvalho Ribeiro, apresentou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE/SE), na sexta-feira (14) a "Relação dos gestores que tiveram suas contas rejeitadas por irregularidades insanáveis", para fins de análise nas Eleições deste ano de 2020.
"A lista foi organizada pela nossa Coordenadoria Jurídica e nela constam informações que irão subsidiar análises e decisões do Tribunal Regional Eleitoral, inclusive sobre eventuais declarações de inelegibilidade", afirma o presidente do TCE.
O coordenador jurídico, Rodrigo Castelli, destacou ainda que "a inclusão do nome dos gestores na relação apresentada pelo TCE não gera automaticamente a inelegibilidade do candidato, conforme entendimento que se extrai da Lei Complementar nº 64/90, cabendo a Justiça Eleitoral concluir se houve a configuração de irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa".
Além disso, o coordenador acrescentou que "foram observados os parâmetros previstos no art. 1°, inciso I, alínea ‘g’, da Lei Complementar n° 64/90, tais como o trânsito em julgado, o prazo legal de oito anos e as intercorrências oriundas de processos judiciais interpostos".
A relação pode ser consultada no site do TCE.
Novas datas para o processo eleitoral
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou na quinta-feira (13) os ajustes em suas resoluções com as novas datas dos eventos eleitorais e votações das eleições municipais deste ano. Devido à pandemia da covid-19, o Congresso Nacional aprovou emenda constitucional adiando o pleito para 15 de novembro, em primeiro turno, e o segundo turno para 29 de novembro. Originalmente, as eleições acontecem no mês de outubro.
Os textos aprovados adaptam as datas das resoluções do TSE referentes às eleições aos dispositivos da emenda constitucional promulgada. O presidente do Tribunal, ministro Luís Roberto Barroso, informou que as quatro resoluções apreciadas tratam, respectivamente, das regras gerais de caráter temporário, de uma alteração pontual na resolução que dispõe sobre o cronograma operacional do Cadastro Eleitoral, de mudança na resolução que trata dos atos gerais do processo eleitoral, e o novo Calendário Eleitoral de 2020, com 297 marcos temporais definidos.
O ministro comunicou, ainda, que não haverá, nessas eleições, a identificação biométrica do eleitor, atendendo à recomendação da consultoria sanitária do TSE. A medida é necessária, de acordo com o ministro, para minimizar o risco de contágio nas seções eleitorais e também porque a biometria retarda o processo de votação.
A propaganda eleitoral, inclusive na internet, será permitida a partir de 27 de setembro, após o fim do prazo de registro de candidatura. Já a diplomação dos candidatos eleitos deverá ocorrer até o dia 18 de dezembro em todo o país. A data da posse, 1º de janeiro de 2021, não sofreu alteração.
Deságio elevado
O consórcio Luz de Franco foi o vencedor do leilão da Parceria Público-Privada da iluminação pública da cidade de Franco da Rocha, na região metropolitana de São Paulo, com a proposta de contraprestação de R$ 249.249,98, com deságio de 38,75%.
Também foi fechada a PPP com o Consórcio Conecta Feira, de Feira de Santana (Bahia), com valor de contraprestação de R$ 785.800 e deságio de 56,20%; e com o Consórcio Conecta Aracaju para iluminação pública na capital sergipana, com deságio de 58,70% ao chegar na contraprestação de R$ 744.555. O leilão foi realizado na sexta=feira (14) pelo governo federal, na Bolsa de Valores de São Paulo (B3).
Os vencedores serão responsáveis por desenvolver, modernizar, expandir, operar e manter a rede municipal de iluminação pública pelo período de 13 anos. Publicados por meio do FEP Caixa, os editais fazem parte de um conjunto de iniciativas apoiadas e cofinanciadas pelo Banco Mundial por meio da Financial International Corporation e da Global Infrastructure Facility.
Os projetos abrangem a modernização de pontos de iluminação pública com uso de lâmpadas de LED e telegestão, visando promover a redução do consumo de energia, melhorar a qualidade dos serviços e valorizar o uso dos espaços urbanos pela população.
Com agências