Sábado, 11 De Janeiro De 2025
       
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Papo de música


Publicado em 18 de agosto de 2020
Por Jornal Do Dia


O menino canta como ninguém

 

Desde o início da pan
demia, as redes sociais 
foram tomadas pelastais lives. Impedidos de exercer trabalho remunerado, uma imposição do isolamento social, artistas e afins adotaram a internet como plataforma de lançamento das próprias cismas. 
Há performance para todos os gostos. Super produções bancadas por empresas de cartão de crédito e apresentações francamente amadoras. A recomendação que o Jornal do Dia faz agora não é nem uma coisa nem outra. Quarta-feira, a partir das 20 horas, no Instagram, Lauckson José conversa com o colega Pedro Pastoriz. Papo sobre música, naturalmente. Quem ainda não ligou o nome do anfitrião à pessoa, pode refrescar a memória com texto do jornalista Rian Santos, abaixo.
No caminho certo – O menino Lau, cantor e compositor da banda Lau e Eu,colocou tudo no seu primeiro disco: afetos, caminhos, bagagem musical. E, neste sentido, ‘Selma’ (2018) pode ser ouvido como um romance de formação, no qual o autor olha em volta, mas só percebe realmente a si mesmo. Além do seu próprio umbigo, todo o resto é contexto, pessoas e paisagem.
Também pudera. A mudança para São Paulo, a maior cidade da América do Sul, onde o poeta/cantor pousou há mais de ano, não é lugar próprio de passarinho. E a vida de galho em galho, alegre e triste, como a de todo mundo, reverbera nas canções de ‘Selma’ em apelos velados de saudades.
As distâncias de todas as ordens provadas na desvairada colocaram a música de Lau em um estado de introspecção inédito. Ao invés do humor, a ironia fina e a inteligência notável do EP ‘Café frio’ (2016), uma estréia das mais bem acolhidas na emergente cena local, sobressai agora certo desconforto. O esforço aparente é o de comunicar os sentimentos mais urgentes, antes que seja tarde.
Em termos formais, a música de ‘Selma’ ganhou as cores berrantes de um pop experimental, com texturas eletrônicas vintage e ecos dos anos 80. Mas isso é mero reflexo da sensibilidade hodierna, incluindo uma inusitada versão de ‘Quarto azul’, da sergipana Plástico Lunar. No fim das contas, no caso em questão, as palavras importam mais.
"Falo de infância, relacionamentos e frustrações da vida adulta; além do que venho descobrindo junto com os meninos da banda. É um trabalho que pretende ser o mais humano, honesto e autêntico possível. Quero mostrar para as pessoas quem eu sou, o que guardo aqui dentro".
Dito e feito. Selma, avó de Lau, a entidade maternal evocada logo na primeira faixa do disco batizado com um nome próprio, tem motivos de sobra para colocar a cabeça no travesseiro e dormir em paz com os anjos. O menino canta como mais ninguém.

Desde o início da pan demia, as redes sociais  foram tomadas pelastais lives. Impedidos de exercer trabalho remunerado, uma imposição do isolamento social, artistas e afins adotaram a internet como plataforma de lançamento das próprias cismas. 
Há performance para todos os gostos. Super produções bancadas por empresas de cartão de crédito e apresentações francamente amadoras. A recomendação que o Jornal do Dia faz agora não é nem uma coisa nem outra. Quarta-feira, a partir das 20 horas, no Instagram, Lauckson José conversa com o colega Pedro Pastoriz. Papo sobre música, naturalmente. Quem ainda não ligou o nome do anfitrião à pessoa, pode refrescar a memória com texto do jornalista Rian Santos, abaixo.

No caminho certo – O menino Lau, cantor e compositor da banda Lau e Eu,colocou tudo no seu primeiro disco: afetos, caminhos, bagagem musical. E, neste sentido, ‘Selma’ (2018) pode ser ouvido como um romance de formação, no qual o autor olha em volta, mas só percebe realmente a si mesmo. Além do seu próprio umbigo, todo o resto é contexto, pessoas e paisagem.
Também pudera. A mudança para São Paulo, a maior cidade da América do Sul, onde o poeta/cantor pousou há mais de ano, não é lugar próprio de passarinho. E a vida de galho em galho, alegre e triste, como a de todo mundo, reverbera nas canções de ‘Selma’ em apelos velados de saudades.
As distâncias de todas as ordens provadas na desvairada colocaram a música de Lau em um estado de introspecção inédito. Ao invés do humor, a ironia fina e a inteligência notável do EP ‘Café frio’ (2016), uma estréia das mais bem acolhidas na emergente cena local, sobressai agora certo desconforto. O esforço aparente é o de comunicar os sentimentos mais urgentes, antes que seja tarde.
Em termos formais, a música de ‘Selma’ ganhou as cores berrantes de um pop experimental, com texturas eletrônicas vintage e ecos dos anos 80. Mas isso é mero reflexo da sensibilidade hodierna, incluindo uma inusitada versão de ‘Quarto azul’, da sergipana Plástico Lunar. No fim das contas, no caso em questão, as palavras importam mais.
"Falo de infância, relacionamentos e frustrações da vida adulta; além do que venho descobrindo junto com os meninos da banda. É um trabalho que pretende ser o mais humano, honesto e autêntico possível. Quero mostrar para as pessoas quem eu sou, o que guardo aqui dentro".
Dito e feito. Selma, avó de Lau, a entidade maternal evocada logo na primeira faixa do disco batizado com um nome próprio, tem motivos de sobra para colocar a cabeça no travesseiro e dormir em paz com os anjos. O menino canta como mais ninguém.

 

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