Economia definha
Publicado em 22 de agosto de 2020
Por Jornal Do Dia
Pelo andor da carruagem, a economia verde e amarela não vai sair do buraco tão cedo. O governo federal fez pouco para evitar o pior. E, agora, se vê obrigado a estender a duração dos programas destinados à preservação de empregos.
Na ponta do lápis, embora os programas mencionados pequem pela abrangência limitada e insuficiência de recursos transferidos, evitaram a demissão de um número estimado de 16 milhões de trabalhadores a conta é do Ministério da Economia.
O ministro Paulo Guedes confirmou: o programa de suspensão de contratos de trabalho e corte de jornada e salário vai ser prorrogado por mais dois meses. Para ele, esse foi o programa mais efetivo implementado pelo governo federal durante a pandemia ainda em curso. O ministro tem razão. Nas entrelinhas de sua fala, entretanto, ele próprio admite o fracasso de todos os outros.
O programa que visa evitar demissões em massa durante a pandemia da Covid-19 foi criado em 1º de abril. Quando o programa foi criado, a ideia era que a suspensão de contrato fosse válida por até dois meses.
Infelizmente, as taxas de contágio por Covid-19 em território brasileiro teimam em se manter nas alturas. Assim, a economia nacional definha. Para que fosse diferente, o presidente Jair Bolsonaro teria de enfrentar o Covid-19 desde o primeiro momento da emergência mundial. Infelizmente, ainda hoje, quando já se soma um saldo superior a 110 mil mortos, ele encarna o negacionismo de Estado e minimiza os efeitos da pandemia.