Desocupação em Sergipe
Publicado em 30 de agosto de 2020
Por Jornal Do Dia
Não foi à toa que governadores e prefeitos de ram o braço a torcer e apressaram a retoma da econômica, apesar do risco de aumento do contágio por Covid-19. A crise sanitária redundou em agravamento da crise econômica, anterior à pandemia.
Os dados divulgados regularmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística não deixam margem para dúvida: mês a mês, a situação fica mais grave.
A taxa de desocupação cresceu em 11 unidades da federação do 1º para o 2º tri de 2020, com destaque para Sergipe (4,3 pontos percentuais), Mato Grosso do Sul, (3,7 p.p.) e Rondônia (2,3 p.p.). As únicas quedas foram no Pará (-1,6 p.p.) e no Amapá (-5,8 p.p.).
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Covid19) e demonstram, em matemática incontestável, a realidade dos infelizes: milhões de brasileiros foram abandonados à própria sorte, sem emprego, nem esperança.
A desigualdade prospera. De acordo com a Pnad Covid19 Mensal, divulgada a semana passada, 30,2 milhões de domicílios brasileiros, 44,1% do total, tiveram acesso a algum tipo de auxílio emergencial relacionado à pandemia, em julho. Nas regiões norte e nordeste, 60% dos domicílios são mantidos, completamente ou em parte, pelo auxílio emergencial. Não se trata de grande soma, convém sublinhar, mas de R$ 600.
A incompetência do presidente de turno mais a repercussão sanitária e econômica da pandemia de coronavírus, ainda firme e forte no Brasil, criaram uma tempestade perfeita. Salve-se quem puder.