Bancários da Caixa cobram mais proteção à saúde da população e dos trabalhadores
Publicado em 04 de setembro de 2020
Por Jornal Do Dia
O governo publicou nesta quinta-feira (3) a Medida Provisória 1.000/2020, que prorroga o auxílio emergencial até dezembro. A divulgação do calendário de pagamento também é aguardada pelos bancários da Caixa Econômica Federal, responsável por pagar o benefício, de forma centralizada, para mais de 67 milhões de brasileiros. A Federação Nacional da Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) e outras entidades representativas dos empregados reivindicam do Executivo e da direção da estatal medidas para evitar as longas filas e aglomerações, registradas em unidades do banco de diferentes locais do país e que colocaram em risco a saúde e a vida dos trabalhadores e da população.
"O público que receberá o auxílio já é conhecido. A Caixa não pode dizer que não está preparada", alerta Leonardo Quadros, membro da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e diretor da Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal de São Paulo (Apcef/SP). A MP não prevê a reabertura de inscrições para o programa. Assim, só receberão as novas parcelas de R$ 300 aqueles beneficiários que já foram aprovados para as parcelas de R$ 600.
A CEE/Caixa tem reforçado junto à direção do banco o cumprimento dos pontos e protocolos que foram acordados desde o início da pandemia. "Cabe à empresa garantir que os empregados tenham condições de trabalho adequadas. Para isso, devem ser mantidas as condições negociadas previamente, como reforço na segurança e organização de eventuais aglomerações, com vigilantes externos; redução do horário de funcionamento das agências; respeito à jornada de trabalho e não cobrança de metas em uma conjuntura como essa", afirma Leonardo Quadros.
No entendimento da Fenae, essa renda emergencial é essencial para o enfrentamento à crise econômica provocada pelo coronavírus. Por isso, a federação tem defendido a prorrogação do auxílio até o final da pandemia.
"Mais uma vez, o empenho dos empregados da Caixa será fundamental para o atendimento às milhares de pessoas que precisam do papel social do banco público. Mas, a empresa precisa assegurar melhores condições de trabalho", defende o presidente da Fenae, Sérgio Takemoto.
Segundo o governo, 67,2 milhões de pessoas foram consideradas elegíveis para receber o benefício. De acordo com a Caixa, R$ 151,4 bilhões foram liberados até agosto, garantindo renda mínima para um grande contingente de brasileiros; especialmente, aos mais pobres.Ele observa que a atividade econômica impulsionada pelo benefício retorno.