Polícia prende o companheiro da adolescente morta em Simão Dias
Publicado em 05 de setembro de 2020
Por Jornal Do Dia
A Polícia Civil prendeu o companheiro da adolescente Ana Paula Santana de Jesus, 14 anos, que foi assassinada em 31 de julho no povoado Raposa, zona rural de Simão Dias (Centro-Sul). Adriano Ribeiro Freitas, 39 anos, teve a prisão temporária decretada pela Justiça e foi detido na tarde da quinta-feira. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), Adriano passou a ser apontado como o principal suspeito do crime, a partir de informações apuradas durante as investigações do caso.
Até o momento, foram colhidos 11 depoimentos de testemunhas, e uma perícia foi concluída pelo Instituto de Criminalística. De acordo com o delegado Clever Farias, responsável pelo caso, essas diligências levantaram provas e derrubaram a versão inicial de Adriano, que estava junto com a vítima no dia do crime e prestou depoimento à polícia após a morte dela.
Adriano alegou que o casal teria sido abordado por dois homens encapuzados, em um suposto assalto na estrada de acesso ao povoado, no qual esses homens anunciaram um roubo e que mataram a adolescente, amarrada contra uma árvore e a golpes de faca. "A versão apresentada por Adriano não condiz com a realidade. Está repleta de fatos improváveis de terem acontecido e contradições com as provas testemunhais e periciais colhidas ao longo da investigação, resultando na representação pela prisão temporária de Adriano em razão da suspeita de envolvimento deste no crime", destacou.
No decorrer do procedimento investigativo, a Criminalística fez uma perícia de sangue latente, visando revelar vestígios de sangue na residência do casal e em um automóvel utilizado por familiares de Adriano para ir no local do crime.A Polícia Civil continuará com as diligências para elucidar a autoria do crime que vitimou a adolescente. "Neste sentido, requisitamos a realização da reprodução simulada do crime, que está sendo planejada pela Criminalística e será realizada nas próximas semanas", pontuou o delegado.
A previsão é de que o inquérito policial seja concluído no prazo de 10 dias, a depender do resultado dos novos exames da perícia. O delegado também aguarda essas informações para decidir se pede ou não a prisão preventiva do suspeito.